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Fantasias Sexuais e a Opinião dos Outros

o que os outros pensam sobre minha fantasia é importante?

E aí, leitores, como passaram o fim de semana? Nós ficamos de boa na lagoa, curtindo a dois, passeios românticuzinhos… essas coisas! Daí que aproveitei pra ler alguns fóruns liberais e achei algo curioso: a quantidade de “temas” propostos para discussão que dizem respeito apenas à pessoa que formulou a pergunta, por exemplo: “quem aí curte dogging?” ou “eu faço gang bang, o que vocês acham disso?”

Fiquei pensando porque é tão importante ter a aprovação de outras pessoas – muitas vezes gente que nós nem sabemos se existe de verdade – para uma fantasia nossa? Até porque, fantasia é algo totalmente pessoal, é um desejo que nasce dentro de cada um, muito individual, que nem precisa ser repartido com ninguém se a gente não quiser.

Eu tenho minhas opiniões sobre os motivos que levam a gente (como seres humanos e eu me incluo nessa parada) a sentir necessidade de termos nossas fantasias aprovadas por semelhantes, mas fui dar uma pesquisada antes de colocar o assunto em pauta para vocês e encontrei algumas coisas interessantes:

Identidade Pessoal

“O que os outros pensam de nós teria pouca importância se não influenciasse tão profundamente o que pensamos de nós mesmos quando tomamos conhecimento da opinião alheia” (George Santayanna). Quem somos é o resultado das influências do que nós pensamos sobre nós + o que os outros pensam de nós + o ambiente que frequentamos. Por isso consideramos tão importante o que as pessoas falam sobre nós e através dessas opiniões regulamos aquilo que pensamos, fazemos e acreditamos. Em outras palavras, nós somos (também) o que os outros pensam de nós.

Aprovação Social

A pessoa quer realizar sua fantasia mas ainda não tem tanta certeza se seria “bem vista” pelos outros, então, recorre à opinião alheia para garantir que ela não é única a pensar daquela forma e, consequentemente, ganha força para levar seus planos adiante. Mesmo porque, se a fantasia em questão fosse algo bem “realizável” (tipo: quero chupar 10 sorvetes de uma vez ou tenho desejo de andar de bicicleta) não haveria problemas ‘morais’, afinal, tudo isso é socialmente bem aceito. Mas no caso das fantasias sexuais (que é onde nos encontramos no blog), todas elas são recriminadas pela sociedade, portanto, ter a “aprovação” alheia é como receber uma “autorização” de si mesmo. “Ta vendo? Fulano também faz, ciclano também, eu também posso”. É como se a pessoa dissesse a si mesma: eu não estou fora da caixinha.

Cuidados Necessários

Usar a opinião dos outros para tudo pode trazer mais problema do que vantagem. Quando usamos a opinião alheia para tudo na vida – quando nos tornamos dependentes – na verdade estamos apenas transferindo a responsabilidade pelos nossos atos, que é nossa, para os outros.

Se por um lado depender da opinião dos outros é ruim, ser totalmente independente é o outro extremo da linha e também requer atenção. Não se importar com o que os o outros pensam (nunca na vida) pode ser uma máscara de autossuficiência, escondendo muita revolta com o mundo, agressividade disfarçada, uma grande e inconfessável baixa auto-estima. (Caroline Secundino Treigher)

Se você quer viver uma fantasia no mundo liberal, pesquise, tome conhecimento do que se trata – nem sempre o que você pensa é a realidade – ouça opiniões e tome uma decisão. Não se importar com o que os outros pensam, bem como se importar demais a ponto de ignorar a si mesmo, pode ser mais prejudicial do que você pensa. O segredo, como em quase tudo na vida, é equilibrar a balança.

Beijossssssssss

 

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