O Dia da Orgia

E como é legal aprender sempre, não é mesmo? Lembro no começo do blog que os leitores diziam “Marina, você sabe tudo”; e eu respondia que não, que era impossível saber tudo. E não é que depois de tantos anos imersa no mundo do sexo eu descobri, hoje, que existe o dia da Orgia? Mais do que isso, na verdade são três dias todinhos dedicado ao deus Baco, o deus do vinho (e das festas, prazer, lazer e folia) e amanhã, 16 de março, será o primeiro deles.

Fiquei sabendo disso porque fui convidada a dar uma entrevista sobre orgias para uma matéria do portal UOL e como eu nunca tinha ouvido falar nada a respeito, fui pesquisar. E o que eu encontrei acabou sendo mais útil para o blog do que eu poderia imaginar!

Diz a história que esses três dias de festa eram secretos e só para mulheres, dá pra imaginar? Ok, eu gosto de mulher mas não sei se iria para uma festa de três dias sem um único pauzinho para me consolar. Talvez eu não tenha sido a única a pensar nisso, tanto que com o passar do tempo as festas deixaram de ser apenas para a tribo feminina; e aparentemente também deixaram de ser secretas.

Baco

 

Conforme os anos passavam, a galera que ia nos bacanais (ou seja, na festa de Baco) se soltava mais. Pensa: um monte de gente bebendo vinho até não poder mais e tendo a bênção do deus naqueles três dias para fazer o que quisessem. É praticamente carnaval! A mulherada sem roupa, sexo liberado e bebida regando tudo: só podia dar merda, né?

Era mulher andando sem roupa pela rua, gritando pela noite; era  gente  conspirando contra os políticos da época escondido no meio das vulgaridades dos bacanais… E assim como tudo o que ameaça quem está no poder os políticos dão um jeito de controlar para se garantir no poder, as bacanais foram proibidos. É claro que o senado aprovava as bacanais para “casos especiais” (oh… quem será que ia nesses “permitidos”, hein?).

As bacanais ainda sobreviveram escondidas por muito tempo depois dessa repressão, o que pra mim não é novidade nenhuma. Essa pode ser uma herança psicológica para o que vivemos hoje como sociedade: tudo o que diz respeito à sexo tem que acontecer escondido. E no final, as bacanais voltaram a ser secretas – e hoje em dia, não duvido nada que existam orgias apenas para mulheres – o bacanal em sua essência!

De quantas orgias eu e o Marcio já participamos? Bom, pensando no contexto histórico, a orgia não seria necessariamente apenas para sexo, mas também para bebida, nudez e libertinagem. Nesse caso, todo fim de semana nós estamos num bacanal.

Mas se pensarmos no contexto puramente sexual, onde pessoas se juntam com o objetivo único de transar, é importante dizer que nem toda festa de swing vira um bacanal. Na verdade, quase nenhuma festa de swing vira uma orgia de sexo desvairada. Até porque na maioria das vezes as festas são com muitas pessoas, e a experiência já nos mostrou que quanto maior o número de participantes, menor a quantidade de sexo.

Numa orgia com 2 ou 3 casais, todos meio que já sabem previamente quem é o outro e já vai para a festa pensando no abate, porque sabe que tem uma certa afinidade com os demais. Quanto mais pessoas estão na festa, menores são as chances de se conhecer previamente todo mundo, de saber se tem afinidade e depende de rolar um tesão instantâneo entre todos pra rolar uma orgia puramente sexual.

Uma das mais marcantes que fizemos foi na sociedade secreta da Madame O no Brasil. Tinham vários casais, mas a orgia sexual rolou entre 5 ou 6, que se olharam dentro de um quarto, pintou tesão entre todos e nos trancamos lá dentro para que pudéssemos viver a orgia como deve ser: sem pudor. Rolou com todos! Saía de uma rola e outra já entrava em mim, o Marcio fodia uma gostosa e na sequência tinha outra para ele pegar. Foi foda…!

Isso já faz anos e de lá pra cá não vivemos tantas orgias assim. Acho que a última bem gostosa que tivemos foi no barco no Guarujá. Ou será que foi na For Friends? Acho até que eu e o Marcio nos sentíamos num bacanal, mas com certeza as outras 1000 pessoas que foram na festa não se sentiam como nós.

O que me leva à conclusão dos meus pensamentos para esse post. A gente pode até pensar que está numa orgia, mas nem sempre os outros pensam como a gente. Mesmo em um bacanal é preciso respeitar os limites de cada um, as preferências de cada um, o tesão de cada um. Não é porque um quer que o outro tem que dar, não mesmo! Se todos estiverem no clima da orgia, será uma orgia. Caso contrário, será só mais uma festa de swing.

A propósito, amanhã nossos amigos da banda Young Trip vão tocar na Hot Bar. Nós vamos, claro, e acho que vou sugerir ao Marcio tomarmos vinho em homenagem a Baco. Quem sabe ele não nos prepara uma boa orgia, né não?

Beijossssssssssss

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