Toda Mulher Deveria Pensar Swinger

Toda mulher deveria pensar swinger. Ah, qual é, Marina, não é você que vive dizendo que não gosta de generalizações? Exatamente, querido leitor, você está ligado no que escrevo! Porém, no dia internacional da mulher, eu afirmo generalizando porque quero trazer uma mensagem muito especial, tanto para as mulheres desse mundão, quanto para os swingers e liberais.

Acontece que nos últimos anos, tenho notado que os discursos de protestos feministas tem tomado um caminho muito parecido com o que vivenciamos no swing. Como muitos de vocês já sabem, as mulheres mandam no meio liberal – e parece que o mundo PB está descobrindo agora aquilo que nós já sabemos faz tempo: quando a mulher está à frente, a coisa anda melhor. Não porque somos melhores do que os homens, mas porque sentimos que somos respeitadas.

Observe comigo algumas frases que marcaram protestos feministas:

• “Não é não” – O “não” de uma mulher é super respeitado no swing.
• “Meu corpo, minhas regras” – Tanto homens quanto mulheres tem total liberdade para fazer o que quiserem com seu corpo no swing, sem julgamentos, sem obrigações.
• “chega de fiu-fiu” – Nunca ouvi um fiu-fiu no swing. É totalmente desnecessário.
• “Não quero flores” – Flores no swing? Que nada, quero pintos. Duros!
• “Respeita as Minas” – Quem não respeita mulher no swing é excluído da festa, da casa, da sociedade…
• Isso não é um convite – Estar com pouca ou nenhuma roupa não é convite para sexo.
• Vestida ou pelada quero ser respeitada – No que eu gosto, no meu tempo, com quem eu quero.
• O transporte é público, meu corpo não – Não é porque estou no swing (ou em qualquer lugar) que sou obrigada a aceitar de tudo. Aceito de tudo e dou para todos se EU quiser.

Essas frases são um reflexo do pensamento swinger, onde a mulher tem liberdade para dizer não, para se mostrar do jeito que ela é, para querer sexo ao invés de flores, para andar pelo ambiente swinger completamente nua e ser admirada com os olhos não com as mãos…

Toda mulher deveria pensar swinger. Não precisa praticar menage, swing ou qualquer outra fantasia sexual, mas simplesmente adotar o pensamento swinger, soltar-se das amarras sociais que lhe foram introduzidas e viver uma vida certa de que o respeito às mulheres começa pelo respeito próprio.

A Minha história

Eu entendi muito cedo que a cultura social favorece os homens e, mesmo indignada, não havia nada que pudesse fazer para mudar essa condição na sociedade em que eu estava inserida. Vivia uma vida frustrada, sabendo que por mais que me esforçasse e fosse a mais capacitada, nunca chegaria onde eu queria profissionalmente – pelo simples fato de ser mulher.

Trabalhava com a plena convicção de que minha vida profissional era muito inferior ao que eu realmente podia fazer. E quando a gente não está bem numa área da vida, todas as outras começam a perder qualidade também. Era o que acontecia comigo, mesmo sem saber porquê, não me sentia feliz como mãe, como esposa, como pessoa.

As coisas mudaram quando entendi o mundo liberal. Foi como se tivesse me reencontrado na vida. Me senti valorizada pelo simples fato de ser mulher. Eu não precisava ser a mais inteligente, mostrar mais resultados nem tirar as melhores notas. Nada disso. Para o swing, eu só precisava ser mulher e isso resgatou a minha autoconfiança, minha autoestima, meu auto respeito.

Todas as outras áreas da vida começaram a melhorar porque se agora eu me sentia uma mulher melhor, eu podia ser uma mãe melhor, uma esposa melhor, uma profissional melhor – mesmo fazendo a mesma coisa que fazia antes. Louco isso, não?

Mas só foi possível porque ocorreu uma mudança interna, eu passei a pensar swinger. Toda mulher deveria pensar swinger. Toda mulher deveria se dar valor. Toda mulher deveria se amar. Dessas generalizações, eu gosto e apoio. Feliz dia internacional da mulher!