Sorte ou Azar – Como Fugir das Festas Furadas

Cada vez que ouço um casal reclamando que a festa que eles foram era horrível, de péssima qualidade, nada a ver, fico imaginando se existe alguma coisa que poderíamos fazer para evitar situações como essa. Enfim, será que ficamos sempre dependendo da “sorte” para ter uma noite de diversão swing como queremos? Até quando a gente vai ficar insistindo em brincar de bem-me-quer, mal-me-quer quando se trata do nosso tempo de lazer? Afinal, é possível saber de antemão se a noite valerá a pena?

Vejam esse relato de um leitor que nos escreveu:

Esse final de semana fomos a uma festa em Txxxxxx. Recebemos o flyer e por indicação de casal conhecido no meio compramos o convite. Ainda tivemos a infelicidade de convidar mais 2 casais de amigos. Podemos dizer que no mínimo o que presenciamos era um show de horrores e uma bela propaganda enganosa. No caminho vários carros estavam voltando e não entendemos o motivo, até o momento em que chegamos ao local. Venderam convites com nomeação de camarote. Sinceramente ficamos algum tempo procurando o camarote e não encontramos. Os dois ambientes não existiam de fato. Até tentaram, mas não conseguiram. Era um local aberto, uma chácara. Separaram o ambiente com malha tensionada. Um “ambiente” tocava música eletrônica e o outro funk. Os sons misturavam e vc não conseguia escutar nada. No salão de entrada havia 1 gogo boy e duas gogo girl. Absolutamente nada sensual. Era de um mal gosto e uma cena nojenta. As pessoas estavam se esfregando e “metendo” a mão onde podiam. Na piscina que tocava funk não consigo nem descrever a cena que vimos. Aquilo nem de longe era swing. Era uma putaria de quinta categoria. Onde tentaram reservar um ambiente para música eletrônica estava absolutamente vazio. O bar era de péssima qualidade. Produtos de segunda linha, pelo menos para o nosso gosto. O flyer faz uma alusão de que os combos eram de qualidade, ou pelo menos nós acreditamos nisso. A parte dos “reservados” nos deixou indignados. Eram quartos com beliches, com alguns colchões rasgados e sem lençol. No banheiro, o lixeiro era uma sacolinha de mercado pendurada com vários rolos de papel higiênico. Ficamos cerca de 1 hora no local e fomos embora. Não tinha a menor condição de permanecer no local. Viagem cansativa e perdida de São Paulo a Txxxxxx. Só não foi perdida pq somos um casal bem resolvido e nos divertimos em outro lugar. Encontramos casal que foi do RJ, estavam decepcionados e mortos de vergonha. Gastaram com hotel e táxi para nada. Sinceramente sentimos vergonha de falar que aquilo era uma festa swing. Merecemos respeito!!!

A pergunta que não quer calar é: dá pra sacar que a festa – que no anúncio é linda, maravilhosa – vai ser uma roubada? Gente, toda festa faz aquela propaganda, um flyer show de bola, fotos só de gostosas, etc, etc. Como saber se é verdade ou mentira? Aqui listamos alguns sinais que podem ajudá-los a não perder tempo (nem dinheiro) com festas ruins.

1 – Defina o seu gosto pessoal. Eu gosto de sacanagem? Como é minha visão do sexo? Curto coisas mais rústicas ou mais sofisticadas? Gosto de suruba ou de privacidade? Entender o que você busca exatamente numa festa é o primeiro passo para evitar furadas. Se você é uma pessoa com gosto mais sofisticado não adianta ir no churrascão da laje, nem adianta ir para o interior. Entenda que você é urbano e vai curtir algum esquema mais luxuoso num quarto de motel ou flat. Se você gosta de transar no meio da galera não adianta ir em festa com quartinhos e cantinhos reservados, prefira esquemas abertos onde todos podem interagir com todos. Entender a si mesmo é o primeiro passo.

2 – Procure indicações. Nunca, mas nunca mesmo, pague por uma festa sem perguntar a vários casais de confiança o que eles pensam a respeito daquela festa em específico. Descubra quem está organizando, entre em contato, tire suas dúvidas, seja chato. Você é o cliente e tem todo o direito de saber o que está comprando. Não gostou do atendimento? Não teve suas dúvidas respondidas? Não compre, guarde seu dinheiro para quem trabalha sério.

3 – Peça fotos do local. O ambiente da festa é metade do sucesso, se você não conhece o lugar nem confia em quem está organizando, peça pelo menos uma foto do local pra saber se combina com o seu estilo pessoal. Preste atenção nos detalhes: móveis, paredes, pisos, objetos de decoração… observe tudo e veja se encaixa no seu gosto de festa.

4 – Evite viajar. A despesa e o tempo gasto para se chegar à festa são maiores, consequentemente sua expectativa sobre a festa também aumenta. É uma questão psicológica mesmo, porque a pessoa se esforça além do normal e espera receber uma festa de acordo com o esforço feito. Nem sempre é assim, porque quem organiza faz aquilo que pode, poucos vão além do básico só para fazer a felicidade do cliente – você – que pagou pela festa. Se não tiver jeito (moro numa cidade pequena, não conheço ninguém aqui) redobre a atenção antes de comprar um convite e não coloque todas as expectativas no momento da festa; pense que no mínimo você sairá ganhando com a viagem como um todo. Conheça restaurantes, bares, pontos turísticos e encare a festa como um extra.

5 – Gaste com quem sabe o que faz. Não seja ingênuo acreditando que a galera faz festa porque gosta. Faz porque gosta e porque quer ganhar um dindin extra no fim do mês. Nada contra, muito pelo contrário, tem que ser assim. Não é justo que o cara trabalhe pra caralho e não ganhe nada com isso. Trabalho justo e bem feito merece ser recompensado sim! Quem sabe o que faz vai fazer a festa valer a pena, como um “profissional” de eventos. Você se diverte e ele paga as contas no fim do mês, todos saem ganhando.

Ah, mas é caro pagar 300,00 pra ir numa festa. Ok, daí voltamos ao número 1: defina seu gosto pessoal. Esse valor é muito pra mim ou eu posso gastar mais que isso? Existem festas para todos os gostos, estilos e bolsos. O swing é democrático e é por isso que tudo começa com você mesmo. Defina-se, mantenha sua posição e seja mais feliz nas suas escolhas.

Beijossssssss