Abaixo a Obrigatoriedade da Monogamia

monogamia não deve ser obrigatória, e sim uma escolha.

Taí um assunto que ganhou muito espaço nos últimos cinco anos, não só na mídia mas dentro de muitas pessoas, a monogamia versus poligamia. Aliás, a palavra poligamia quase não é usada, até porque no Brasil é crime se casar com mais de uma pessoa simultaneamente. Então o que vem sendo utilizado como antagônico à monogamia é o termo não-monogamia, e inclui todas as relações que não se prendem ao sexo com uma só pessoa.

O grande lance aqui é destacar que não existe uma defesa de um nem de outro modo de relacionamento mas sim, que as pessoas tenham liberdade de escolher que tipo de relação quer viver. O problema da monogamia é basicamente só um: não há escolha. Todas as pessoas atualmente estão condicionadas (desde que nascem) a entrarem em relacionamentos monogâmicos, sem saber que existem outros modelos que podem se encaixar melhor no seu estilo de vida. Mas gente, se as pessoas são únicas, é mais do que óbvio que um único modelo de relacionamento não vai se encaixar na vida de todas elas.

E nem preciso dizer o quanto isso é verdade, tenho certeza absoluta que você tem vários exemplos de relações sem um pingo de intimidade porque as pessoas não tiveram a chance de conhecer outras formas de relacionamento – que poderiam fazer muito mais sentido para elas. É uma alegria pra mim ver que hoje já se fala em outras possibilidades, que meus filhos terão várias opções de relacionamentos para escolher, inclusive a monogamia se eles quiserem viver com uma só pessoa para o resto da vida.

E a gente, que não pôde exercer o livre-arbítrio antes de se casar monogamicamente, uma escolha se apresenta perante nós, agora. Ainda é possível escolher um estilo de vida que te deixe mais feliz, caso você não esteja satisfeito com o atual. Mas como nós fomos criados para não ter escolha, precisamos ter coragem, muita coragem! Tem que ter coragem para mudar seus próprios padrões e encarar um estilo de vida desconhecido, porque mesmo com tanta informação por aí, ainda falta muito para que a não-monogamia seja, de fato, parte da cultura social. Tão comum quanto o casamento, a ponto de ninguém mais ficar arregalando o olho ou fazendo careta para quem escolheu a não-monogamia.

A não-monogamia já é uma realidade, já está entre nós, já tem muita gente feliz escolhendo o tipo de relação que mais combina com ela. E não é porque você escolheu viver um swing que você tem que ser swinger para o resto da vida, não, meus amores! Nós mudamos o tempo todo! Podemos perfeitamente mudar nossas próprias escolhas quando elas não fazem mais sentido. #ficaadica

Beijossssssssssssss

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Cleiton
3 anos atrás

No Brasil e no mundo as pessoas são mentes fechadas, swing é para poucos, poligamia e poliandria são coisas tão discriminadas que é quase impossível encontrar alguém que queira viver assim. O ser humano é MUITO egoísta e possessivo, ao ponto de matar a pessoa que diz “amar” pra outro(a) não te-lo(a).
Seria necessário pelo menos 5 gerações de trabalho da mídia e etc etc pra retirar esse pensamento e tradição das pessoas e do governo.

Fernando
3 anos atrás

Marina, tô curioso. Pra mim, vocês são um casal não-monogâmico apenas no quesito sexual, certo? Quer dizer, vocês nunca disseram que “sexo é sexo e amor é amor” ou qualquer tipo de coisa assim, mas eu tenho essa impressão. Já eu prefiro um modelo relacional mais aberto em todos os sentidos mesmo. Vocês estão “migrando” de modelo ou simplesmente têm se interessado mais pelo assunto?