Swing e Segurança Coletiva

swing e segurança coletiva

Apesar da prática do swing não depender de baladas liberais e festas para acontecer, hoje em dia as casas de swing oferecem uma oportunidade interessante para quem está no meio (ou pra quem quer saber como é). Elas funcionam como clubes ou pontos de encontro dos casais, lugares onde os swingers ficam mais à vontade para demonstrar o espírito liberal.

As festas privadas tem o mesmo objetivo – o de reunir pessoas com o mesmo pensamento livre – porém elas restringem o acesso, promovendo a afinidade entre os casais através de um espaço mais reservado para conversar melhor um com o outro e descobrir os pontos em comum – coisa muito difícil de acontecer em uma balada liberal.

Acontece que existe uma coisinha chamada ego que pode comprometer a diversão da galera, seja numa balada liberal, seja numa festa. Todo mundo tem, viu gente? Todo mundo tem o tal do ego, que às vezes é inflamado demais a ponto de não aceitar uma rejeição. Por exemplo: o cara quer ir numa determinada festa privada, entra em contato mas não é aceito. Se o ego do cidadão estiver desequilibrado, pronto: tá feita a merda.

Tem gente que começa a falar mal da festa, tem gente que começa a denunciar a festa, tem gente que chega ao ponto de telefonar para quem alugou o espaço onde a festa vai acontecer e falar absurdos para o dono do lugar até que ele quebre o contrato de locação. Acreditem, isso acontece! O pior é que quem toma esse tipo de atitude não é organizador de festas, não é concorrente, não vai fazer festa nunca na vida. Faz isso pelo simples prazer de derrubar outra pessoa, justamente aquela que barrou a entrada dele no baile.

Mais intrigante ainda é pensar até que ponto alguém com o ego machucado pode chegar. Existem duas formas de atacar o alvo: pelo discurso e pela força. Os mais letrados seguirão pelo caminho do discurso porque querem ver o outro no chão, destruído, acabado. Já os mais ignorantes seguirão pelo caminho da força e é aí que mora o perigo. Socos, tapas, pontapés, tiros…? Será que é preciso mesmo chegar a esse ponto por causa de uma trepada?

Já vi muitos homens (singles e casados!) serem expulsos de casas de swing porque ultrapassam os limites do bom senso, incomodam as mulheres, querendo forçar o sexo. Também já vi muito segurança dessas casas tratarem homens com estupidez, usando força desnecessariamente bruta para expulsarem um non-sense do local. E se o cara expulso for do ramo do crime, pronto: tá feita a merda! Ele volta lá, atira a torto e a direito, podendo acertar gente que nada tem a ver com o caso… tudo por causa do ego ferido. Já pensaram na tragédia que seria ir para uma festa e ser baleado?

Além de sempre ter uma equipe séria de segurança nas festas e baladas liberais é de suma importância que todos entendam a mecânica do swing. Que todos entendam que no swing tem espaço para todo mundo, tem festa pra todo mundo, tem balada liberal pra todos os gostos. Se não deu certo ir numa determinada festa, vá na outra. Gente, tem festa todo santo final de semana, pra quê ficar encanado com uma só? Tem trocentas casas de swing, cada uma com um jeito, cada uma com um público, pra que ficar encrencando com uma?

E quanto ao swing em si, tem milhões de casais adeptos da prática, pra que ficar correndo atrás de quem não te quer? A gente não pode deixar-se dominar pelo nosso ego. Não! Nós dominamos ele! Cada um de nós é dono do seu próprio corpo e faz o que quer com ele, certo? O ego também é parte do corpo e também deve ser domado. Cada um cuidando do seu ego, é assim que a vida vai ficar mais leve, é assim que a diversão vai ficar mais segura.

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Anna Paiva
8 anos atrás

Oi, casaaaal!
Quanto tempo, hein? rs

Infelizmente esses mimados estão presentes em toda parte (Oh, treva! rs).
Uma frase que tenho comigo sempre: “As pessoas tendem a procurar por informações que confirmem suas crenças e a rejeitar informações que as contradigam.”

Ma, um beijo mineiro enorme pra você!
Espero encontrar vocês em Sampa qlquer hora dessas (risos)

Marcelo
8 anos atrás

Em tese matemática, é inconcebível um egocêntrico no meio swing; ele pode ser q/q coisa, exceto um swinger, pois se o que nos faz apaixonar pelo swing é justamente vivermos e sermos banhados pelo modo SER! Deveríamos indicar “Ter ou Ser”, A Arte de Amar” de Erich Fromm como manual, cartilha, pré-requisitos p/ entrar no swing, além do blog Marina&Márcio: aqui, é a base e a pós graduação, quem passa por aqui tem passaporte azul.