Foi na última terça-feira que rolou a festa do Prêmio Sexy Hot, ou como alguns gostam de chamar: o oscar do pornô. Isso porque é montado todo um esquema bacanérrimo – com tapete vermelho e tudo o mais! – para homenagear aqueles que trabalham no setor do entretenimento adulto.
E vamos combinar que não é exatamente a nossa praia, mas não vou dar uma de hipócrita aqui e dizer que não temos nada a ver com o pornô; porque a verdade é que todo mundo tem. Eu não conheço uma só pessoa que nunca tenha se aliviado assistindo um “filminho” e, no nosso caso em específico, curtimos bastante.
Nada mais justo do que ir prestigiar quem me faz feliz, né? Até porque, não somos do pornô mas estamos por dentro (beeeeeeeemmmm fundo) do universo adulto e sabemos bem como é que a sociedade olha torto pra quem vive do sexo: insistem em minimizar os esforços e se esforçam para ridicularizar os trabalhos de quem foge à norma.
Mas esse ano de 2019 foi diferente das edições passadas: novo local, nova estrutura, nova apresentadora. Eu particularmente achei que a apresentação foi bem mais divertida, apesar da Natália Klein estar claramente nervosa. Mas de todas as coisas que rolaram, algumas me chamaram mais a atenção:
Feminismo é igualdade de gêneros.
A apresentadora era a Natália, uma mulher, mas o Paulinho Serra teve um papel importantíssimo na condução do ‘show’, o que me fez pensar ser esse o verdadeiro sentido do feminismo: homens e mulheres juntos! Sem desvalorizar a escolha da Natália – longe de mim! – mas ter um homem e uma mulher juntos me soa mais igualitário. Além, claro, de deixar a apresentação mais fluida e diversificada, sem cansar o cérebro com o mesmo tom de voz o tempo todo.
País hipócrita.
Aretuza Lovi, ao anunciar um dos vencedores da noite, disse que “no Brasil existe uma hipocrisia muito grande porque o índice de consumo de sexo transexual é imenso, bem como o de mortes de transexuais”. Essa fala resume aquilo que a galera que trabalha com entretenimento adulto vive no seu dia a dia, seja um ator pornô, um produtor ou um vendedor de produtos eróticos. E quando alguém se dispõe a valorizar essa parcela da população, como a Sexy Hot faz com o prêmio, só nos resta dar total apoio para que ninguém volte a chamar o pornô de “filminho”.
Maior valorização pessoal.
Essa valorização precisa se espalhar mais, principalmente entre a própria categoria. Como diz Nego Catra em quase todos os seus discursos (no desse ano também!): “atores e atrizes, se valorizem mais porque a gente tá botando pra fuder, a gente tá fazendo a mudança no pornô brasileiro”. E realmente, falta muita valorização pessoal, começando pelos trajes de quem estava na festa. Para uma noite de premiação com tapete vermelho que gosta de se chamar de “oscar”, precisa de mais do que eu tenho visto nos últimos anos. Os participantes em geral (atores, atrizes, personalidades que vão apresentar as categorias e convidados) precisam melhorar – e muito! Para terminar esse tópico: sentado atrás de mim ouvi uma pessoa dizer para o colega ao lado: “caramba… e eu quase ia colocando aquela roupa de seis mil reais para vir… ainda bem que desisti.” Não quis nem saber quem foi que falou isso porque ele estava certo. Não era um ator, produtor nem concorria em alguma categoria, era um espectador e admirador do pornô como eu; mas se a ideia é valorizar o setor, quem trabalha nele precisa se valorizar. Mudanças acontecem de dentro para fora, lembrem-se disso.
No mais, não poderíamos deixar de fazer fotos com todos aqueles que amamos, seja porque conhecemos bem a ponto de virar amigos, seja porque admiramos o trabalho com muitas homenagens diárias (hehehehe). E que venha a edição 2020!!
Beijossssssssssss
Que linda mulher estonteante e que deve ter roubado a cena da premiação da sexy HOT