Traição Consentida é Igual Estupro Culposo

7 segredos para ser sexy no swing

Da série ‘coisas que a gente fala porque todo mundo diz que é assim’, sem usar nossa querida massa cinzenta (também conhecida como cérebro) pra pensar, traição consentida é uma das que eu mais ouço de quem não se interessa pelo swing. Ou por qualquer outra forma de relacionamento que não o monogâmico. Não quero aqui dizer que todas as pessoas do mundo deveriam ser liberais, nada disso; mas espero um mínimo de entendimento no assunto de quem gosta de discordar de tudo o que é diferente de si.

Porque é fácil dizer que não gosta disso ou daquilo, difícil é embasar suas opiniões, ou seja: todo mundo quer dar pitaco mas só alguns sabem realmente do que estão falando. Então, amores, como a ideia do blog é informar, bora aprender mais um pouquinho sobre swing, né? O assunto de hoje é: swing não é traição consentida, porque se é consentido, não é traição. (Dããããã!)

Invencionismos

É tipo o estupro culposo – se é estupro não tem como ser “sem querer”, então não dá pra ser culposo. Traição é simples: você combina um negócio com alguém, mas no meio do caminho quer fazer diferente do combinado – só que você não fala que mudou de ideia pra quem você combinou. Aí fica o seu parceiro lá pagando de trouxa, achando que você está cumprindo o combinado, quando na verdade você está é fazendo outra coisa, sem ele saber. Isso é traição.

E ela não se limita ao sexo, (que fique cada vez mais claro!!) pode acontecer na empresa, com um amigo, na família… em qualquer tipo de relacionamento pode existir traição. Inclusive no swing! Porque o swing – assim como outras práticas liberais – dá liberdade para cada casal estabelecer seu próprio combinado. E quando o casal vai se relacionar com outro casal ou single, também existe um combinado entre eles sobre o que pode ou não fazer na hora H. Quem quebra o combinado, trai. Portanto, queridos iniciantes, se o casal combinou que eles vão sair com outras pessoas, NÃO É TRAIÇÃO.

Porque eles estão cientes desse acordo – eles concordaram em viver desse jeitinho, que é só deles. Penso até que se um dos parceiros deixa de ter relações com terceiros, tendo concordado em ser liberal, isso seria considerado traição para aquele casal. O acordo de sair com outros não está sendo cumprido? É traição. Ah gente, vai… não é tão complicado de entender! Traição consentida é igual estupro culposo: NÃO EXISTE! O que existe é a quebra de acordos em qualquer relação.

Relações podem mudar

O ponto a pensar é: quando você entrou numa relação, você tinha total consciência de que existiam outras formas além da monogâmica? Aliás, você sabia que essa palavra (monogamia) existe e que era nesse tipo de relacionamento que você estava entrando? Ou você disse “sim” após o famigerado “na saúde e na doença…” porque faz parte do ritual? Não vale mentir!! kkkkkkk.

Mas eu não posso finalizar o post sem dizer que ninguém é obrigado a ficar num relacionamento ruim. O que mais tem por aí são relações desfeitas, por N motivos; porque tanta encrenca com quem prefere mudar o tipo de relação ao invés de tentar uma nova? A arte de viver não é para todos mas sim para aqueles que estão abertos a ressignificar. 

 

Beijosssssssssssss

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Klayton
2 anos atrás

Vó supre arrebentam nas postagens, apesar do peso moral e religiosidade…gosto de ler suas postagens e curto o blog de vcs!

Luciana
3 anos atrás

Infelizmente esse conceito de que relacionamentos devem ser monogâmicos servem para os solteiros que querem ter vários parceiros (até pq não teriam como se casar com vários). Se for mulher, é puta, se for homem, é galinha… e continuamos arraigados a “moral e bons costumes” definidos por quem? Muito complicado pra quem resolve viver fora dos padrões da sociedade

Casal Motorrad
3 anos atrás

Muito bem colocado. Mesmo porque a base do casal swing ou casal liberal é a transparência, a cumplicidade e a honestidade. E nenhum desses atributos podem ser atribuídos à traição – que combina com clandestinidade, egoísmo e segredo. Casais swingers são alvo de preconceito e desconfiança… mas isso decorre de um princípio básico que se tornou uma máxima: sexo deve ser monogâmico. Mas como vc diz: o erro básico é entender que só há uma forma “certa” de se relacionar, e que todas as outras formas são “erradas”. Associar traição à swing é claramente uma tentativa de depreciar a prática,… Read more »

Thugboy
3 anos atrás

o problema é de português / leitura / discernimento / interpretação mesmo. O conceito de “traição” é bem simples, basta irem no dicionário consultar. Você tocou num ponto que está cada vez mais comum isso de falar sem pensar, sem mínima análise etimológica das palavras. Que se crie outro termo, mas traição consentida quebra a lógica do sentido real da palavra traição.