O Abuso e a Relação com o Swing

Até parece título de monografia mas não é. Trata-se de uma reflexão que tenho feito nos últimos tempos baseado em conversas com outros swingers e que atiçou minha curiosidade. Num grupo de amigos swingers de 10 pessoas, sei de 3 que vivenciaram situações de abuso.  Mas tudo começa comigo mesma, não que eu tenha sofrido abuso mas entrei em contato com o sexo de uma maneira precoce e não muito adequada.

Antes dos oito anos um garoto me beijou enquanto eu dormia, acordei com a língua dele dentro da minha boca. Horrível. Fiquei parada, imaginando o que viria a seguir, tudo o que eu queria era que aquilo fosse um sonho. Nada aconteceu depois, o garoto parou por aí. Um ano depois um homem estranho me pediu informações na rua, estendeu a mão para me cumprimentar e quando eu fui retribuir o cumprimento ele segurou forte a minha mão e levou-a para o pinto dele – que estava pra fora da calça, duro – e ficou roçando minha mão nele.

Também aconteceram alguns episódios com meu pai – onde eu me senti invadida – como beijos na boca e abraços mais apertados do que o normal. Falando assim não foi nada demais mas a sensação que eu tive foi a de invasão. É essa sensação que muitas amigas do meio swing também relatam, algumas tem histórias mais pesadas para contar, outras mais leves, mas todas tiveram seu espaço invadido de alguma forma.

Pensei em expor o assunto do abuso relacionado ao swing como uma forma de pesquisa mas também para debate, apenas por curiosidade. (Pelo menos por enquanto, quem sabe mais pra frente vira uma pesquisa séria, né?). A ideia é deixar aqui registrado quantas pessoas (mulheres e homens, ta?) passaram por essa mesma sensação. Não importa se o seu caso tenha sido “leve” fisicamente, se você sentiu-se invadido com alguma situação da infância, digamos até os 16 anos, sinta-se livre para participar.

Pode mandar comentário, pode mandar email contando sua história, tudo será publicado aqui neste post (preservando a identidade, claro). Mas veja bem, você precisa estar no swing, ou pelo menos pensando seriamente em fazer parte desse mundo, senão a pesquisa curiosa não vai dar certo, ok?

 

Participações dos leitores:

                 Minha história é muito complexa por se tratar de abuso familiar.Vamos lá.Tinha mais ou menos 10 para 11 anos quando minha prima mais velha começou a me (usar) de certa forma sexualmente,país separados minha mãe trabalhava e eu tinha q ficar com ela a maioria das vezes,perdi a conta de quantas vezes tivemos relação,só sei q muitas vezes já depois de gozar tinha q continuar Pq ela queria gozar tbm, sentia a sensação estranha de dor misturada com prazer ao mesmo tempo peso na consciência a verdade é q era muito novo para saber diagnosticar qual sintoma estava sentindo.Tivemos relações durante um ano esporadicamente,ela foi a primeira é óbvio e as vezes me pergunto se gosto tanto pq comecei tão cedo assim ou sei lá. Até Hj a vejo mais nunca sentamos para conversar a respeito. Quando me perguntam como perdi a virgindade, para alguns respondo q com uma pessoa mais velha e para outros com uma prima. Nunca havia falado disso para ninguém e me senti tocado com o post q resolvi falar.

                  Nossa engraçado vc abordar esse tema relacionado com o swing. Por diversas vezes me peguei pensando se o fato de pensar em sexo desde cedo, se o fato de gostar muito de sexo, se o fato de não ter pudor para tratar do assunto, se o fato de gostar de putaria mesmo, ou seja, se tuuuudo isso não estava ligado ao fato de ter me sentido invadida e por isso acabei caindo no swing. Não encano muito com esse assunto, quer dizer, não mais. Acredito que ter feito terapia me ajudou muito a elaborar e superar o que passei. Filha de pais separados, eu e minha mãe morávamos com os meus avós. Eu tinha 4 anos quando comecei a perceber todas as revistas de mulheres peladas dele. Com 5 anos eu tinha uma prima que sempre brincava comigo. Eu não consigo lembrar com exatidão o que acontecia durante as brincadeiras, mas lembro sim que era uma brincadeira com cunho sexual. Muitas águas rolaram embaixo da ponte e quando eu tinha 12 anos minha mãe casou com a atual marido dela. Ele era mais novo que ela apenas 17 anos!!!!!!! Eu tinha 12 anos e ele 18 anos!!!! Tenso……pq na verdade quando ele começou a namorar com a minha mãe ele queria namorar comigo, e eu óbvio não quis! Foram morar juntos e toda a oportunidade que tinha ele ficava me espionando tomar banho e olhava de forma diferente pra mim. Depois de um tempo, eu comecei a perceber que quando estava acordando sentia alguém passando a mão em mim, no corpo inteiro. Acho que era naquele momento que vc esta quase acordando, sabe?! Todas as vezes que eu acordava, não tinha ninguém dentro do quarto, mas eu sempre via um vulto saindo. Um dia acabei vendo ele saindo do quarto e pedi para minha mãe colocar um trinco no quarto. Passado um tempo, a situação ficou insustentável e quando eu tinha 15 anos fui embora de casa e durante uma briga entre eu e minha mãe eu contei o que ele fazia. Bom, vc já imagina que ela não acreditou em mim. Na verdade, hoje vejo que ela sabia que era verdade, mas não quis aceitar. Preferiu passar por cima de tudo pelo amor que sentia por ele. Não falo com ele há muitos anos. Fiquei anos sentindo nojo do toque na minha vagina, simplesmente odiava e não falava. Eu sempre me masturbei, mas não gostava que outras pessoas me tocassem. Sempre me pergunto se o fato de ter tido contato com isso mais cedo e criado malícia pode ter contribuído para a forma como encaro o sexo. Sou muito bem resolvida sexualmente, mas acho que me “resolvi” muito cedo.

                 Eu tinha 6 anos de idade quando um vizinho fez eu pegar no penis dele, ele deveria ter uns 13 anos. Pelo o que eu me lembro eu só peguei e nada mais. Depois com 8 pra 9 anos eu ja me masturbava, era influenciado pelos os meus amigos que na epoca tinham essa faixa de idade ate uns 14 anos eramos em 6 no total e acontecia o famoso TROCA-TROCA  entre nós . Com 10 anos eu e uma vizinha  brincávamos de ser marido e mulher. A gente se beijava, eu passava a mão na vagina dela e ela pegava no meu penis. Eu era muito pequeno porem eu sentia essas vontades e e não entendia direito o que acontecia. Perdi a minha virgindade com 13 anos eu fui até a uma profissional. Na minha adolescencia não namorei muito, porem eu “ficava” com muitas meninas  nessa época. Com 14 pra 15 anos eu mantive relação sexual com meu treinador de futebol. Depois de um tempo acabou que eu tambem comi o treinador ganhei um relogio de pulso e fui artilheiro do time no campeonato ( resumindo pra isso acontecer acabei comendo ele umas 10 vezes ). Eu sentia nojo por estar com um homem porem eu gostava de sentir prazer… o prazer falava mais alto que o nojo . Depois que eu sai do time nunca mais eu o vi .

 

 

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Leticia
9 anos atrás

Passei por uma situação muito constrangedora e não comentei isso com absolutamente ninguém até hoje, uma porque tenho muita vergonha e outra porque a situação é muito estranha em minha mente ate hoje. Tinha uma amiga quando eu tinha uns 7 a 8 anos, ela era 1 ou 2 anos mais nova do que eu e o pai dela conhecia minha mãe a anos e por conta disso minha mãe deixava eu brincar na casa dela/dele a tarde toda sem reclamações, eu gostava muito do pai dela porque sempre estava nos agradando (a filha dele e a mim). Um certo… Read more »

Jorge
9 anos atrás

Passei por uam situaçao um tanto estranha. Eu tinha 8 anos, quando meu primo tinha 16 e ele tinha uma namorada. Quando ela nao estava, brincavamos de luta como crianças, mas em determinados momentos da luta ele me agarrava por tras e esfregava seu orgao em mim. Claro que eu sentia um desconforto, mas nao sabia das maldades humanas w acreditava que ele sempre tinha boas intençoes. Esse caso nunca contei aos familiares por medo de alguma coisa. Parabens pela iniciativa do tema. Grande abraços aoa autores e leitores.

Thieela
9 anos atrás

Muito bom abordar esse assunto.