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E Quando a Gente Erra, Faz o Quê?

Você que segue o blog deve ter sentido falta das atualizações dos posts. E, como vários leitores nos escreveram, ficaram preocupados pensando se tinha acontecido alguma coisa com a gente, se estávamos bem, etc, etc. Não tenho certeza se deveria escrever sobre isso, afinal, é fácil compartilhar uma vida de margarina na internet pra pagar de impecável. Mas enfim… aqui estou eu, compartilhando não só as coisas boas da minha vida, mas também aquelas que eu preferia não ter vivido.

Sim, aconteceu uma coisa terrível. Eu, Marina, cometi um dos maiores erros da minha vida – uma puta cagada mesmo. Não vou contar os detalhes porque é algo que machucou demais algumas pessoas que eu amo, que machucou a mim mesma (sim, a culpa e a vergonha ainda me consomem) a ponto de parar de escrever e pensar seriamente em desistir do blog; tirar tudo do ar e “exterminar” Marina e Marcio, como se nunca tivesse existido.

Na hora da cagada eu não percebi o que estava fazendo, fui sacar só depois quando já era tarde demais e acredito que nunca terei chance de mostrar o quanto eu errei e o quanto me arrependo de não ter pensado melhor antes de agir. Passei dois dias sofrendo e me lamentando, tentando juntar os caquinhos da Marina pelo chão. Difícil.

Tive que montar um esquema mental fortíssimo para conseguir sair da cama, enxugar as lágrimas e cuidar dos filhos, da casa, do trabalho, do consultório… E então, quando tenho a CERTEZA de que sou a pior pessoa do universo, começo a receber mensagens tão carinhosas de vocês, como essas:

Bom dia Marina e Marcio!  Está tudo bem com vocês ? Estou preocupado , não postam nada desde o dia 26/06. Espero que seja falta de tempo mesmo e que esteja tudo bem com vocês. E obrigado por ensinarem tanto para quem esta começando agora.  bjussssss Kzal Jundiaí

Ola… está tudo bem com vocês? Faz tempo que não temos nada no blog. Espero que estejam bem, com muita saúde e paz, mesmo nesse tempo de pandemia. Saudades do conteúdo e preocupado com vcs… Casal LC

Marina… tudo bem? Vi que você não postou nada na última semana, espero que estejam bem… Paulistanos

Eu li a primeira mensagem e fiquei de boa, a segunda me emocionou, na terceira já estava chorando (comovida… rsrsrs) quase não consegui mais ler todas as outras mensagens que chegaram por email, instagram, twitter… mensagens de pessoas preocupadas porque sabem que tem alguma coisa errada… e me deram aquele ânimo – que eu estava mesmo precisando – para voltar a escrever.

Mais do que nunca eu tive certeza de que vou continuar. Mais do que nunca eu preciso entender de uma vez por todas que não sou perfeita – nem nunca serei. Que eu vou errar feio, como errei; que eu vou chorar de tristeza, que vou chegar no fundo do poço outras vezes, mas ficar lá não vai me fazer melhor, nem mais feliz, nem mesmo mais correta.

Que não basta reconhecer o erro, nem mesmo pedir mil desculpas: quem eu machuquei tem o direito de não me desculpar. E mesmo que ele me perdoe, nada adianta se eu mesma não me perdoar e seguir em frente. Mesmo doendo, seguir; mesmo sofrendo, seguir; mesmo triste, seguir.

Porque sempre terá alguém (como vocês meus leitores incríveis que se preocuparam comigo) que está contando comigo, mesmo com todos os defeitos. E que eu ainda vou fazer o melhor que eu posso – e provavelmente pensar 3 vezes antes de agir por impulso outra vez.

A ferida segue junto, pra me lembrar que não importa se sou escritora, psicóloga, swinger “sabe-tudo” (como alguns dizem por aí), antes de tudo sou humana – tentando em vão esconder minhas humanidades.

 

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