Ápice Club

*Casa desativada

É uma das casas de swing mais recentes, funcionando no mesmo local do extinto Society e que ainda não tínhamos visitado. Além disso muitos casais que procuravam opções para se divertir nos perguntavam como é a casa; sendo a antiga casa nossa única referência, fizemos nossa visita ao lugar para sabermos exatamente como é e podermos indicar – ou não – a casa para nossos leitores. A entrada é super discreta, quase não reconhecemos quando passamos pela rua. Nada de letreiros luminosos e chamativos, uma porta e um segurança aguardam os clientes. Entramos, o segurança fez a revista e abriu a porta à esquerda que dá acesso aos caixas/recepção. O valor da noite era 90,00 consumíveis (10/10). entregou uma comanda em papel azul,(um tamanho maior do que esperávamos) e entramos efetivamente na casa.

O pequeno bar fica logo atrás da porta de acesso e um corredor estreito leva os convidados a seguir para o restante do ambiente. Pode-se dizer que a casa tem três corredores: no centro várias mesas com os tradicionais sofás de casa de swing, são tantos, todos enfileirados um atrás do outro que nem me dei o trabalho de contar. Agora, lembrando de cabeça, chuto uns 10 sofás de cada lado. Á direita outro espaço como este, outro corredor lotado de sofás e mesas. À esquerda, a pequena pista de dança ocupa metade do corredor, a outra metade, em um nível diferente, adivinha o que tem? Mais sofás. Cerca de 10 casais já estavam na casa, sentados nos sofás, bebendo e observando. Ninguém interagia com ninguém. O garçom nos levou até uma mesa disponível e pedimos nossa tradicional caipirinha (26,00 de vodca absolut e 20,00 de saquê). O cardápio é extenso e oferece diversas opções, o valor de algumas coisas como o red bull (28,00) é um dos mais caros que já vimos. Em compensação, o preço das comidas está na média de outros estabelecimentos, como a porção de fritas por 18,00 e franguinho por 20,00. (porção de fritas bem generosa).

Minha bebida estava boa, nem demais nem de menos, mas a do Marcio (saquerinha de abacaxi) veio com uma espuma tipo colarinho de chopp. Estranho… o abacaxi foi batido pra fazer a caipira? Enfim, deixamos as bebidas ali na mesa e fomos ao que interessa: ver o reservado. A entrada fica no fim do corredor central, dividido por duas cortinas pretas, que aliás, fazem a divisória de todos os ambientes do reservado. Quando a gente passa pelas cortinas logo vemos mais cortinas do lado esquerdo seguidas pelos banheiros e outra cortina do lado direito em frente aos banheiros.  Enquanto o Marcio foi olhar o banheiro masculino eu fui ver o que tinha atrás das cortinas. Abri um pouquinho e logo parei porque levei um susto tão grande que fiquei com medo. Imaginava encontrar mais sofás, uma salinha coletiva, mas  não pude identificar o que eu vi, chamei o Marcio e pedi pra ele abrir as cortinas enquanto eu ia ver o banheiro feminino. Os banheiros normais, três cabines no feminino, piso novo, ducha higiênica e listerine a vontade. Um ventilador enorme sugere que o clima ali dentro esquenta bastante, mas foi a cosia que menos gostei porque as hélices estavam muito sujas. O masculino estava mais judiado, também com três cabines. Quando eu saí do banheiro o Marcio me chamou “vem aqui, olha isso!”. Por trás da cortina que eu tive medo de abrir havia um depósito, suportes para papel toalha empilhados. Na outra cortina em frente ao banheiro, a situação era pior: utensílios de pedreiro, escada de pintura, baldes, rolos, tudo ali bem guardadinho atrás da cortina. E logo na entrada do reservado, tipo as primeiras impressões!

Continuamos nosso passeio e chegamos numa espécie de cinema, três degraus abaixo do nível da casa. Um telão exibia um filme pornô e três ou quatro sofás bem confortáveis serviam de lugares para assistir o filme. Foi o que mais agradou o Marcio porque era bem confortável, mas o ambiente em si parecia casa antiga, pisos, paredes, degraus e corrimão lembravam uma casa carente de reforma. No ambiente seguinte, uma sala coletiva com um camão confirmou a suspeita de necessidade de reforma: sabe quando a gente tira o carpete e esquece de retirar a cola do piso? Pois é, além do piso aparente ser muito antigo ele estava todo marcado de cola, além do encardido aparente. Se no escuro deu pra ver imagina ali à luz do dia… Continuando, seguimos por um espaço com cabines de glory holes, as únicas que não tinham divisórias por cortinas e sim as tradicionais madeiras. No fim desse ambiente, mais cortinas e então o quase lendário labirinto. Nem entrei. E digo quase lendário porque ainda tem gente que insiste em manter labirinto numa casa de swing. Acho totalmente desnecessário além de extremamente perigoso, se acontecer qualquer problema quem estiver lá dentro será o último a sair. Já tem um bom tempo que não coloco meus pés em um labirinto e recomendo que nossos leitores façam o mesmo.

Na volta, passamos por mais uma sala coletiva, um pouco menor do que aquela do piso marcado, mas esta tinha carpete. E acho que tinha outra sala ainda, mas sinceramente eu estava passando mal, meu estômago já estava revirando todinho e acabamos voltando para nossa mesa. Foi a primeira vez que fomos numa casa de swing e não gastamos nenhuma camisinha, nem com a gente mesmo! Sentamos de volta no sofá e ficamos observando os frequentadores. Na média, acima de 45 anos. Tinha um senhor que aparentava mais de 70 anos se acabando na pista ao som de baladas do U2. De repente, entra na casa dois casais mais jovens, 27, 28 anos. Eles passam por nós em direção ao reservado. Um minuto depois eles passam de volta e vão direto para a porta de saída. Era quase uma da manhã. Pedimos mais duas águas de côco pra gastar o consumível e fomos embora. Na saída a moça de caixa anuncia o valor: 100,00. Ué, porque cem? Não era 90? Aí ela, pacientemente, começa a ler nossa consumação. Ao final ela diz “mais os 10 por cento de serviço”. Eu pergunto pra ela se o serviço é opcional – já sabendo, claro, mas só pra ser educada – ela diz que sim e então pagamos 90,00.

OPINIÃO PESSOAL: Muito ruim, a pior que já fomos. Vocês me conhecem, acham que eu volto pra casa sem dar umazinha? Pois desta vez eu voltei! Não tinha a menor condição – pra mim – de transar ali dentro. Até no Marrakesh a gente transou! E os casais mais interessantes que entraram e saíram logo em seguida confirmam isso. Tudo, tudo mesmo, é muito antigo e ultrapassado, o formato tradicional de “casa de swing” domina o lugar. Noventa reais é caro demais para o que a casa oferece, não vale mesmo! Agora,se você foi em todas as outras casas e não gostou, pode ir lá, quem sabe, né? Essa é a minha opinião que pode ser bem diferente da sua e nem por isso deixaremos de ser amigos!

Beijosssssssssss

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10 Comentários
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7 anos atrás

Por isso que recomendo o inigma ou inners melhores casas
Sem contar com a antiga shadows, legendaria

NostraVitta
8 anos atrás

Mesmo com tudo indicando para não irmos conhecer a casa nós fomos em um sábado, justamente por conta de gostar de ir e ver pra poder opinar. Comprovamos!!!!! O lugar é péssimo! Muitos bancos e mesas no salão, bebida ruim e reservados e salas coletivas com estofados velhos. A média de idade do pouco público que tinha no dia que fomos era acima de 50 anos. A casa completamente vazia. Ficamos nos perguntando como sobrevive. Fiz questão de contar: 12 casais e 2 singles masculino. Fomos embora 1h30 com várias desculpas dos funcionários com vergonha da falta de frequentadores. Valeu… Read more »

Alzira
9 anos atrás

Eu e meu marido fomos na Ápice ontem, eu tenho 22 e ele 31 anos, o lugar é um show de horrores, as pessoas que frequentam tem de 55 anos pra cima, foi horrível, meu marido ODEIA sair, eu adoro balada, nunca saímos, em 5 anos de casamento fomos uma vez a 2 anos atras na desiree de Curitiba(muito bom la) e a unica noite que consigo convencer ele pela 2 vez em 5 anos a sair fomos a esse Ápice, eu estava tão feliz que falei amor juro que vai ser inesquecível pois ele já estava irritado por ter… Read more »

andre
9 anos atrás

Pois é marina o site deu fora do ar, será que a casa fechou? pode ter sido, mas um pouco estranho pq acho que não tem um ano…tem um link falando sobre a casa….http://djsound.virgula.uol.com.br/baladaforte/6810-liberta-club-nova-opcao-de-balada-sensual-em-sao-paulo

andre
9 anos atrás

Marina gostaria de um relato da casa Libertad que fica na Av. ibirapuera. Pode ser? Se porventura vcs irem lá…

andre
9 anos atrás

Pois é, pra mim o enigma é uma das melhores casas, cada um faz seu ambiente mas se a maior parte ficar toda para a casa, aí fica complicado de se gostar…

Lucy
9 anos atrás

A riqueza na sua descrição dos detalhes nos deixa muito mais seguros na hora de escolher a casa. Há 3 semanas atras fomos no enigma, era uma quinta, e também não gostamos de nada, o que salvou foi um casal que dançou no pole dancing (já havia visto eles na Nerfe). Bjooos