O Trisal Dentro do Universo Swinger

Uma das coisas que nos impressionava quando entramos no universo swinger, eram os trisais. Em parte porque nunca tínhamos visto algo do tipo e tínhamos a fantasia de que duas mulheres para um homem era o must – típico pensamento PB machista enraizado. Sim, porque na época eu não sentia atração por mulheres e ainda me considerava heterossexual, mas a ideia de ter um “homem poderoso” como marido, que conquista duas mulheres (3, 4, quantas quiser) era bem presente na minha vida.

Com o tempo e convivência mais próxima com um dos raríssimos trisais assumidos da época, fomos mudando de opinião. Hoje, nem eu nem o Marcio nos imaginamos vivendo em trisal, quadrisal ou outra configuração de relacionamento que inclua mais de duas pessoas. Dá muito trabalho… rsrsrs.

Diferenças

Pra começar, qual é a diferença entre um trisal e um menage a trois? E por quê é raro (ainda) encontrar trisais (trisais reais, não três pessoas que saem sempre juntas) no swing? A resposta a essas perguntas está no sentimento, na afetividade, no compartilhamento de tarefas diárias e responsabilidades de uma casa. Quem vive um trisal está “casado” com duas pessoas.

Quem pratica menage a trois, se encontra para transar. E não necessariamente é um sexo sem envolvimento, tipo robô ou que não passem mais tempo juntos. O que não rola num menage é compromisso de qualquer espécie; o pensamento é tipo: se estiver legal a gente fica, se não, a gente vai embora. Tudo sem culpa, sem neura, sem pressão – como deve ser no ambiente liberal.

Sem contar que uma das premissas básicas do swing é separar amor de sexo, ou seja, transar sem se envolver afetivamente com outro parceiro. Já que o grande medo de quem entra no meio é perder o relacionamento. No caso de trisais, o medo é duplicado.

E dá certo?

Essa é uma perguntinha safada, porque o “dar certo” pra um, não é o “dar certo” pra outros. A base do dar certo é a relação tradicional monogâmica, o felizes para sempre, o até que a morte nos separe. E nenhuma dessas ideias fazem sentido quando um casal decide abrir a relação (né?).

No final das contas, o que todo mundo quer encontrar numa relação é a sensação de bem-estar e felicidade. Como indivíduos únicos, com particularidades e personalidades diferentes, cada um de nós tem prioridades ou metas distintas na hora de escolher práticas que garantam nosso bem-estar. Entretanto, encontrar um equilíbrio entre saúde física, emocional ou psicológica, social, espiritual, intelectual e econômica; e conseguir conciliar essas saúdes com as do parceiro, seria o ponto central para “dar certo”.

Fato é que quanto mais pessoas estão envolvidas no convívio, mais difícil é encontrar um equilíbrio entre todos para manter a saúde de todos numa condição que garanta bem-estar e felicidade. Às vezes funciona por anos, outras vezes por meses, e outras apenas dias. O importante aqui é descobrir qual é o seu “dar certo” e vivê-lo.

Beijossssssssss

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Barbara
3 anos atrás

Eu sou monogâmica, demi, hetero. Meu marido é não monogâmico, hetero. Meio complicado né? Frequentamos swing desde o ano passado, e estamos encontrando as preferências um do outro. Sou exibicionista e voyeur. Adoro dançar e provocar, mas meu foco é mesmo meu marido! Adoro ver ele em ação. Não sinto ciúme algum, apenas mto tesão. Meu ciúme é afetivo! Isso não saberia lidar, é meu limite! O swing é a pegada certeira pra gente, só precisamos encontrar um meio de lidar com situações desconfortáveis. Tipo qdo meu marido está interagindo e ficam me abordando de forma insistente, às vezes até… Leia mais »

Marcos A.
3 anos atrás

Olá meus caros.
Nunca havia pensando num trisal swinger, hoje existe bastante matérias na internet sobre trisal e imagino como deve ser a convivência de 3 cabeças diferentes. Agora dentro de uma relação liberal, podemos dizer no swing, é muito interessante.
Um abraço.