Levando Bolo

Que coisa mais desagradável quando marcamos com alguém e ele não aparece. É muito provável que  vocês todos já tenham passado por essa situação, mesmo na vida PB, e não devem ter gostado. Conosco já aconteceu também, claro, é sobre isso que vamos falar hoje.

Marcamos com uma single, linda, simpática e que não morava na mesma cidade que a gente – teríamos que viajar pra encontrá-la. Bom, temos duas crianças, e na época elas ainda eram bem pequenas, fato que demanda uma logística fenomenal: liga pra avó, liga pro avô, liga pros tios, liga pra babá… pelo tempo que se perde pra ver com quem as crianças vão ficar o encontro tem que ser muito bom, né?

E prometia, queridos, a noite prometia um menage feminino inesquecível com uma loira e uma morena, sonho de quase todo homem neste mundo. Crianças devidamente alocadas bora partir para a segunda fase da logística: trabalho. Deixa tudo organizado na empresa, conversa com superiores pra sair mais cedo, acerta tudo o que é preciso para poder viajar. Terminada essa fase, parte para a terceira: a viagem. Roupas, sapatos, malas, carro, pedágio, gasolina…

Logística pronta? Bora pegar a estrada pra viajar. E no caminho a gente vai sonhando e conversando, imaginando como será a noite, o que faremos, o que diremos, são tantas emoções! E no fim essas emoções acabaram se multiplicando, porque assim que chegamos no local combinado, ligamos para o celular da single. Chama, mas ninguém atende. Liga de novo, mesma coisa. Bom, ela deixou dois números para entrarmos em contato, liga no outro: nada. Daqui a pouco já caía direto na caixa postal. A essa altura a gente já não tinha mais esperança de nada, tudo o que passava pela nossa mente era o puta trabalho que a gente teve pra chegar até ali e a dondoca nem sequer atender o telefone.

Ta bom, poderia ter acontecido milhões de coisas, zilhões de desculpas, mas nenhuma delas justifica a falta de comunicação, afinal ela também tinha nossos números de telefone e sabia onde era o local de encontro. Bom, tratamos de aproveitar a noite só nós dois, fomos numa pizzaria da cidade, jantamos muito bem, depois fomos a casa de swing local (já que estamos por lá, bora tentar a sorte) e depois voltamos para casa.

Depois desse episódio juramos nunca mais viajar para conhecer alguém, nunca mais deixar nossa família pra fazer swing e nunca, nunca mesmo, deixar de curtir um ao outro. Porque mesmo tendo outros parceiros sexuais, a relação de um casal swinger – a nossa relação – é insubstituível! Quanto ao bolo, não preciso nem dizer que é uma tremenda falta de consideração, ainda mais com casais que tem filhos.

Não somos os únicos a levar bolo no swing nem seremos os últimos a ficar plantados esperando por alguém que não vai aparecer. E tudo bem, sabe, se aconteceu algum problema ou se a pessoa desistiu do encontro. Por isso mesmo a gente troca contato – é pra se comunicar!

Amigos, evitem ao máximo faltar aos encontros que marcam. Se não der pra ir, avisem. Por isso é necessário pegar contatos. Avisem por email, por telefone, por whatsapp, facebook, sinal de fumaça mas AVISEM! Respeito e educação nunca é demais e todo mundo gosta.

Beijosssssssss