90% das mulheres do swing são bissexuais. Talvez pela curiosidade em estar com uma outra mulher, talvez porque prefere ficar com mulheres do que com homens ou talvez porque o marido insistiu muito; o fato é que a esmagadora maioria das swingueiras curtem sexo com mulheres. Muitas preferem só abrir a relação se for com outra mulher e outras ainda, mantém um lado lésbico bem aflorado, deixando os maridos em casa para saírem sozinhas com uma mulher. Até aí sem novidades, cada um tem a sua fantasia e nada mais justo do que ir atrás delas, afinal, essa liberdade de fazer o que quer, com quem quer, é tipo “regra” do swing.
Mas quero chamar atenção hoje, para os 10% restantes das mulheres do swing que NÃO são bissexuais, nem mesmo héteroflex: são as heterossexuais convictas. Como é a vida delas no swing? Mais fácil, mais difícil… sofrem discriminação dentro do próprio universo liberal?
Parece uma contradição dizer que existe discriminação no swing, mas como eu não estou aqui pra tampar o sol com a peneira, tenho que admitir (infelizmente) que sim: a discriminação existe. Até porque ela não é um objeto independente pra ser comprada numa lojinha, né? Ela só existe dentro das pessoas, consequentemente, onde tem pessoas, ela aparece em diversas formas.
Eu sou tão desapegada do mundo que não sentia nenhuma discriminação quando estava na minha fase hétero do swing. Sim, amores, eu era heterossexual convicta quando entrei no meio. Não tinha nem vontade de saber como é ficar com outra mulher, eu queria rola e pronto. Mesmo assim, saí com casais onde a mulher era bissexual e fui chupada por elas – não sentia nada: nem discriminação, nem tesão.
Mas quando comecei a entrar nas comunidades swingers e desejar outras mulheres, fui descobrindo que existem níveis de bissexualismo, que a mulher bissexual assumida gosta de ser ativa e passiva (ou seja, quer dar e receber), que tem muito casal que não sai com mulher hétero convicta e que o swing abre muito mais oportunidades para as bissexuais do que para as heterossexuais.
Desvantagens
- Desrespeito na hora H – Mesmo avisando que a mulher é hétero, alguns casais podem tentar “converter” a mulher na hora do rala e rola, afinal, já estão na salinha, sem roupa, vai que cola, né?
- Falta de pinto duro – Essa é uma reclamação geral da mulherada no swing: tá faltando pinto que fica duro na hora do sexo.
- Não tem opção – Considerando que o swing é para casais, há sempre duas opções pra quem é bissexual. Mas no caso mulher hétero, se o marido da outra for ruim de cama, fudeu. Ou não fudeu, né…
- Dificuldades para dar start no sexo – Todas as táticas menos invasivas para começar o sexo estão relacionadas à interação mulher-mulher: primeira conversa, abordagem na balada, fotos juntas, pega na cintura, pega no peitinho…
- Tem mais rejeições de perfis – Mulheres héteros já largam na desvantagem quando a procura é virtual. Se a grande maioria das mulheres é bissexual, logo, procurar por casais onde a mulher também seja bissexual é indiscutível. Assim que vêem no perfil que a mulher é heterossexual, descartam a ideia de marcar um encontro.
Nossa Marina, mas só tem desvantagem pra mulher que não é bissexual no swing? Gente, eu juro, fiquei horas pensando nas vantagens pra colocar aqui no post, perguntei pro Marcio, pedi ajuda pro google e até para pesquisas acadêmicas. Consegui encontrar só uma:
o swing é focado e vai direto ao ponto: troca de casais sem preliminares entre as mulheres.
Será que é porque eu sou bi e não estou conseguindo enxergar o outro lado da história? kkkkkkkk. Seja como for, uma coisa é certa: não é por causa disso que alguém vai virar bissexual, né? A gente muda de opinião conforme as experiências nos provam que estávamos errados, não porque disseram que a gente tem que mudar.
Quer experimentar sexo com outra mulher? Então experimente; já tentou e não gostou? Então assuma a sua heterossexualidade, independente de ser vantajoso ou não, da Marina escrever isso ou aquilo, ou de qualquer outra coisa. Num mundo onde ser bissexual está em alta, é preciso muita atitude pra seguir padrões que te fazem feliz. Que te fazem feliz. Repito: QUE TE FAZEM FELIZ!
Beijosssssssssssss
Penso que não é questão de ser ou não vantagem, pois fica parecendo que a mulher no swing fica a mercê em agradar , o que não faz sentido, já que o swing justamente prega pelo não-julgamento. sou mulher, sou hetero, mas tenho fantasias de ménage masculino e grupal com homens, não vou em casas à busca de casais, e percebo o jeito de frustração quando digo que não sou bissexual, mas a diversidade está ai, certo? não estamos ali pra agradar casais, mas também estar em busca de nossas fantasias
Eu respeito quem curte, mas eu ainda não me vejo com uma mulher rs, é vdd Marina tem bastante bi no sw, várias já tentaram passar a mão no meu cabelo, bumbum, enquanto eu estava “lá” com meu namorado , mas com delicadeza tiro a mão, porque eu acho que você pode não curtir ok, mas vamos ser educadas finas ao demostrar.
Sou hetero também, e não gosta desse tipo de abordagem, apenas digo que não gosto, mas é muito comum ver casais se aproximando ou até mesmo insistindo na situação, eu apenas ignoro
Marina, o saudoso Caio Fernando Abreu é autor da seguinte frase: Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade – voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade. Creio que dê para se estender também para o bissexualismo, o sexo, o desejo, a atração é algo muito pessoal, minha parceira sempre teve o desejo contido de ter uma experiência com mulheres, até o momento teve duas e esta vontade só aumentou, confesso que não a vejo como bi,… Read more »