Por Um Swing Mais Real e Menos Virtual

swing virtual só vale a pena quando passa para o real

Quando nos interessamos pelo swing, nós começamos criando perfis em diversas redes sociais (todas da época, pra dizer a verdade hehehehe) e a coisa era praticamente um vício: toda hora eu entrava pra ver se tinha algum recadinho.

Mas quase nunca tinha, porque, na prática, entrar em uma rede social de swing é como estar numa escola nova: ninguém te conhece, você não conhece ninguém. E a gente fica vendo os veteranos recebendo 10, 15 recados por dia enquanto a gente recebe 1 por semana.

Mas no fundo, a gente nem sente tanta inveja assim, porque no começo, somos meio paranóicos com esse negócio de swing: é melhor que ninguém saiba quem somos ou que estamos por aqui. Então quando aparece um recado pra gente, imediatamente vem aquele friozinho na barriga enquanto pensamos: “ai meu deus, será que é algum conhecido?” ou “ai, meu deus, será que é um casal compatível?”

E a gente fica entre a cruz e a espada, querendo partir pro real para que role alguma coisa de verdade, e ao mesmo tempo morrendo de medo (por isso o frio na barriga) de ser uma experiência ruim, de ser um pessoal estranho, de ser um primo chato… (já pensou?).

E aí começam as conversas virtuais, para tentar conhecer um mínimo possível da pessoa interessada antes de dar o próximo passo:

— Oi

— Oi, tudo bem?

— Tudo. É casal?

— Sim, e você?

— Sim, casal.

— O que curtem?

— Troca, mas nunca fizemos, somos iniciantes.

— Nós também, somos iniciantes mas já tivemos duas experiências.

— Legal.

— São de onde?

— Curitiba.

— Nós também, que bom!

— É, que bom.

— Onde costumam ir?

— Na Hot Bar, fomos duas vezes.

— Nós também, será que já nos encontramos por lá?

— Talvez… é possível…

E conversa vai, conversa vem, estabelece-se uma confiança relativamente significante e marca-se o encontro real, finalmente.

Com o tempo (e a prática) algumas coisas não fazem mais sentido, como por exemplo, conversas virtuais. Imaginem responder esse mesmo “questionário” 2 ou 3 vezes por dia. Se é um casal que tem perfil em várias redes de swing, esse número pode chegar a umas 10 vezes por dia.

— Oi? É casal? O que curtem? De onde são? — Ahhhhhhh que saco!

E para piorar a situação, todas essas informações já estão escritas no seu perfil – porque é óbvio que uma rede de swing minimamente decente vai pedir que você escreva se é casal, de onde são e o que curtem (dã!!). Mas pasmem: NINGUÉM LÊ A PORRA DO PERFIL! E vão continuar perguntando de onde são e o que curtem até você perder a paciência com conversas virtuais.

Outro dia perguntaram isso pra gente no Instagram. Poxa, a gente coloca o link do blog na biografia do Instagram, e mais uma porrada de informação sobre Marina e Marcio. Aí o cara vem e pergunta: o que curtem? Ele nem se deu o trabalho de saber quem é Marina e Marcio antes de puxar assunto… eu nem me dou o trabalho de responder.

E quando já chegam dizendo coisas tipo “gostosa”, “delícia”, “te chupo todinha”, esperam que eu responda o que? Que eu passe meu endereço pra vir me chupar todinha? Porque na boa, eu não saio lambendo tela de celular (embora algumas vezes dê vontade kkkkk), então, ou a gente se encontra pessoalmente ou essa conversa virtual não vai dar em lugar nenhum. Principalmente se a pessoa for daquelas que não sabe dizer mais nada, só “elogios”, “palavrões” e aquele “oi tudo bem” sem nenhuma continuidade. Conversas vazias me cansam… mas não mais do que as falsas. #ninguémmerecefalsiane

Na verdade, pela nossa experiência, raríssimas conversas virtuais se tornaram reais. Quanto mais tempo passamos conversando com determinado perfil no virtual, menos nos encontramos no real. Ou porque moravam longe, ou porque as agendas nunca se casavam, até que chegava um ponto em que não tinha mais o que conversar. E se não tem mais o conversar, pra que se encontrar? Já quando o virtual era muito bem sintonizado não víamos necessidade de conversar muito tempo, tanto nós quanto o outro perfil sentíamos urgência em marcar algo real pra conversar ao vivo!

E tem outra coisa, por mais que o papo seja bom, nada substitui o cara a cara. Por mais que a gente troque fotos com o perfil interessado, o tesão não se resume a um corpo bonito. Por mais que tudo esteja perfeito no virtual, a realidade pode ser bem diferente. Tem detalhes que a gente só pesca olhando para a pessoa. Sabem aquele “sexo sentido” ou “aquele brilho” que ninguém explica mas todo mundo sabe o que é? Pois bem, caros leitores, isso a gente só sente pessoalmente.

Não quero dizer para descartarem o papo virtual, não é isso amores. A verdade é que a afinidade, o tesão, aquela química deliciosa por outra pessoa pode pintar em qualquer lugar, virtual ou real. Estou dizendo para sermos mais práticos literalmente!

Saiam de casa, viajem, vão a baladas, casas de swing, festas… encontrem pessoas reais e deixem-se ser encontrados por elas. Vocês vão perceber que até o seu perfil da rede de swing vai começar a ser mais visitado. E assim vocês movimentam o seu perfil, seu corpo, sua vida liberal… Por um swing mais real e menos virtual.

Beijosssssssss

 

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Casaltop2000
5 anos atrás

Por aqui também não temos paciência para conversas virtuais. Preferimos deixar o interesse despertar quando olharmos ao vivo. Outro dia vimos fotos de um casal, bem legais, marcamos um encontro. Quando eles chegaram deu vontade de rir na cara deles, porque eram tão diferentes das fotos que postavam que nós perdemos todo o tesão. Se tinha alguma chance de ficarmos era só virtual mesmo. Que perda de tempo…

Nefertiti
5 anos atrás

Impressionante como o “feeling”, “sexto sentido”, “intuição” ou qualquer q seja o nome da “sensação” é verdadeiro qdo vc presta atenção e acredita nele! Aconteceu algo raro comigo neste fds… Conversando gostosamente com um single no site, ele sugeriu, eu topei e em menos de 1 hora estávamos na cama de um hotel q ele acabara de reservar. Logo eu, q não saio com ninguém sem antes ver o cara, bater um papo, sentir se vai dar a tal química…. Fui direto p hotel…. E foi fantástico! Inclusive pelas “limitações” dele: um cadeirante! E não teve limites! Mas minha intuição… Read more »

Matheus e Carol
5 anos atrás

Acho bem complicado p pessoas com casos de grave falta de tempo, como eu e minha esposa, temos uma agenda muito atribulada sobrando apenas sexta e sábado a noite, os quais temos que dividir com amigos PBs, família, descanso e tarefas de casa… Sem contar a necessidade logística de alguém p ficar c nossa filha pequena rsrsrs

Se conseguirmos sair uma vez por mês é uma vitória, ultimamente acho que uma a cada bimestre já tem sido lucro xD

E metas vezes pessoal do “virtual” n entende isso e acha que é enrolação… rsrsrs