Fazer Swing Pode Salvar Seu Casamento
Será? É fato que muitos casais entram no meio com essa esperança, aliás, desde o primeiro pensamento sobre o swing a ideia principal é dar mais uma chance para o casamento. Pode ser que esse argumento seja usado apenas para convencer o parceiro a visitar uma casa de swing, pode ser que o casal não queira entrar numa terapia ou pode ser que seja a mais pura verdade e o casal acaba entrando no swing naquele último esforço para continuarem juntos. Mas será que vale a pena?
A gente já sabe que o swing funciona como um booster na relação, ou seja: ele intensifica o que já existe. Isso quer dizer que se a pessoa gosta de sexo ela vai gostar mais ainda; se ela não gosta vai gostar menos ainda. Se o casamento está por um fio, ele vai ficar por meio fio; se o casamento é bom, ele vai ficar incrível. É isso o que geralmente acontece quando um casal entra no mundo colorido. Tendo isso em mente, pode ser que o swing liberte você de um casamento que não está indo bem, mas salvar a relação dentro do meio é algo praticamente impossível e explico o porquê:
Se o envolvimento entre duas pessoas não está dando certo é óbvio que um envolvimento entre três, quatro ou mais pessoas não vai resolver a situação. Pelo contrário, vai despertar sentimentos diversos (e confusos) nos parceiros.
- Sentimentos de inveja – porque ele faz isso com ela mas não faz comigo, porque ela beija o outro diferente de como me beija
- Sentimentos de menosprezo – você não é gostosa como a outra, você não tem um pinto grande como o outro
- Sentimentos de invalidez – pra quê eu vou ser um melhor marido se ela já se satisfaz com outro, pra quê me cuidar melhor se ele pode comer outra mulher.
Esses sentimentos dentro de um casamento já desgastado por episódios passados, impede que o casal tenha uma conversa sadia que resulte em crescimento individual e conjugal. A tendência é que qualquer tentativa de expôr esses sentimentos resulte em briga, que por sua vez leva ao isolamento emocional e consequentemente ao massacre da relação. Afinal, como dizia o Chacrinha: quem não se comunica se trumbica.
Claro que estou generalizando e acredito que existem exceções. São pessoas muito bem resolvidas consigo mesmas, capazes de suportar o dobro das dores do casamento (por elas e pelos parceiros), são pacientes o suficiente para esperar pelo amadurecimento do outro e insistentes o bastante para não desistirem da relação, investindo o que for preciso para ficarem juntos – inclusive na prática do swing. Elas sabem a hora certa de falar, de calar, de tentar, de voltar. Não são encontrados facilmente por aí, são pessoas raras no mundo, por isso mesmo são chamadas de exceções.
Então quer dizer que swing pode salvar casamento? Se você faz parte do grupo de pessoas que são exceções, acredito que pode sim. Mas vai te dar trabalho e o seu parceiro também precisa ser uma exceção. Se você não faz parte desse grupo – nem o seu parceiro – o swing não vai salvar seu casamento.
A verdade? Seu casamento só será salvo se você e o seu parceiro quiserem muito! Os dois tem querer continuar juntos, os dois precisam mudar atitudes, os dois precisam lutar pelo relacionamento. Sem isso não há salvação. Nem viagem a dois, nem filhos, nem terapia de casal… muito menos a prática do swing.