Venda de Conteúdo Swinger, Pode?

Mais um capítulo da série “pode – não pode” que, vamos combinar, dentro do swing chega a ser cômico. E eu até poderia falar tudo o que é preciso em duas ou três palavras mas estou com vontade de escrever. Ainda mais quando o tal do “não pode” vem de outros swingers guardiões da moral e dos bons costumes putanheiros, onde swinger que é swinger dá pra qualquer um, em qualquer lugar, de qualquer jeito. Menos se tiver dinheiro envolvido. (Não disse que era cômico?!)

Eu vi o Casal Libido abordando o tema e achei interessante trazer a discussão para o nosso blog também, afinal, a venda de conteúdo é uma forma recente de monetização que cresce rapidamente e também é mais uma opção para quem trabalha com conteúdo adulto. Ta certo que sexo e dinheiro, juntos, precisam ser usados com muita cautela. Mas o caso que levanto aqui não é esse, e sim a crítica de liberais que já deveriam ter entendido o cerne de ‘ser liberal’.

Já tive preconceito

E sim, eu já fui dessas que pensava que swinger não cobra para transar, não vende conteúdo hot nem aceita presentes quando sai com alguém. Achava que esse tipo de transação misturava a prática do swing com a prostituição e confundia quem não é do meio, aumentando os mitos em torno da troca de casais.

Que bom que o tempo passa, a gente estuda e aprende que, em um relacionamento liberal, swinger ou qualquer outra forma não monogâmica de relação, apenas duas pessoas podem ditar o que pode e o que não pode fazer; e certamente não é quem está de fora da relação. Nem outros PB´s, amigos, pais, filhos ou o caralho a quatro.

E em relação às postagens, cada um escolhe onde e o quê postar. Nem todo conteúdo do blog eu coloco no instagram, assim como nem todo conteúdo do facebook eu coloco no onlyfans. Cada plataforma com a sua característica, cada swinger com a sua preferência. Tem pra todos os gostos, igual o swing.

Quanto você cobra?

Ser swinger não impede ninguém de também fazer programa, se assim a pessoa quiser. Também, o fato de ser swinger não impede de pedir ou enviar presentes em troca de sexo. Muito menos de vender foto e vídeo de sexo no Onlyfans, pack por pix, Buupe, Private, Camera Privê, Close Friends, Twitter Secreto…

Vou além: isso, inclusive, é a fantasia de muitos casais liberais. E a gente já aprendeu que fantasia é igual bunda – cada um tem a sua e realizá-la é um problema de quem tem a fantasia, ninguém mais. Oras, se um casal quer cobrar pra transar e outro quer pagar pra transar, nem Marina e Marcio vão dizer que não pode. Afinal, cada um sabe porquê faz o que faz; e se não faz mal a ninguém, tem mais é que ser feliz!

PARÊNTESES: engraçado como são as coisas… quando é pra “convencer” a virar swinger, tudo é permitido, nada é obrigatório. Quando é pra atacar swinger que pensa diferente, o lema é varrido pra debaixo do tapete… (hipocrisia no swing ninguém merece…)

Motivos pessoais

Não temos obrigação nenhuma de justificar nossas escolhas, mas como já escrevi essa história em outros posts – e preferimos jogar às claras – segue o nosso caso. A nossa visão sobre vender conteúdo mudou quando todo mundo ficou sabendo do blog (set/2020). O que tinha de foto e vídeo aqui (de graça) que foi espalhado no whatsapp – até pra quem nunca tinha ouvido falar de mim – não foi brincadeira.

Mesmo sendo crime*, a crentaiada não pensou duas vezes em espalhar meus peitões e minha buceta por aí. E claro, ainda colocar a culpa em mim porque “já tá lá mesmo pra todo mundo ver”. Adivinha quantas fotos e vídeos do conteúdo pago foram compartilhados? Nenhum!

Pode até acontecer de um ou outro comprador vazar o conteúdo, mas ele não vai pagar barato pra isso. E quem compra nosso conteúdo porque gosta da gente, paga feliz (porque gosta!), não espalha por aí e ainda nos ajuda a comprar o pão de cada dia.

Além disso, nós somos exibicionistas, não temos vergonha nenhuma do nosso corpo, defendemos o sexo como um ato natural e nos sentimos completos idiotas por ter feito tanto punheteiro gozar até ficar mole; sem receber um centavo por isso. Resumindo, não me importo de ter fotos minhas por aí, mas quem quiser fazer sacanagem com a gente vai pagar caro e antecipado.

Conteúdo de swinger

É bom deixar registrado que todo conteúdo swinger é, pela sua essência, considerado hot. Por mais leve que seja um livro, por mais acadêmico que seja um artigo, por mais sensual que sejam as fotos, swinger é sinônimo de conteúdo hot. Vocês não acham um baita de um preconceito (pra não dizer outra coisa) julgar o swinger que ganha no onlyfans mas exaltar o que ganha fazendo festa? (festa é só um exemplo, pode ser qualquer coisa relacionada ao swing que dê grana).

Lembram do Mito da Caverna? Pois é… todos os swingers foram catequizados a ficar na caverna. A caverna cobra, eles pagam pra trabalhar produzindo e enviando conteúdo para que a caverna fique cada vez maior. Vez ou outra, um swinger sai da caverna e descobre que todo o conteúdo que ele produziu para a caverna, dá uma grana preta e o dinheiro fica todo pra ele. Feliz pela descoberta, ele volta para a caverna para avisar os outros que eles deveriam receber para produzir conteúdo, não pagar. Céticos, chamam o descobridor de louco, rotulam de “não swinger” e fazem de tudo para acabar com ele.

Qualquer semelhança com sua vida atual não é mera coincidência, querido swinger. É a vida, amores. Eu até acredito que as redes de swing como são hoje, estão com os dias contados. Basta que os swingers percebam que são eles quem sustentam a roda, e não o contrário.

Swingers e o que mais quisermos ser

E o que é que vender conteúdo tem a ver com swing? Nada. Sou swinger e vendo conteúdo. Sou swinger e psicóloga. Sou swinger e camgirl. Sou swinger e advogado. Sou swinger mas só faço menage… (vai entender…)

A escolha de como disponibilizar o próprio conteúdo não desqualifica a prática da troca de casais.

O tipo de conteúdo sim, pode desqualificar. Mas antes de criticar o conteúdo, será preciso pagar por ele. E se não viu o conteúdo e critica mesmo assim, é porque a máscara da crítica já caiu e todo mundo viu que era, como na maioria das vezes é, pura inveja.

Beijosssssssss

 

*Além de responder um processo cível, a pessoa que divulga, distribui ou compartilha imagens de cenas de sexo, estupro ou nudes, sem o consentimento da vítima, incorre no crime tipificado no artigo 218-C do Código de Processo Penal. Tal tipificação encontra-se na nova lei de importunação sexual, Lei nº 13.718/2018

 

Subscribe
Notify of

7 Comentários
Newest
Oldest
Inline Feedbacks
View all comments
Juan
2 anos atrás

Hola eu vou a sao paolo, estou buscando club swinger o website
Obligado

Clovis
2 anos atrás

É claro que pode vender, dar, distribuir, o que quiser. O corpo é seu, o conteúdo é seu, vc faz o que o bem entende com ele. E eu compro tudo!

Milena e marido
2 anos atrás

Eu e meu marido somos swingers há muitos anos. Não estamos em nenhuma rede, ou grupos de festas. Acho que o negócio em torno do meio tirou a essência do que é ser swinger e cada grupo quer sair ditando as próprias regras, sem levar em conta a liberdade do estilo de vida.

Mas queria dizer que de todos os que falam sobre swing atualmente, eu me identifico demais com vocês. Deixe que falem, o que vocês fazem é muito mais importante do que fofoca.

Parabéns

Marcos A.
2 anos atrás

Olá meus caros.
Já devo ter deixado o seguinte comentário em algum post anterior, mas vou repetir. “Se cada um tomasse conta da sua vida, o mundo seria bem melhor”.
Um forte abraço.