Tudo Puta

Dia 2 de junho é o Dia Internacional da Prostituta e eu só soube disso porque uma amiga postou um texto incrível! E, coincidentemente, eu estava divagando sobre o mesmo tema pra escrever no blog quando vi a postagem dela. Não é de hoje que todo mundo sabe que qualquer mulher que trabalhe com sexo é chamada de prostituta. Não importa se ela é sexóloga, terapeuta, educadora sexual, blogueira, influencer, modelo, atriz, pesquisadora; é mulher e trabalha com sexo? Tudo puta.

Eu sei que a antiga comunidade que eu frequentava pensa exatamente isso de mim, agora que sabe que sou swinger. Eles também sabem que sou psicóloga, cantora, pianista, compositora, escritora, professora. Mas só vêem a swinger, a que faz sexo com quem quer, a prostituta. Nesse momento, faço das palavras de Lady Brigitte, minha amiga dominatrix (poderosíssima!), as minhas próprias:

Texto

Parem de dizer que as prostitutas não são nada além de submissas, que se vendem, que não têm desejos, como se essas mulheres tão subversivas, quanto nós, não merecessem respeito. Eu não pertenço a nenhum coletivo do movimento de prostitutas, mas isso não me impede de me movimentar e de lutar com a minha arma, que é a minha voz.

Se você considera que essa causa não é sua, aproveito para lembrar que enquanto mulheres forem oprimidas e violentadas a responsabilidade de acabar com essa situação é de todos!

Podem até insistir em nos segregar e tentar nos calar, mas ninguém vai apagar a chama da esperança por uma vida digna para todas nós, presente nessa história que é lembrada no dia de hoje. Se a sociedade tem medo que as trabalhadoras sexuais saiam da invisibilidade e reivindiquem o que lhes é de direito, eu diria que é bom ter mesmo, porque somos fogo e ninguém vai impedir a nossa luta de se alastrar.

Tenham Medo!

O medo tá aí, estampado na cara do conservador, do detentor da moral e dos bons costumes, dos homens (e mulheres) de bem. Esses mesmos, que estão sempre acima do bem e do mal, que lideram levantes contra as trabalhadoras do sexo, seja o sexo feito, o sexo ensinado ou por pura exibição. Que do alto da enorme superioridade auto concedida, renega atos de amor e compaixão a quem não é tão abençoado assim.

A bíblia, grande arma dos conservadores da moral e dos bons costumes tem um nome pra isso: FARISEU. Eu? Prefiro mil vezes que me chamem de puta. E sim! Vou continuar lutando por uma sexualidade menos hipócrita com relações mais honestas pra todos. Me chamem como quiserem, eu sei o que eu faço e isso me basta.

 

Beijosssssssssss no ombro!

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2 Comentários
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Ágata e Way
2 anos atrás

Os “swingers conservadores” piram 😂