O Que é Swing Afinal?

Esses dias alguém perguntou qual é a definição de swing, pois sendo adepto há anos, entendia que swing era troca de casais. Mas conversando com uma amiga, esta lhe disse que swing era menage, bi feminino, orgia, gangbang, a putaria toda… afinal, o que é swing?

Sem dúvida que toda definição do que não está bem definido será pessoal, ou seja: relativo às experiências que cada pessoa traz consigo. Quando nós começamos no meio, há um bom tempo atrás, swing era algo muito claro e definido: troca de casais. O problema do swing é que ele não é divulgado, não é bem visto, nem é socialmente aceito, logo, não existem estudos, conceitos ou definições bem sedimentadas para sua prática.

Além disso, a ideia principal do swing de que tudo é permitido nada é obrigatório, coloca seus adeptos em posição de definir o que é swing do jeito que achar melhor, já que ele pode tudo e não é obrigado a nada, nem mesmo a aceitar conceitos pré-definidos. Aliás, uma das características dos swingers é justamente quebrar padrões pré-definidos, já que o sexo não convencional é a única coisa que todos eles tem em comum.

Considerando o momento atual da história social humana, onde a liberdade de ser o que quiser e pensar o que quiser tem ganhado muito espaço, parece contraditório sair em busca de definições e conceitos. Mais do que contraditório, defender conceitos hoje em dia, sejam quais forem, tem sido visto como antiquado, ultrapassado, preconceituoso. Para quê colocar rótulos? Basta sentir prazer… será? Será mesmo?

Partindo da ideia inicial, já que o swing não existe na teoria (fazemos tudo às escondidas, não é mesmo?) ele não pode ser teorizado; então cada um “escolhe” o que quiser pra dizer que é swing. Do mesmo modo que muitos escolhem não teorizar, não categorizar, não definir conceitos, há aqueles que escolhem definições. Vou além: tem gente que precisa teorizar as coisas antes de praticá-las, faz parte do processo mental dessas pessoas, é uma necessidade fisiológica.

Também devemos considerar que tudo o que conhecemos hoje como teorias e definições incontestáveis, um dia já foi entendido como “pra quê rotular isso, bora curtir”. Para toda descoberta da humanidade, houve um louco que ousou teorizar o não-teorizável, definir o não-definível, conceituar o não-conceituável.

O blog swing Marina e Marcio é um espaço de opinião, aqui eu e o Marcio colocamos as coisas que pensamos e, nesse caso, não será diferente. Mas para um assunto tão incompreendido para a maioria da população como é a prática do swing, eu não poderia chegar com tudo, logo de cara, antes de apresentar a situação geral. Ainda mais porque nosso blog é seguido por uma maioria esmagadora de swingers iniciantes em busca de informações realistas sobre o mundo que tanto os atrai.

Para nós, definições são essenciais. Sem elas estaríamos perdidos, sem rumo, sem metas. Para mim, X é X, Y é Y. Um X pode ser Y? Sim, pode… se eu tirar uma perninha da direita, voilá! Entendem o que eu quero dizer? Não dá para chegar a algum lugar sem sair de um ponto inicial. Nem mesmo um passo é dado sem termos definido de onde estamos saindo.

Dito isso, e espero que vocês estejam seguindo minha linha de pensamento, é imprescindível afirmar que swing é troca de casais. E ponto final. Agora… Swing pode ser menage? Sim, pode… O swing pode ser gangbang? Sim, pode… Swing pode ser sexo só entre as mulheres? Sim, pode. Mas todos eles partem do ponto inicial, definido há muito, muito, muuuuuuuito tempo atrás (muito antes de eu ou você querermos teorizar qualquer coisa) e sua definição é troca de casais.

O que você vai fazer com essa informação, depende da sua experiência de vida, do que você deseja experimentar, da sua criatividade, daquilo que faz você ser você. Se para você é importante encontrar definições, defina; se para você o importante é sentir prazer, sinta. Swing pode ser respeito ao que é importante para o outro? Sim, pode. Deve!

Beijosssssssssss