Começamos nossa vida juntos há quase trinta anos: eu tinha 18 anos, Marcio tinha 22. Na época era comum namorar cedo assim, ainda mais dentro de comunidade evangélica. Também era comum não falar sobre sexo (at all!) a não ser aquela conversa rápida – e constrangedora – entre pais e filhos na véspera do casamento (mais alguém passou por isso? rsrsrs). E sabendo que essa é a realidade de muitas famílias em pleno 2025, a gente ri pra não chorar.
Lembro que nossa comunidade tinha acabado de instituir um curso de noivos quando decidimos casar – fizemos parte da segunda turma. A proposta era oferecer um preparo para quem começa a vida a dois. E no geral foi bem positivo, com exceção, claro, da parte sexual: novamente, pouco foi falado. Mas por que estou contando isso aqui no blog?
Por quê nós começamos nossa vida sexual sem orientação nenhuma – e bem antes de pensar em casar – como acontece com QUASE todo mundo nessa vida. E depois de casados, fomos descobrindo na raça os melhores jeitos de conviver um com o outro. E confesso que tem coisas em um casamento que só entendemos quando passamos por elas. Ou seja: mesmo que outras pessoas tivessem nos contado lá atrás, no curso de noivos por exemplo, entraria por um ouvido e sairia pelo outro.
Intimidade do Casal
A intimidade entre um casal não acontece no sexo, na cama ou em qualquer outra coisa que a gente queira colocar a culpa. Não, amores, ela vem justamente da convivência, da paciência, do entendimento do parceiro(a), de como ele é, como ele funciona, como ele age e reage frente às dificuldades. A gente sabe que é possível ser casado com uma pessoa por anos a fio e não ter um pingo de intimidade com ela.
Mas também não é possível criar intimidade com alguém em um mês, como pensam os que seguem “floodlighting”, tendência moderna de relacionamento que sobrecarrega o parceiro(a) de informações pessoais e íntimas na esperança de gerar intimidade mais rápido.
Intimidade é um processo que não pode ser acelerado, mas pode ser resgatado. Uma vez criada a conexão íntima entre duas ou mais pessoas, ela se fortalecer, diminuir ou até mesmo desaparecer por completo. O caminho que ela vai seguir dentro de uma relação só depende dos parceiros. Como cada um vai lidar com essa dificuldade.
Processo de intimidade
Nós começamos nossa história na monogamia. Vivemos por 7 anos nesse modelo, quando decidimos experimentar o swing. E foi a partir disso que realmente começamos a desenvolver um nível de intimidade mais profundo. Mas não por causa do swing e isso é muito importante deixar claro:
Sexo com outras pessoas não muda nada na vida de ninguém, muito menos agrega valor a algum relacionamento. O que muda é a conversa, inevitável, que a não monogamia provoca entre os parceiros. É quase que uma exigência da não exclusividade (seja no nível que for) em um relacionamento; claro, para aqueles que escolhem manter a ética nas relações afetivas. Pra quem só quer trair, é melhor que não exista conversa mesmo! (kkkkkkk novamente, rindo pra não chorar).
Teste Seu Índice de Intimidade
Tudo isso pra dizer que o Marcio inventou da cabeça dele um teste que mede o nível de intimidade entre os parceiros. E que você, caro leitor, pode fazer gratuitamente! Não importa o formato da sua relação (serve para monogâmicos e não monogâmicos), não importa o tempo da relação, o teste mede quão íntimo você está do seu parceiro(a).
Por vezes na nossa vida a dois eu e Marcio nos sentimos desconectados. Imaginem, são mais de 25 anos juntos… quantas mudanças vivemos, né? E quantas ainda estão por vir. Já resgatamos nossa intimidade diversas vezes, né amor? Hoje vivemos a melhor fase da nossa vida, sem dúvida nenhuma, e desejamos que vocês também estejam se sentindo na melhor fase da vida de vocês!
Beijossssssssssss
