O Desrespeito Necessário

É amores… eu acho que já estou cansada de ser testemunha ocular da história e ficar presa em casa, porque mais do que curtir festinhas, eu sou daquele tipo de pessoa que ama ver gente. Marcio também é assim, nos sentimos mais energizados quando estamos perto de outras pessoas, conversando, dançando, transando… hehehehe…

Assisti um vídeo no canal do Bernardo Veloso onde ele entrevista o Igorzismo, queria rir e descontrair um pouco. Só que o papo foi indo para um lado mais filosófico e, quando vi, já estava fazendo anotações ao invés de rir (kkkkkkk só eu mesmo…) porque o Igor disse umas frases bem interessantes que me levaram a refletir sobre o universo swinger.

Uma delas é a ideia de que é preciso haver desrespeito para que haja mudança. E eu achei tão interessante essa frase porque nunca tinha pensado por este lado, pelo contrário! Sempre fui defensora do respeito a tudo e a todos em primeiro lugar.

Mas olhando pelo lado dessa ideia, ser swinger é desrespeitar a norma. E se nunca ninguém a desrespeitar publicamente, a norma nunca vai mudar. Mas existe um porém nesse desrespeito: para desrespeitar, é preciso respeitar a si mesmo. Ou seja, é preciso ter convicção nos próprios ideais a ponto de ter certeza de que o seu desrespeito é necessário. Eita que agora confundi tudo, né? Eu te ajudo:

Einstein, Lutero, Santos Dumont (até mesmo Jesus) e tantos outros grandes personagens da história só se tornaram grandes porque questionaram suas realidades e ousaram desrespeitar as normas sociais de suas épocas; respeitando, em primeiro lugar, suas próprias ideias – respeitando a si mesmos.

Quando você acredita que ser liberal é a melhor opção de vida que você poderia ter, o maior respeito a si mesmo é desrespeitar quem pensa diferente. É amores… não falei que o isolamento já tá me fazendo mal? kkkkkkkk. Talvez o lance de repulsa aqui seja a palavra “desrespeito”, que traz uma certa dureza nela mesma (tipo velho, feio, etc, etc). Se ao invés de desrespeito a gente usar coragem, por exemplo, a coisa já não parece tão absurda assim. O conceito, a ideia, o cerne da questão (vish que gastei vocabulário agora kkkkk) ainda é o mesmo: questionar a norma.

Quem tem coragem de seguir os próprios ideais quando eles são tão diferentes da maioria? É preferível desrespeitar o outro ou a si mesmo? O respeito ainda é a melhor arma para mudança ou significa que não temos respeito à vida swinger que acreditamos ser melhor?

Essas respostas eu não tenho. E mesmo que tivesse, elas serviriam para mim, e só. Buscar suas próprias respostas, querido leitor, já é um começo de respeito. Bons pensamentos pra vocês!

Beijossssssssssss

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1 Comentário
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bellaegutto
3 anos atrás

Muito legal a analogia do desrespeito. Nessa fase de isolamento bem que podíamos promover um desrespeito e realizar uma festinha mais caliente, em grupo, em alguma plataforma virtual. Pensem nisso!