Tapa do Papa é Lição Para Swingers

Gentemm… o que foi aquele tapa do papa pra começar o ano, hein? Confesso que eu achei o máximo, não porque se trata de uma pessoa considerada importantíssima, também não foi por causa do tapa na mão de mulher – que fique claro que sou totalmente contra violência – mas o caso em si resume TUDO o que venho dizendo há um tempão no swing: não se passa a mão em ninguém sem autorização.

Não vou entrar em nenhuma discussão religiosa, não é a religião que me importa, mas sim a reação, o tapa do papa, ainda mais logo no começo de um ano tão representativo como 2020, afinal, já se passaram 20 anos desde que a humanidade entrou no “futuro” dos anos 2000 e, na boa, o futuro não está sendo bem como imaginávamos.

Mas voltemos à análise do fato que me fez escrever esse post, e espero que todos aqueles que se consideram swingers entendam de uma vez por todas porque é que não se sai pegando em ninguém sem que a pessoa dê permissão. Primeiro de tudo, se você ainda não viu a cena do tapa do papa, por favor, assista agora:

Percebam que o papa vem fazendo o job dele, de boa, cumprimentando seus fiéis.

Observem que muitos fiéis tocam na mão e nos braços do papa mas ele não bate em nenhum desses, mesmo estes não sendo aqueles que ele “escolheu” para cumprimentar.

Agora, prestem atenção quando o papa se vira para continuar seu caminho. Na imagem não dá pra ver para onde ele vai ou se ele vai falar com as pessoas do outro lado, enfim, não dá pra saber a intenção do papa, mas é muito claro que ele considerou o job terminado ali naquele espaço.

Mas a mulher, por algum motivo que também não sabemos, pega na mão do papa, que já está de costas para ela, e dá um puxão nele, para que ele chegue perto dela.

Reparem que o papa quase perde o equilíbrio, mas se aproxima da mulher.

Não satisfeita, ela continua puxando a mão do papa, que tenta se libertar de sua “presa”, afinal, ele já estava ali contra a sua vontade. Reparem na cara de reprovação também das pessoas em volta da mulher: uma senhora que faz cara de assustada com a puxada da mulher e um senhor que parece pedir calma à mulher.

Não conseguindo se livrar da prisão momentânea na qual a mulher o colocou, ele dá um tapa na mão dela como única alternativa de se ver livre para continuar seu caminho.

A cara dele é ótima e traduz exatamente o que eu sinto quando alguém sai pegando no meu corpo sem nem ao menos me dar um “boa noite” na balada: raiva!!!!

A verdade, gente, é que não dá pra aceitar que no mundo do swing as pessoas ainda acreditem que o negócio é sair pegando na bunda de todo mundo, assim, do nada, só porque “gostou”. Nem o papa aguenta gente que sai pegando e puxando sem autorização kkkkkk!

Quando você toca no outro sem permissão você ultrapassa um limite básico e deixa a pessoa sem opção de aceitar (ou não) o seu toque. Em outras palavras, você tirou a liberdade da pessoa de escolher se quer ou não ser tocada por você. E isso, meus amores, vai totalmente contra o princípio básico do swing que todos procuram: liberdade.

A pior sensação do mundo é sentir que tiraram nossa liberdade, é sentir que a gente não tem opção e que não há nada o que fazer. O que eu venho tentando colocar na cabeça da galera swingueira é que há sim o que fazer e que ninguém precisa aceitar esses toques indesejados se não quiser. O papa tá aí pra provar que ninguém precisa aceitar passivamente esse tipo de abordagem, nem no swing, nem em qualquer lugar do mundo!

Claro que ninguém vai sair por aí descendo a porrada na galera sem noção, não é nada disso. É exatamente na linha do tapa do papa. É como diz a música: “um tapinha não dói” e ainda te livra da prisão momentânea que o outro te colocou. Papa: se alguém me segurasse pela mão pra me forçar a fazer qualquer coisa, eu daria o mesmo tapa. Valeu!!

Beijosssssssss