Caraca, Eu Sou do Swing!

Todo mundo que entra no swing passa por um momento muito especial. É aquela hora em que você se dá conta de que faz parte do meio definitivamente. Eu quero falar desse momento porque além de muito interessante, ele aconteceu com todos os casais que já conversei sobre o assunto – e foi do mesmo jeito! Isso quer dizer que existe sim, aquela hora em que você pára e diz: eu sou do swing.

Acontece que o tempo vai passando, você vai frequentando as casas de swing, as baladas liberais, as festas especiais. No começo você entra e sai sem trocar uma palavra com ninguém – ta bom vai, você fala com garçom pra pedir uma bebida e só, já falou demais! kkkkkkk!

Depois você começa a trocar palavras com um ou dois casais que estão por lá e que puxam conversa com você – porque você, amigo, nunca, jamais em tempo algum vai dirigir a palavra a alguém la dentro, né? Só que a conversa foi legal, o casal foi interessante e você trocou contato com ele.

Passa mais um tempinho e você já consegue fazer uma piadinha com o pessoal dos caixas, com os funcionários da casa, com dois ou três casais que acha bonitinhos. Mais um tempinho e você recebe convite pra entrar numa comunidade swinger fechada. Opa, tá melhorando!

Depois chega o primeiro convite pra uma festinha privê e lá, você não só conversa com outros 6 ou 7 casais como acaba conhecendo melhor cada um deles. “Como eles são legais, né? Passaram até o facebook deles, vamos adicionar!”. 

Na semana seguinte outro convite pra ir pra balada com os amigos do swing que passaram o facebook. Na outra semana o convite é pra comer pizza, na outra é pra comemorar o aniversário de um amigo do amigo – que também é do swing; e no mês seguinte você marcou uma viagem pra praia com outros 20 casais do meio.

Depois da viagem você chega na balada – aquela mesma que você foi pela primeira vez na vida e ficou sentado no cantinho só observando – e assim que chega na fila da entrada já encontra um dos casais que viajaram com você. “Oi, amores, tudo bem?”

Você passa pela porta, já acompanhado dos amigos que encontrou na fila, e dá de cara com aquele casal da festinha privê. “Ô… quanto tempo…!”, olha pro lado e tá lá aquele amigo que te chamou pra comunidade swinger: “Ei, ei, vocês por aqui!” Enquanto isso alguém bate no teu ombro e diz “Olha só quem resolveu aparecer!”, sendo nada mais nada menos do que aquele primeiro casal que trocou contato com você na balada.

Aí você olha, sem querer, praquele cantinho da casa de swing onde costumava sentar. Você lembra que de lá do cantinho olhava a galera chegando e se cumprimentando como velhos e bons amigos, dando abraços apertados como se fossem família e beijos trocados na boca como se fossem amantes. “Tá na cara que essas pessoas se conhecem há muito tempo!”, era o que você pensava. De lá ficava olhando (e muitas vezes invejando, fala a verdade!) as rodinhas de swingers que riam e conversavam como se aquele lugar fosse a sala da casa deles, e não uma casa de swing.

É nessa hora fatal que você pára e pensa: Caralho… eu sou do meio! Fala se não é assim mesmo que acontece? Cai a ficha, de repente, e você sente um misto de susto, felicidade, espanto, alegria, um monte de sentimento tudo junto e misturado! Porque você nunca pensou – na vida! – que um dia faria parte do swing. E pior, estaria feliz pra caralho com isso! kkkkkkkkk!

Querido leitor, se você já passou esse momento na sua vida, meus parabéns! Você pode se considerar um swinger de verdade! Mas se você ainda não sentiu essa emoção única, ímpar e espetacularmente fantástica, das duas uma: ou você não quer mesmo fazer parte do meio ou prepare-se: A SUA HORA VAI CHEGAR!

Beijossssssss