Taí uma coisa que permeia a cabeça de quem vai pra uma casa de swing– ou festa liberal – e fica no zero a zero. Eles voltam pra casa com a sensação de que está faltando sexo no meio liberal, você já sentiu isso? Será que os casais que vão pra um evento assim querem mesmo fazer sexo? A dúvida paira no ar porque está cada vez mais complicado encontrar aquelas surubas em boates como se via há alguns anos.
Quando começamos no swing tudo era diferente – as roupas que usávamos, a música que ouvíamos – tudo era mais explícito e a gente não ia embora sem dar uma transadinha. A gente e todo mundo que estava na casa de swing conosco. Pouquíssimos casais iam só pra olhar ou ficar curtindo só entre eles, e ainda assim eram “mal vistos” pela galera em geral. “Olha lá aquele casal que não faz nada…” assim eram chamados pelos frequentadores mais assíduos.
Mas o tempo passou, as coisas mudaram hoje a maioria das pessoas que frequentam uma balada liberal (percebeu que até o nome mudou? rsrsrs) estão em busca de apimentar a relação mas não necessariamente envolver terceiras pessoas nela. Ou então, como no nosso caso, elas estão mais exigentes. É como na gastronomia: quando você experimenta uma comida muito boa, deixa de apreciar aquela mais ou menos, e toda vez que experimenta algo melhor, a comida muito boa passa a ter um sabor “mais ou menos”.
A gente se contentava com o que tinha (casas de swing, casais mais velhos… ) porque era o que tinha. Com o tempo foram surgindo lugares melhores, festas melhores, pessoas melhores… e o que já existia passou a ser pouco pra gente – pra gente e pra todo mundo daquela época. Olhando para o passado vejo que a gente sentia muito tesão e era muito bom, mas se os mesmos lugares existissem hoje a gente provavelmente não iria mais pra lá. Não, não estamos cuspindo no prato que comemos (e como comemos! kkkkkk) mas é que a vida é uma evolução constante, e quem não evolui junto fica pra trás.
Depois de alguns anos passeando por salinhas e labirintos – e também saindo para festinhas particulares a 4, 6 ou mais casais – começamos a perceber com mais clareza o que nos traz satisfação na vida liberal. Consequentemente, passamos a deixar de lado outras práticas que não nos satisfazem tão bem assim. E acredito que é isso o que acontece com todo mundo. O tempo passa e cada um vai percebendo o que traz mais felicidade para a relação – e parte em busca daquilo deixando as outras coisas de lado. Fazer sexo é só mais um item da vida swing e tem muita gente que adora o meio mas não quer fazer sexo. Pode isso, Arnaldo? Pode sim, é por isso que a gente chama esse estilo de vida de liberal. Você pode tudo desde que não seja obrigado a nada, nem mesmo a fazer sexo quando não estiver afim. Você concorda que isso é uma evolução e tanto?
Beijosssssss
Não curtimos muito as tais casas, optando por encontros diretos entre casais amigos. Achamos que os riscos de uma boita sejam muito altos: Casais formados, garotas e garotos de programa e por aí vai.