O Timing da Troca

É, minha gente, o swing também precisa de um timing preciso. Timing é aquele momento único, aquela janela aberta, aquela estação de trem, que quando passa e você não aproveita, dificilmente haverá outra chance. Uma vez, estávamos na Vostro (casa de swing na região de Campinas de péssimo gosto) e conhecemos um casal. Aí começou um esquenta, uma pegação, o tesão foi subindo e o casal pergunta: “vamos para um motel?” Topamos na hora, seria bem mais confortável e cheirosinho… hehehehe. Saímos de lá no nosso carro, seguindo o casal que sabia onde ficava o motel. Era até perto, mas o cara errou a entrada, nos perdemos um pouco e quando chegamos não tinha quarto disponível.

Seguimos para um outro motel, mais longe, mais tempo, mais uma vez sem quarto. A essa altura, eu já estava enxergando melhor e já não achava mais o casalzinho tão bonito assim. Quando chegamos ao terceiro motel, eu nem saí do carro. O tesão já tinha ido pro saco com todo esse vai-vém e não havia mais a menor condição de swingar. Passou o timing.

No carnaval aconteceu algo bem parecido. Marcamos a “noite do motel” com alguns amigos. Mas antes, fomos nos encontrar num barzinho pra esquentar. Acontece que o esquenta foi tomando proporções gigantescas quando casais conhecidos iam passando pela rua e acabavam se juntando a nós. Virou uma festa não programada! Pra quem queria beber e conversar estava tudo perfeito; pra nós (eu e uma amiga), que queríamos dar, ficou tudo péssimo. No fim, acabamos indo pro motel com outras pessoas, só a amiga que não quis, o timing dela tinha passado totalmente e não teve como recuperar.

Tem vezes que o casal é lindo, agradável, rola afinidade, mas o tempo de cada um é diferente. Temos diversos amigos assim, quando nós já estamos indo embora eles estão começando a farra. Swing não é oba-oba. As casas de swing não refletem o perfil dos swingers, e todos acabam confundindo a prática do swing com sexo liberal. Só para vocês terem uma ideia, nesse ano de 2014 contamos 5 trocas de casais satisfatórias. Não dá nem uma por mês. Mas foram todas memoráveis! Claro, não contamos sexo livre nem menage. Só swing com casais reais, coisa que gostaríamos de fazer mais vezes, mas são tantas variáveis que influenciam uma boa troca de casais que nem sempre conseguimos realizar tudo o que queremos; o timing é só mais uma delas.

Ás vezes o lugar onde vocês estão não ajuda muito: a cabine é apertada, a casa de swing é ruim, não tem ar condicionado, mas esse momento com esse casal é único e pode nunca mais se repetir. Na nossa experiência, ele nunca se repete. Nunca. Portanto, queridos, aproveitem o timing do swing sempre que puderem, pois como disse Lulu Santos “…nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”.

Beijosssssssssss