Amor Liberal é Um Conto de Fadas?

Os contos de princesas tem sido tema constante e atual como forma de questionar os rumos que milhares de mulheres tem dado às suas vidas modernas. Em análise – e nem precisa ser tão profunda assim – as princesas serviram de modelo de comportamento para toda uma geração que cresceu acreditando em viver feliz para sempre.

Eu era diferente das outras meninas, já disse outra vez aqui no blog. Sabia das histórias das princesas, claro, mas porque era parte da cultura geral e não porque eu gostava de ler os livros ou assistir aos desenhos. Pelo contrário: acho que nunca me identifiquei com nenhuma das princesas. Talvez por isso nunca tive um pingo de vontade de ir à Disneylândia… rsrsrs.

Mesmo criança eu achava todas elas umas bobocas, cujas histórias não faziam sentido nenhum. Eu era moleca, gostava de futebol, pular muro e era extremamente levada! Mas enfim, quando se trata de amor, toda mulher ainda espera ser amada como num conto de fadas cujo fim inevitável é o casamento “felizes para sempre”.

Acontece que na vida real, o casamento não é o fim. Muito pelo contrário! É o começo da vida. E como alguém pode ser feliz acreditando que está vivendo seu próprio fim?

Não demorou muito pra minha ficha cair de que o felizes para sempre dos contos de fada é só uma historinha. Mas como disse, eu já tinha dentro de mim outros conceitos de amor e o mais forte deles era o religioso que hoje, depois de tantas experiências de vida e estudos psicológicos, é o que mais faz sentido na minha humilde concepção: amor incondicional.

Quando amamos alguém, aceitamos as ideias da pessoa mesmo que sejam diferentes das nossas. Respeitamos, toleramos, abrimos mão… tudo porque amamos. Não existe castigo, negociação ou troca de favores. O felizes para sempre com o qual todo mundo sonha, faz sentido quando os dois parceiros entendem o amor como liberdade ao invés de posse.

Quem ama, ama incondicionalmente. Quem ama deseja que o amado seja feliz, mesmo que essa felicidade não seja ao seu lado ou seja algo ruim (lembre-se que estamos falando de você, ou seja: quem acha que é ruim é VOCÊ, talvez ele pense diferente). E nem tente convencê-lo de que você está certo e ele errado, porque isso já não é amor incondicional: você o ama desde que ele faça o que você pensa que é certo.

Uma relação swinger está mais próxima do que eu acredito sobre amar alguém, mas ainda não é o ideal. Vejo casais liberais vivendo uma liberdade sexual com tantos limites emocionais que ainda me questiono se um realmente ama o outro.

Mesmo assim, considero um grande avanço quando um casal decide ser liberal, pois estão se forçando a ressignificar antigos conceitos amorosos. Mais cedo ou mais tarde, poderão atingir a incondicionalidade. Ah, Marina… amar assim é impossível! Sim, caro leitor. Tão impossível quanto os contos de fadas…

Beijossssssssssssss

PS: Eu torço para que no mundo nós tenhamos menos mulheres acreditando que podem ser princesas, e mais mulheres acreditando que podem ser o que elas quiserem ser. Liberais, inclusive, sem ter que justificar suas escolhas para quem quer que seja.