Certezas Absolutas no Swing…

Quando entramos no swing tínhamos certeza absoluta de que era só para sexo. Quando nos casamos, tínhamos certeza absoluta de que nunca mais transaríamos com outras pessoas. Quando fomos no nosso primeiro encontro liberal sem sexo (uma pizzaria com estranhos tão íntimos quanto família) tínhamos certeza de que nada mais era certeza nessa vida kkkkkkkk!

O swing me ensinou uma lição da qual ouvia falar há tempos, mas não fazia ideia do que significava até sentir na pele: a vida está em constante mutação. Como na música do Raul, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

E hoje eu gostaria de trazer algumas certezas absolutas do swing para discutirmos e refletirmos, afinal, se tudo muda e a gente prefere ser metamorfose ambulante, me pergunto até quando essas afirmações serão certezas absolutas. Vem comigo e diz se concorda ou não:

1 – Swing não salva casamento

Ok, ok… eu sei que essa primeira certeza absoluta é um tapa na cara de todo mundo que segue a gente, até porque esta é uma das afirmações que fazemos por aqui desde sempre. Mas é justamente por isso que eu quero levantar o tópico para discussão, e a pergunta que fica é… será mesmo que swing não salva casamento? Até quando vamos fingir que só casais que estão bem entre si se beneficiam do swing de alguma forma?

2 – Casal fake é um horror

Ficar com um fake é a morte para a maioria dos swingers, assim como também já foi para nós. No começo a gente ficava olhando bem, antes de ir pra cima de algum casal, pra ter certeza de que não era fake antes de transarmos com ele. Bem… existe uma questão importante no fake para preferirmos não transar que é a enganação. Então quando percebemos que um casal fake tenta nos enganar dizendo que é casal mesmo, não curtimos. Mas se eles falam a real e já dizem logo que são amigos, ficantes ou se conheceram naquela hora, para nós importa mais o tesão que os dois estão despertando em nós do que o tipo de relação que eles tem. Essa é uma certeza absoluta do swing que foi mudando com as nossas experiências, hoje, para nós, já não é mais tão horrível assim; é apenas um casal fake.

3 – Não deve haver segredos entre o casal

Isso me lembra um episódio de Friends (sim, sou fã pra cacete!) em que Chandler e Monica resolveram não guardar segredos um do outro e claro que acabaram revelando coisas que não precisavam ser ditas. Me fez pensar se realmente é preciso que um casal swinger (ou não) não tenha segredos um com o outro, apesar da grande pressão que o conceito “ser honesto” exerce nas comunidades liberais.

4 – Casamento é indissolúvel

Este é só para ilustrar o que quero discutir neste post. Há tempos que ninguém mais pensa dessa forma, mas a galera de mais idade vai lembrar muito bem o quanto alguém ficava marcado se pensasse em separação. Era visto como um leproso, de quem todo mundo se afastava e ainda olhava com cara de reprovação, caso alguém ousasse procurar a felicidade em outra relação. Essa era uma certeza absoluta, inquestionável, que caiu por terra (eu ouvi um amém?) e se ela caiu, quem garante que outras também não cairão?

5 – Não pode se envolver emocionalmente no swing

Já expliquei em vários posts o funcionamento fisiológico cerebral que permite a qualquer pessoa separar sexo de amor (não só os homens, como se acreditou durante muito tempo…). Ao mesmo tempo tem pessoas que nos envolvem antes mesmo de sabermos o nome, e como é gostoso transar com alguém que mexe não só com o nosso lado mecânico. Fico pensando que talvez, o grande lance de ser liberal é justamente swingar emocionalmente com outras pessoas e ainda ter certeza de que é com o seu parceiro que você vai envelhecer junto. Seria isso muito desprendimento ou apenas mais uma ‘certeza absoluta’ da qual vamos rir no futuro?

Beijossssssss

PS: a título de curiosidade, este post tem 666 palavras. Certeza absoluta… será mesmo?