Como a Marina virou Marina

Já faz algum tempo que estou devendo um post. Falar um pouco para vocês do que passa pela minha cabeça e da visão do Marcio sobre os diversos temas que abordamos aqui no nosso blog.

Estava refletindo sobre o que falar, então neste final de semana veio a “luz”. Ouvi um casal conversando na balada na última sexta e a mulher comentou para o companheiro que gostaria de ser como a Marina, ele olhou para ela e respondeu que também gostaria que ela fosse igual à Marina. É claro que o “ser igual à Marina” não era no sentido literal, físico, mas relativo à atitude e personalidade dela em um ambiente swing. Refleti um pouco sobre isso no final de semana, lembrando de toda nossa história no swing e cheguei na seguinte conclusão, nenhuma mulher nasce igual à Marina. Se tornar como Marina é um processo, uma transformação que pode levar anos e que não envolve somente a mulher. E é  sobre isso que quero falar um pouco mais aqui hoje. O papel do homem é fundamental para que sua parceira se torne uma “Marina”. Confuso? Curioso? Acho mais fácil contar um pouco do processo da minha Marina (“minha” de carinho e não no sentido de posse viu!) para vocês entenderem. Nada como a prática e os fatos para que tudo fique muito bem entendido kkkk

A fase Marina da Marina (deu pra entender né?) não começou quando entramos no swing. Começou na verdade já no início do nosso namoro, quando fui percebendo as coisas que ela gostava, as roupas que queria usar e o pai não permitia, as festas que sonhava participar. Percebi que eu também gostava das mesmas coisas, que não ligaria e pelo contrário, gostaria de vê-la bem arrumada, usando roupas mais curtas e sensuais, provocando o olhar de desejo por onde passasse. Mas, como ainda éramos apenas namorados, não pude ajudar neste tema, pois ela ainda morava com os pais e tinha que seguir as regras deles. Bom, o tempo foi passando, o namoro virou noivado e o noivado virou casamento! Ufa, pronto! Agora estávamos livres para vivermos o que quiséssemos e do jeito que quiséssemos!

Lembro do seu rostinho feliz em poder usar as roupas que tinha ganhado e que estavam guardadas, novinhas, sem uso, simplesmente por que eram “curtas” demais ou muito “decotadas”.

A primeira festa que fomos depois de casados foi em um baile de aniversário de 15 anos. Comprei um vestido especial para a Marina, um vestido longo, mas que tinha um grande decote nas costas e que ficava bem colado no corpo. Foi inesquecível ver a cara dos nossos amigos e parentes. Uma amiga não resistiu e veio me falar que o casamento estava fazendo muito bem para a Marina, pois ela estava linda!

Passei a ficar de olho em todas as vitrines das lojas por onde passava. Quando gostava de algo já imaginava a Marina usando, então não resistia e acabava comprando. Vestidos, sapatos, saias, biquínis e tudo mais que puderem imaginar. Com o passar do tempo fui percebendo uma transformação na Marina. Aquela mulher um pouco insegura com a sua própria beleza estava se transformando em uma mulher poderosa e sedutora. O nosso início no swing foi o que estava faltando para ela romper de vez o casulo e se tornar uma linda borboleta!

E por que estou contando tudo isso? Pelo simples motivo de ser fácil para os homens, pedir para que as mulheres sejam mais abertas, saidinhas, que tenham vontade de entrar no swing, de serem como a Marina! Mas o que estão realmente fazendo para que isso aconteça? Para ser ter uma “Marina” é preciso ser pelo menos um pouco de “Marcio”, entendem?

Será que a Marina seria a Marina de hoje se ao invés de incentivá-la eu a tivesse criticado quando ela me mostrasse que queria comprar uma mini saia, ou exigido que ela trocasse a roupa que tinha colocado para dar uma volta no shopping? Como seria se eu  não tivesse dado todo o apoio para ela enfrentar as críticas da família e amigas sobre as festas que estava indo e as roupas que estava usando? Será que ela se sentira livre e poderosa nas baladas liberais se eu a criticasse, reclamasse ou não permitisse que ela dançasse no balcão das casas de swing e tirasse sua roupa quando tivesse vontade? Será que a autoestima seria a mesma se eu não a elogiasse, falasse que ela estava linda, gostosa, um tesão?

Para um casal swinger atingir o nível que cada um deseja, existe um papel fundamental para o homem. Que vai contra tudo o que a cultura machista sempre pregou! No swing de verdade não deve existir frases do tipo “mulher minha não usa uma roupa dessa!”, entende?

Nós homens, temos um papel fundamental no caminho que leva o casal swinger ao ponto de maturidade que desejam.

Uma das perguntas que mais recebemos é sobre como convencer a parceira a entrar no swing. Quando recebo essas mensagens me pergunto, o que será que eles estão fazendo para isso?  Será muito difícil para uma mulher que esteja se sentido feia, com baixa autoestima, que não se sinta amada e segura aceitar ir em uma casa de swing, mesmo que seja só para conhecer.

E aqui vai uma dica de ouro!! Deveria até estar cobrando para passá-la para vocês, homens, quer que sua parceira aceite o convite para conhecer uma casa de swing ou participar de alguma outra fantasia? Invista seu tempo nela! Faça de tudo para ela se sentir amada, poderosa, sedutora, bonita e segura! Para isso será necessário investir um pouco do seu dinheiro, tempo, criatividade e o principal, abrir mão do machismo cultural que nós, homens brasileiros temos!

O casal é sempre o mais importante! Não existiria Marina se não fosse o Marcio, não existiria o Marcio se não fosse a Marina, entendem?

Transforme também sua esposa em uma linda borboleta e colha os frutos que sempre sonhou!

Fui…

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Caio
2 anos atrás

Parabéns pelo POST. Realmente as contextualizações que vocês fazem conseguem demonstrar bem o amadurecimento necessário pra se chegar ao “Swing”.

Tenho tentado abordar esses temas com minha parceira. Infelizmente não tenho tido nenhum sucesso.

Ela pensa que isso é “putaria”. Cheguei a comentar sobre o filme brasileiro que saiu sobre o assunto. Ela não sentiu nenhum interesse.

As vezes penso que se nós formos a uma balada liberal, ela vendo o como é, talvez isso consiga plantar algum interesse na cabeça dela.

Por enquanto, continuo como leitor kkk

Melissa e Dominick
4 anos atrás

O que sempre digo aqui é justamente isso. Que meu sonho era ser um pouquinho de Márcio. Te admiro demais

CASALVIVENCIAR2019
5 anos atrás

Olá…Boa Tarde…..Parabéns pela Sensibilidade na expressão das palavras..pensamentos e sentimentos….Eu Sara me identifiquei muito….porque meu marido….foi me envolvendo aos poucos nesse meio que sempre costumo dizer …louco e intrigante…envolvente…..Beijos ao casal…Parabéns!! Sucesso

MARILIA CAMARGO
5 anos atrás

Como mulher, posso dizer e afirmar que as mulheres precisam de homens como você Márcio, parabéns aí casal!!

Julia
5 anos atrás

E agora o oposto, como faço para meu marido ter vontade de ir numa casa de swing?
Comentei com ele uma vez e ele não se sentiu confortável. O que pode ser?

Caio
5 anos atrás

Parabéns Marcio pelo post !
Posso dizer como testemunha ocular que quando a Marina passa não há quem não a veja com uma certa inveja ! Mas não por sua beleza ou outro atributo físico…mas sim pela atitude !!!
No meu caso particular fiz a lição de casa (vestido, incentivos, baladas liberais) e de nada funcionou !
Continuem sendo esse casal nota 1000 !

Casal Bia e Bruno
5 anos atrás

Márcio … cara, você não imagina o quanto admiramos. Essa postagem foi sensacional. Muito esclarecedora. Eu particularmente me identifiquei bastante. Temos 30 anos de relacionamento e após o curso que fizemos com vocês, aprendi o quanto é importante incentivar a esposa a se descobrir, ao invés de cobrar. Os frutos? Estes nós já estamos colhendo rsrs.

Roberta Roberto
5 anos atrás

Olá! Venho acompanhando o blog do casal. Adorei o que escreveu. Tenho muitas curiosidades sobre o swing. Estou iniciando essa nova fase com o meu namorado. E quero muito me aperfeiçoar, rsrss E lendo seu posto, só me motivou mais. O quanto é importante a parceria de vocês, homens, nos elogiando, estimulando e colaborando para a nossa evolução como casal de swing. Adorei!!
Vocês não realizam cursos no RJ?
Adoraria participar de um com vocês.

Jessica
5 anos atrás

Eu adorroooo vcs sempre e sempre mais

Casalpipa
5 anos atrás

Show esse comentário, estamos iniciando também, o que nos atrapalha é o fato de não ter nenhum contato com casais assim!