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Richard e Suellen: os Primeiros Influencers de Swing

Richard e Suellen Revista Swing Brazil

Revendo posts antigos do blog me deparei com o post Adeus… de exatos três anos atrás sobre o falecimento do Richard, do casal Richard e Suellen. E aí me peguei pensando o quanto a gente não valoriza nossa própria história. Ainda mais no swing, segmento estigmatizado pela pornografia. Nós fomos os primeiros a trazer questões swingers além do sexo, ou seja, há apenas 10 anos que o swing começou a ser olhado além da vagina e do pênis alheio.

Por isso decidi trazer para você, caro leitor, um pouco da nossa história swinger aqui no blog. E não dá pra falar em swing brasileiro sem mencionar o casal Richard e Suellen. Pra quem tá chegando agora, eles foram os primeiros influencers do swing que conhecemos. Não sei se houveram outros antes deles, até porque não há muito registro sobre nada que se refira a swing, né?

Eu, curiosa, joguei “Richard e Suellen” no Google e encontrei uma revista à venda onde havia uma entrevista com o casal swinger mais famoso da época. Pedi pro Marcio comprar porque queria ter um dos poucos registros de como era o swing antes da internet.

“Nosso namoro com o universo do swing começou em 1991. Para conhecer o pessoal, passamos a promover encontros de casais em hotéis, pousadas, residências, chácaras e casas noturnas.” Escreve Richard em uma entrevista na Revista Swing Brazil – Maio/2001. Eles tiveram um papel importantíssimo na implantação de festas e casas de swing e no próprio modo como o swing se desenvolveu até os tempos atuais.

Pessoas reais

Tivemos o privilégio de conhecê-los pessoalmente e sim, eles eram muito simpáticos, alegres, de bem com a vida e com o swing. Interessante que quando começamos a escrever o blog, muitas pessoas começaram a nos chamar do novos Richard e Suellen, de tão forte que era a referência deles. Trabalharam, na maioria das vezes sem ninguém saber, para que eu e você tivéssemos melhores oportunidades de viver o swing do que eles tiveram. E quando penso nisso, lembro de uma música que eu gosto muito que diz:

“Ele é um herói, ela é uma heroína e não importa se ninguém souber seus nomes. Eles continuam vivendo para fazer a vida ser digna de ser vivida. Podem passar desapercebidos, mas são heróis do mesmo jeito”. 

É queridos… os tempos são outros mas o preconceito ainda é o mesmo. Somos mais livres pra falar sobre swing mas é só por uma frestinha. Havia muito tabu a quebrar em 2000, há muito tabu a quebrar em 2021, o swing ainda é vista como a pior das práticas liberais (ah… se eles soubessem… kkkkkkk). Richard e Suellen, muito obrigado por terem construído um swing melhor para nós. E nós, seguiremos construindo um swing melhor para os que virão depois de nós.

Beijossssssssssss

 

Gostaria de contribuir com a sessão História do Swing? Manda sua história que a gente conta aqui no blog! contato@marinaemarcio.com.br

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