Essa Metamorfose Ambulante

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Sempre me chamou a atenção a letra dessa música, talvez porque me identifico com ela, talvez porque me faz pensar se realmente é melhor viver mudando ou manter uma posição estável… o fato é que no fim das contas eu realmente prefiro ser uma metamorfose ambulante! rsrsrsrs.

Psicologicamente a gente passa por crises que requerem mudanças a cada 6 ou 7 anos, então, querendo ou não, todo ser humano é uma metamorfose ambulante. E ainda bem que é assim, já pensou chegarmos aos 30 anos do mesmo jeito que nascemos? Pensando do mesmo jeito, agindo do mesmo jeito, querendo as mesmas coisas… não! Nossa vida é feita de intermináveis ondas de transformações. E neste momento você deve estar pensando o que isso tem a ver com swing?

Apenas Sexo

Ontem um amigo me falou que ele está no swing para transar e pronto. Nada de barzinhos, churrascos ou viagens, o negócio é o sexo e só sexo. Lembrei de uma mulher que pensava exatamente da mesma forma (loira, magra, seu nome começa com “M” e termina com “arina” hihihihi). Quando começamos no meio a gente tinha certeza absoluta de que tudo o que o swing poderia nos dar era sexo.

As pessoas vinham falar conosco e a gente não respondia, nos convidavam para tomar uma bebida sem a menor chance de esticar depois e a gente recusava – se não vai ter sexo não tem porque perder tempo com isso, certo? WRONG! E aprendemos isso com o tempo, com as experiências, com a nossa própria personalidade de querer amigos.

Fomos encontrando pessoas fascinantes, fomos nos conectando com elas em níveis nada superficiais e fomos entendendo que quem quer ser swinger mesmo tem que se conectar com os outros além do sexo. Swing não é simplesmente uma troca sexual de casais e nunca será somente isso. Quando eu troco o meu parceiro pelo seu eu estou te dando o meu bem, o meu amor, o meu querido. Em troca eu quero receber o seu bem, o seu amor, o seu querido.

É impossível encarar a prática do swing por uma ótica superficial, entendem? Isso é swing, a troca de casais, no seu âmago. Agora, se olharmos para o swing pela ótica abrangente da agregação de práticas sexuais não convencionais, sim, podemos chegar à conclusão de que o swing é apenas sexo.

Swing x Swing

A verdade é que todo mundo começa no meio entendendo o swing como um aglomerado de pessoas que procuram sexo fácil. Isso porque, conforme já expliquei em outros posts, as casas de swing proporcionam um ambiente muito bom para qualquer prática sexual com mais de duas pessoas. A gente inclui nesse leque o homossexualismo, o sadomasoquismo, o vouyerismo, o exibicionismo, a prostituição, a suruba, o poliamor… e por aí vai.

Oras bolas, pensem comigo, se no lugar chamado casa de swing a gente encontra todo esse tipo de práticas, logo podemos chamar todas essas práticas de swing, uma única palavra com diversos significados, todos relacionados ao sexo. É fácil entender porque para a maioria das pessoas praticar swing quer dizer: fazer sexo a torto e a direito. E só sexo, nada mais.

Mas graças à metamorfose ambulante que está dentro de todos nós, aos poucos vamos entendendo o que é uma coisa e o que é outra coisa. Não tenho vergonha nenhuma de dizer que eu mudei meu jeito de pensar, aliás, nós dois mudamos. Hoje, quando pensamos em swing não pensamos apenas em sexo e nada mais. Hoje o swing para nós é muito mais: é uma comunidade, é uma sociedade, onde todos se conhecem – e querem se conhecer. Onde todos se protegem – e querem se proteger também.

Não é somente sexo. A gente come pizza, a gente viaja, a gente adoece, e se não tiver sexo continua sendo swing, continuamos trocando sensações, sentimentos, ideias, além do sexo. Isso é swing no seu conceito mais profundo. Você que está começando agora a viver o meio liberal, preste atenção. Cuidado com aquela velha opinião formada sobre tudo. Se você está procurando o swing é porque você já prefere ser uma metamorfose ambulante. Então seja!!

Beijosssssss