Não Fuja de Mim

Já fazia um bom tempo que a gente encontrava esse casal na balada liberal. E confesso, que logo na primeira vez que a gente viu, bateu vontade de ficar com eles. A gente se provocava, a gente se beijava, se agarrava mas na hora H não rolava. Até que uma vez eu não resisti e perguntei pra eles: “puxa vida, quando será?” 

— Quando a gente não estiver numa casa de swing — ele sempre respondia, e eu achava que era uma desculpa pra fugir de mim.

E adivinha quem a gente encontrou na festa do fim de semana? Eles mesmo! Ela é loira, bonita, corpo lindo, toda bem cuidada daquelas que dá vontade de passar horas do lado. Ele um cavalheiro, gentil, bonitão e ao mesmo tempo com uma pegada de tirar o meu fôlego só de chegar perto.

Mas sabem como é festinha, né? Não sabem? Então peraí que eu conto já! Festa de swing não tem um start, cada um vai transando com quem está na mesma vibe naquela hora. E pode acontecer de não rolar swing com pessoas que você tá afim por causa da vibe do momento. E a gente acabou meio preocupado com isso porque a nossa vibe começa cedo – e nos atracamos com um outro casal delicioso logo de cara.

Gente, que delícia! Era uma morena cativante com um marido extremamente charmoso e safado, que adorava fuder a minha boquinha no melhor estilo filme pornô.

— Abre a boquinha, vai, deixa eu fuder sua boquinha — e segurava meu rosto com as mãos, mas com uma delicadeza impressionante, enquanto enfiava o pau gostoso na minha boca, até encostar a cabecinha da rola no fundo da minha garganta; eu engasgava de tesão e a gente começava tudo de novo.

E do meu lado o Marcio trepava com a mulher dele, vez ou outra eu a beijava, eu beijava o Marcio, eu beijava o marido da amiga.  Ficamos ali nessa pegação até cansarmos e decidimos dar um tempo pra repôr as energias. E cadê o casal que a gente tava de olho? Sumiu, não sei onde estavam, bateu uma tristezinha de leve pensando que talvez ainda não seria aquele dia que a gente ia trocar com eles.

A festa seguiu e de repente todos estavam de volta ao ambiente principal, onde tinha uma mesa linda de petiscos pra gente saborear. Foi quando o marido (aquele do começo do post) me chamou na rodinha onde estava com outros amigos.

— Você está fugindo? Foi ficar com outra pessoa? E eu me guardando pra você… — ele reclamava em tom de piada. Mas aí já deu pra sacar que não iríamos embora sem a tão esperada interação com eles; em outras palavras, sexo trocado!

Disse pra ele que não íamos fugir e que a noite ainda estava no começo; voltei para perto do Marcio. Papo vai, papo vem, quando eu olho pra festa cadê eles de novo? Sumiram, de novo! Ah, não, vamos atrás! E andamos até um quartinho preparado pro swing.

Quando a gente abre a porta, tá lá dentro três casais – entre eles o nosso alvo. Ele já estava comendo uma loira e a mulher dele já estava dando pra outro cara, então eu e o Marcio ficamos num cantinho, meio que olhando pra não atrapalhar.

Perto de nós outro casal brincava entre eles e eu fui chegando neles pra ver se poderia brincar junto. E olha, pra ser sincera, não me lembro muito bem da sequência dos acontecimentos, mas o fato é que quando eu vi, já estava lá do outro lado beijando o marido que a gente queria (aquele mesmo lá do começo da história).

Eu procurei pelo Marcio e vi que ele também já estava com a esposa que a gente queria, então tratei de relaxar a aproveitar o momento – swing com eles, finalmente! A coisa só não foi melhor porque o espaço ainda era meio apertado, foi ficando tudo meio bagunçado – devido a tantos movimentos sexuais – e a gente foi ficando muito cansado de tanto trepando.

O melhor de tudo é saber que ainda teremos muitas oportunidades de melhorar esse swing, pois somos amigos e adoramos estar juntos, mesmo que não tenha sexo entre a gente. Amizade colorida de verdade! E isso, caros leitores, é a essência do swing – nem só de sexo vive um casal liberal.

Beijosssssss