Como Falar de Swing em Público

Outro dia fomos num barzinho PB eu, Marcio e uma single. A conversa fluía bem mas vez ou outra aparecia um garçom pra fazer os pedidos, ou alguém sentava numa mesa muito próximo da gente, ou vinha o garçom de novo pra trazer os pedidos… e a gente não queria ficar interrompendo o assunto toda vez que alguém chegava perto pra não perder o fio da meada. Também não dava pra gente ficar falando que transou assim e assado na frente dos outros.

Começamos a conversar em códigos e daquele dia em diante, sempre que saímos com a single, a gente usa esses códigos automaticamente. Virou algo natural entre a gente, algo interessante porque só a gente sabe do que realmente se trata a conversa.

Com o tempo fomos percebendo que usamos outros códigos para conversar com os casais, geralmente os que nos são mais chegados por uma razão de proximidade mesmo: quanto mais tempo a gente passa junto, mais códigos a gente acaba criando naturalmente.

E hoje, pensando no que poderia compartilhar com você, querido leitor, pensei que em algum momento você também pode precisar de uns códigos assim pra conversar mais tranquilamente com alguém do meio num ambiente PB – seja num churrasco de família ou em um restaurante chique. Aprenda alguns truques e sinta-se livre na hora de falar de swing.

1 – Conversar

É um dos verbos que mais usamos na hora de codificar a transa. Ao invés de falarmos abertamente que transamos com dois casais na noite passada, dizemos que conversamos com dois casais na noite passada. A conversa pode ter sido longa ou bem rápida; tem vezes que o Marcio fala pra caramba enquanto eu, Marina, fico só ouvindo; tem vezes que sou eu a tagarela e o Marcio fica mais de boa. E tem também aqueles casos em que o outro casal era ruim de papo ou então era muito bom! kkkkkkk. Enfim, substituir o verbo “transar” pelo verbo “conversar” tem sido uma ótima saída nas horas difíceis.

2 – Usar luvas

Levar o assunto para uma mesa de cirurgia também resolve a situação na hora da emergência. Usar “luvas” de boa qualidade é essencial para o bom andamento da “cirurgia”, que pode durar horas ou ser algo fácil de resolver. Eu estava lá, pronto pra começar a cirurgia, quando percebi que estava sem luvas. Não dá pra fazer uma cirurgia sem luvas, né? 

3 – Futebol

Usar termos futebolísticos para falar de sexo é uma prática já bem comum, mesmo entre a galera PB. Por exemplo: pimba na gorduchinha, na cara do gol, meteu logo 7×0, bateu na trave, fez um golaço… e a lista é praticamente interminável quando se tem criatividade. Mas não é sempre a gente consegue usar esse lado esportivo, tem pessoas que sacam rapidinho que a gente não tá falando realmente de futebol; portanto use com cuidado.

No fim das contas, pra quem entende muito de um determinado assunto e está conversando com outra pessoa que também entende do mesmo assunto, não é tão difícil encontrar uma forma de levar a conversa de swing pro ambiente preto e branco.

Algumas coisas são bem óbvias tipo cantar no microfone ou pegar na flauta, enquanto outras precisam de um pouco mais de sagacidade pra serem captadas. Desde que você não sinta que estão te olhando como se fosse um ET, tudo é válido. Seja criativo, invente seus próprios códigos ou use nossos exemplos. O importante é que a comunicação seja satisfatória. E divertida!

Beijossssssss

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