Dez Anos de Espera

É isso mesmo que você leu e eu ouvi assim que comecei a beijar aquele gostoso na boca: “esperei dez anos por esse momento” e essa é a história que você vai conhecer agora.

Nos encontramos pela primeira vez em uma festa no motel. Assim que entramos demos de cara com um casal que já conhecíamos no PB – mas não tínhamos a menor ideia de que estavam afim de entrar no meio. Eles também não sabiam que nós éramos Marina e Marcio, o casal que escrevia um blog na internet que despertou essa vontade neles de entrar no meio.

E depois das surpresas inevitáveis de se encontrar um conhecido no meio do rolê, fomos nos aproximando cada vez mais. Mas justamente por haver essa condição principalmente do lado do Marcio (eram conhecidos dele), transar com eles parecia algo muito distante.

Além disso, vocês sabem que nem todo casal que começa no meio já chega todo livre, leve e solto, né? Entre a compreensão do amor livre e realmente se libertar da possessividade de vez, existe uma jornada que pode ser muito longa para algumas pessoas. E assim foi para ela.

Somente agora em 2024, depois de acompanhar esse processo que transformou a vida dela – e consequentemente a do casal também – é que me senti livre para focar no objetivo de transar com ele.

Estávamos em uma festa à beira mar, sexta feira, noite quente, e resolvi ir no banheiro. Quando chego na porta, ele está terminando de lavar as mãos. Trocamos olhares e foi como se todo o resto do planeta sumisse da minha frente: eu só via aquele cara que, confesso, também desejava sentir há anos!

Um magnetismo inexplicável atraiu nossas bocas e não conseguíamos sequer dar um passo para o lado enquanto nos beijávamos – as pessoas iam pedindo licença para passar pela porta que levava às cabines sanitárias. Demos um passinho para lado onde havia uma estreita coluna de concreto, só cabia o corpo dele encostado ali, e foi ali mesmo que a gente começou a pegação.

Era uma chupação de peitos, línguas, bucetas e pintos que iam me entorpecendo de tesão. E quando não aguentava mais, precisava sentir aquele cacete dentro de mim, eu olhei para o lado, vi o estacionamento e disse pra ele:

— Vem

Peguei na mão dele e levei até o carro mais próximo, botei a bunda no capô e abri as pernas, como um convite para que ele me penetrasse ali. E ele veio. Com força. Com vontade. Com um desejo pela minha buceta acumulado por dez anos! Eu ouvia o capô fazendo aquele barulhinho de afundar e voltar, afundar e voltar… e por mais que aquela cena estivesse espetacular, era possível que o dono do carro (que eu não fazia ideia de quem era) não pensasse da mesma forma.

Para completar, dei uma olhadinha para o lado e vi que a porta de acesso à recepção do hotel estava totalmente aberta e o recepcionista não desviava os olhos da gente.

— Acho melhor a gente procurar outro lugar – falei pra ele.

Saímos do estacionamento e fomos até um sofá escondidinho onde já tinham outros casais transando. E ali, finalmente, depois de dez anos, transamos em paz. E com muito tesão!

No dia seguinte, a primeira coisa que fiz foi ver de quem era o carro e se, por acaso, tinha alguma avaria. Menos mal que era de um grande amigo nosso, com o qual eu já fui conversar e avisar que tinha transado no capô dele. E se por acaso tivesse algum arranhão – ou marca de bunda – era culpa minha. E dos dez anos de espera…

Beijossssssssssss

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Andrey Brugger
13 dias atrás

Que deliciaaaa….as esperas! Pelo tempo que leio e sigo vocês, estou quase chegando nesses anos haha….tomara que um dia!