Swing e Suas Tribos

Tribo, panela, grupinho… os nomes são diferentes mas o fato é que pessoas com gostos parecidos se encontram em qualquer lugar, e no swing não seria diferente, né? Quanto mais a gente se conecta com o mundo liberal, mais a gente se identifica com outros swingers por coisas em comum: mesma profissão, mesmo gosto musical, etc, etc.

Apesar de não serem bem-vistas, as tribos sempre existiram e continuarão existindo enquanto houver pessoas no mundo. E isso não deveria ser motivo de raiva – nem de orgulho – apenas é uma constatação de que as pessoas são pessoas em qualquer lugar.

Por isso, hoje, não quero ficar debatendo prós e contras das panelinhas. A ideia é dar uma visão geral do que você, caro swinger iniciante, pode encontrar no meio. Assim você não fica tão por fora quando começar a frequentar algum ambiente liberal, beleza?

Sussexo

É a tribo que acredita que a noite sem sexo é um fracasso total. Quando vão a uma casa de swing ou festa onde não rola sexo (ou muito menos do que esperavam) ficam frustrados, afinal, para a Tribo Sussexo, só existe sucesso se tiver sexo. 🙂

Balinha

Essa tribo curte sentir a vibe liberal com alguma alteração fisiológica. E pra você que entendeu bulhufas eu traduzo: é a galera que curte drogas. A Tribo Balinha é animadérrima, o que não significa que exista quem fica animadérrimo sem ser da balinha (porque já nasceu animado mesmo rsrsrsrs).  Eles curtem o máximo que podem de tudo: dançam loucamente, abraçam os amigos, beijam como se o mundo fosse acabar, são os últimos a sair da festa e, às vezes, transam – quando os bilaus conseguem subir.

Eletrônica

A Tribo Eletrônica é muito próxima da Tribo Balinha, elas tem praticamente as mesmas raízes. A diferença maior é que na eletrônica há pouco consumo de drogas ilícitas porque a alteração fisiológica fica a cargo das batidas musicais. Essa tribo ultrapassa as portas do swing e costuma frequentar os grandes festivais de música. Sexo, definitivamente, fica em segundo plano.

Primeira Vez

Uma das tribos mais características do swing é a Tribo da Primeira Vez. As mulheres da Primeira Vez costumam ir para a casa de swing com bolsas grandes a tiracolo, sapatilhas, calças jeans; os homens costumam ir de sapato social, camisa social (por dentro da calça). Essa tribo fica sentada em mesas ou em pé num canto da festa observando tudo – e todos! Não conversam com ninguém (muitas vezes nem entre o casal) mas andam bastante pela casa de swing: entram no reservado, andam nos corredores, passam pela pista de dança mas só ficam lá enquanto tiver gente sem roupa porque o objetivo dessa tribo é ver sexo. O mais interessante da Tribo da Primeira Vez é que ela é composta por pessoas que são de outras tribos, só que elas ainda não sabem disso… kkkkkk.

Curiosos

A gente só encontra a Tribo dos Curiosos em casas de swing muito badaladas – alguns até vão em casas menos famosas, mas como são poucos, se misturam na multidão swinger. Essa tribo não tem interesse no swing, por isso não chegam às festas liberais (porque participar de festa dá trabalho: tem que fazer cadastro, tem que ser aprovado, tem que ir no dress code, tem que pagar caro). Casa de swing é pública, qualquer um entra, tem promoção, entra de graça, bebe de graça… quem não quer uma mamata dessas? Até quem não quer nada com o swing. Geralmente essa tribo anda em bandos (grupos de jovens bem fora do padrão geral local), riem bastante, acham um absurdo quando vêem mulheres sem roupa, mas aproveitam aquela noite como se fosse a última de suas vidas. E gostam!

O bacana do swing é que não é preciso ser de tribo nenhuma. Também não é problema ser de alguma tribo. Quando dizemos que “tudo é permitido, nada é obrigatório” queremos dizer que você pode tudo no swing desde que não ultrapasse o limite do outro. O respeito é fundamental – dentro das tribos, entre as tribos e fora das tribos. Isso é swing, não aquela surubona que você pensa que é. Não acredita em mim? Não precisa, darling, vá numa casa de swing e veja com seus próprios olhos.

Beijosssssssssssss