Estávamos outro dia no vuco-vuco de uma casa de swing. Tudo ia bem, a gente já tinha trocado com um casal e de repente a mulher fala: “pára, pára, não posso gozar, só com o marido”. Outra vez ouvi uma esposa reclamando com o marido porque ele tinha gozado com a outra. Querer que o parceiro “guarde” alguma coisa só para o sexo entre o casal é algo bem comum no swing. Eu particularmente acho que isso é uma forma de manter o controle sobre o outro, mas enfim, cada um sabe de si (né?).
Até porque, eu também entendo que alguns tenham dificuldades em transitar do relacionamento tradicional para o liberal, e precisem de regras para manter a saúde mental. Porém… trago o assunto no post de hoje porque acredito que os impedimentos (ou regras, imposições, limites…. controle) devem ficar de fora quando se trata do orgasmo, próprio ou do parceiro.
Pára, pára
Pensa comigo: se a maioria das mulheres tem dificuldade pra chegar lá e a maioria dos homens sofre com precocidade, pra quê colocar mais pressão sobre eles? E mesmo que para o casal seja fácil atingir o orgasmo, qual o sentido de segurar o ápice sexual quando o swing te entope de estímulos? É tipo João Kleber: quando chega na melhor parte da história começa com o pára, pára, pára? Ah não, gente… pára! kkkkkkk.
Swing e qualquer outra forma de relacionamento liberal é sobre amar o parceiro a ponto de sentir prazer no prazer dele. Quer dizer que quanto mais ele goza enlouquecidamente com outro, mais você fica enlouquecido de tesão. Por isso que a maioria dos swingers preferem estar no mesmo ambiente do parceiro – o prazer de um aumenta o prazer do outro. Louco, isso, né?
Pior se não gostar
Se ainda assim você tiver dúvidas se coloca ou não limite no orgasmo do parceiro, pense que será pior se ele não gostar da interação. Ele não vai mais querer sair, trocar, fazer menage, nem mesmo entrar numa rede de swing, afinal, pra quê tudo isso se ele só pode sentir prazer com você?
O orgasmo libera vários hormônios na mulher, dentre eles a endorfina, responsável pela sensação de prazer, e a ocitocina, hormônio que estabelece vínculo e confiança. No homem libera noradrenalina, que dá a sensação de relaxamento pós sexo. Gozar deixa seu parceiro mais feliz e menos estressado, mesmo que não tenha sido com você. Bora mudar mais esse pensamento aí, amores, e deixar os parceiros livres para gozar quando sentirem vontade!
Beijosssssssssssssssss
Olá. Creio que leve algum tempo até se chegar a esse insight: o prazer do outro gera prazer em mim (tão óbvio, não ?). A questão é que nem sempre o swing começa a partir dessa premissa. Muitas vezes, parte de algo menos elaborado, como uma carta branca para pular a cerca de maneira consentida, ou uma tentativa de reavivar um relacionamento que já se apagou. Vai saber se não é daí que surgem essas ressalvas e controles. Mas convenhamos, entender que algo carnal é, na verdade, muito mais cerebral do que se pensa, não é fácil. Menos ainda é… Read more »
Pura verdade. O que atrai a galera para o swing é o sexo, seja de que forma for. Essas reflexões só saem de mim porque eu fico analisando o que eu sinto frente às situações vividas, porque eu e o Marcio trocamos ideias, sensações, dizemos o que sentimos nas interações com os outros. E eu vou juntando com o que aprendi estudando. Sem esse “trabalho de aprofundamento” a gente fica no raso “swing é sexo”. No máximo entende que é mais do que sexo, mas daí a explicar ou listar esse “mais” é outra história. Claro, eu posso estar viajando… Read more »