Troca de Casais Fortalece a Relação

Falando um pouquinho sobre o funcionamento da troca de casais, ou como você já deve ter ouvido falar, swing. É tanto preconceito em volta dessa palavra que somos proibidos de usá-la em muitos lugares. Ah, se o mundo soubesse o que há por trás do swing, qual é a base do swing… é por isso, porque só o conhecimento diminui o preconceito, que estamos aqui!

A primeira imagem que vem à mente de quem não conhece swing é essa:

O que você encontra quando entra numa casa de swing é algo muito próximo disso:

Às vezes com um pouco disso:

Você vê casais fazendo swing e pensa que é fácil, é só ir e transar. Mas não é bem assim que acontece na prática porque o swing tem toda a sua base nos casais – pares com relacionamento afetivo importante entre eles. Casados, namorados, noivos… o status da relação não é mais tão importante desde que exista cuidado mútuo. Vamos entender:

Uma festa com solteiros, solteiras e casais é uma festa liberal. Festa só com casais, é festa de swing. Festa só com solteiros(as), é sexo livre. Mais um exemplo: rede social com solteiros, solteiras e casais é uma rede liberal. Rede só de casais é rede de swing. Rede só de solteiros(as), é tinder.

A Base de Tudo

O casal é a base do swing e sem ele qualquer prática liberal é liberdade sexual porque não envolve relacionamentos! Envolve sentimentos, emoções, até aquelas relações do tipo “amigo de balada”, sabem? Mas sem compromisso como um casal tem. Sem aquela coisa de voltar pra casa e ter que conviver com o parceiro, dia a dia, lembrando do que foi feito no swing, de como foi feito, o que foi dito, o que foi negado… Sem ter que apoiar o parceiro quando ele fica triste porque o pau não subiu ou porque a camisinha estourou dentro dela.

E tudo isso poderia acontecer sem que o parceiro soubesse, mas quando um casal decide viver um relacionamento swinger, ele não está dizendo ao mundo que quer permissão para trair. Isso aí é coisa de ignorante, que não conhece nada da prática.

Uma pessoa pode escolher o swing porque acha que vai transar pra caramba; um casal escolhe o swing porque a transa entre eles já é muito boa. Uma pessoa pode escolher o swing porque quer ser livre pra transar com quem quiser; um casal escolhe o swing porque já sabe que transar com outros faz parte da vida, só hipócritas (ou quem não quer enxergar a realidade) não assumem isso.

Experiências

Atendi um paciente que teve uma crise de ansiedade após a primeira experiência de troca de casais. Com o tempo eu soube que havia um histórico de medos e inseguranças não resolvidos durante os anos de casamento. E vieram à tona, todos de uma vez, quando o parceiro se esforçou para agradar a outra pessoa. Foi quando o paciente entendeu a complexidade da troca de casais, afinal, eles já tinham experimentado várias interações com solteiros em casas de swing e nunca haviam sentido nada de diferente.

Mais uma prova, como tantas outras que já vi nessa vida, de que swing é casal. E o casal que decide ser swinger dá um passo para levar a relação a um outro nível de cumplicidade, de conversa, de intimidade. De que outra forma o paciente descobriria que não tinha resolvido as questões do passado como pensava? E de que outra forma o parceiro estaria disposto a revisitar essas questões se não para seguir em frente no swing?

Não, amores, swing não é traição. Não é palhaçada, não é putaria, não é vagabundagem. É relação, é comunidade, é fortalecimento do casal. Por isso que eu digo que de todas as práticas de sexo não convencionais, o swing é a mais tradicional, e também, a mais mal vista. A ignorância gera o caos, a incoerência, o preconceito. Só o conhecimento salva!

Beijossssssssssss

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3 Comentários
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Sra RB
3 anos atrás

Digitando com os pés porque com as mãos tô aplaudindo 👏👏👏👏

Leandro
2 anos atrás
Reply to  Sra RB

Excelente texto!!!!