Will Smith tem Relacionamento Aberto? Já Sabia

Desde ontem pipocam várias matérias sobre Will Smith e Jada terem um relacionamento aberto. Parece que o Will finalmente assumiu em uma entrevista algo que há muito tempo todo mundo já desconfiava. E o que tem de mais nisso? Para nós que também vivemos a não monogamia, nada. Mas que é bom demais saber que não estamos sozinhos e que um dos nossos companheiros de ideias é famoso, respeitado e ícone mundial, ah… é bom sim!

Sobre as matérias, que na maioria das vezes são sensacionalistas, não tenho muito a dizer. Quero comentar uma que saiu hoje cedo no UOL porque, em alguns momentos, falam algo que não é bem assim que funciona – e que só alguém que vive um relacionamento aberto pode falar com mais propriedade.

Como iniciar a conversa

Taí uma das coisas que eu digo por aqui há anos e que é confirmada cada vez que surge o tema. Uma das melhores formas de iniciar uma conversa sobre abrir a relação é com publicações. Além de filmes e séries, que muitas vezes abordam o tema de forma lúdica e não muito correta, matérias, podcasts e entrevistas são mais reais na maioria das vezes.

Ciúme

Aqui eu vou discordar porque vejo na prática que não é bem assim que acontece. Um ciumento não tem menos paz interior porque abre o relacionamento, pelo contrário. A maioria dos ciumentos vive muito bem num relacionamento aberto. Costumam inclusive dizer o seguinte: em um ambiente liberal eu me sinto muito bem, não tenho ciúme, tenho paz.

Claro que essa “paz” não vem da noite para o dia, ela é criada na prática, vivendo as experiências e redefinindo conceitos internos. Há uma reestruturação do que é ciúme, traição e tantas outras coisas que foi internalizado pela pessoa – e que agora é posto em cheque: será que é assim mesmo?

Isso me faz pensar que não é a pessoa em si que alimenta o ciúme, mas sim a forma que os outros esperam que ela aja em determinadas situações. Como a raiz do ciúme tem a ver com insegurança, faz todo sentido. Uma pessoa insegura usa a aprovação dos outros para guiar os próprios atos, já que, fora do ambiente que ela considera “seguro”, não demonstrar ciúme do parceiro pode ser sinal de fraqueza.

Benefícios individuais

E aqui eu discordo totalmente! Os benefícios de um relacionamento não monogâmico não são unicamente individuais e eu venho escrevendo sobre isso há anos! Se fosse assim, nenhuma relação sobreviveria tanto tempo aberta, tampouco estaríamos discutindo alternativas à monogamia – porque não haveriam. Seriam chamadas de relações pré-divórcio, afinal, o protagonista seria o egoísmo e não ao altruísmo (amor livre, liberal, aberto, etc.) como temos visto.

Há mais de 10 anos que eu e o Marcio fizemos a transição da monogamia para o aberto e em todo esse tempo não há uma experiência sequer que pensamos apenas em nossa individualidade. Da mesma forma encontramos diversos casais nas comunidades liberais que relatam exatamente sentirem o mesmo que nós.

Existe sim um desenvolvimento individual importante nos relacionamentos abertos, porém, curtir o próprio prazer sem levar em conta o prazer do parceiro não faz parte dessas relações. O maior benefício de abrir a relação tem a ver com o fortalecimento dela através do aumento da cumplicidade entre os dois.

É amor do mesmo jeito

As experiências de que as liberdades que demos uns aos outros e o apoio incondicional, para mim, são a mais alta definição de amor.

Sim, devemos repensar nossa maneira de entender o amor e já passou da hora. A grande massa da sociedade é cristã e defende um amor baseado em Deus. Oras, o amor divino é incondicional! Mas o amor que os homens alegam ser “de deus” não permite não monogamia, liberais, homoafetivos…?  Seria a massa tão burra assim?

Nós nem somos famosos e sofremos diversos ataques por aí, muitos deles de quem está mais perto de nós. Imagina alguém como Will Smith e Jada! Fica aqui a nossa solidariedade a esse casal – que já érmoas fãs – e agora somos mais fãs ainda. Estamos juntos nessa!

Beijossssssssss

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