Ontem estava conversando com um casal que está iniciando no meio, em busca de um casal para a primeira troca. Uma das perguntas foi: “eu tenho que trocar com quem eu não achei bonito?”. Falar sobre beleza hoje em dia é um perigo. Principalmente se você está dentro do chamado padrão de beleza, que é o meu caso. Não me acho A modelo-capa-de-revista-gostosa-pra-caralho mas eu tenho espelho em casa e sei que estou bem dentro daquilo que as pessoas consideram ‘bonito’.
E toda a vez que eu venho aqui no blog falar sobre beleza, um monte de gente (aliás, um monte de mulheres com grande necessidade de terapia) me criticam, fazem careta, nem lêem o post para entender as argumentações porque assumem que já que eu sou bonita, não tenho problemas na vida.
Existem falsas ideias no imaginário popular sobre a mulher, coisas como ‘lugar de mulher é na cozinha’ e também existem falsas ideias sobre a mulher bonita, tipo a ‘loira burra’. E como estamos em tempos de transformações, seria bom a gente mudar essa crença irracional sobre beleza também, não é mesmo?
Beleza é relativa
Acho impossível falar sobre beleza sem começar pela famosa relatividade, porque sim: a beleza é totalmente relativa. Mesmo aqueles que estão dentro do que a cultura aponta como belo, encontrarão pessoas que não vão achá-los bonitos. A ideia de beleza é construída desde que a gente nasce, a partir dos brinquedos que ganhamos, das roupas que nos vestem, dos gostos dos pais, professores, irmãos, amigos – os ouvimos dizendo que tal coisa é bonita e armazenamos no cérebro como conceito de beleza.
Conforme vamos crescendo e tendo nossa independência cognitiva, ou seja, vamos pensando por nós mesmos, toda a influência que tivemos não desaparece assim, do nada. Pelo contrário! Continua nos dizendo inconscientemente do que gostamos, e nós, pobres coitados, achamos mesmo que temos opinião própria. kkkkkk. Mas calma, antes de entrarmos em pânico vamos entender que a beleza não está somente naquilo que está diante dos nossos olhos.
Além do que se vê
Para muitos, a beleza é um conjunto de fatores, que geralmente variam entre aparência física, bom humor e inteligência; desse jeito, achamos alguém bonito por causa de apenas um deles ou pela combinação entre todos. Por exemplo: aquela pessoa não tem um corpo de violão mas é tão divertida que eu a acho bonita.
Essa ideia do que consideramos bonito aumenta ou diminui quando conversamos com a pessoa e associamos a ela outros fatores psicossociais como admiração, poder e identificação. Exemplo: às vezes o físico de um cara não me atrai muito, mas quando começamos a conversar passo a achá-lo bonito porque passo a admirar a forma como ele encara o mundo.
E o swing é isso, galera, a gente vai encontrando casais, conhecendo pessoas… umas a gente acha bonito logo de cara – em casos onde a aparência física é compatível com o que consideramos muito bonito – outros a gente precisa de um bate papo pra se interessar – quando descobrimos que a pessoa tem caraterísticas relativas com o que achamos bonito. Sendo assim, reafirmo a premissa de que beleza é fundamental no swing porque ninguém faz sexo com quem acha feio, é ou não é?
E nem deve fazer mesmo, quem faz sexo por sacrifício não é muito bem visto no swing, porque swing, meus amores, é algo que vem para melhorar sua vida. E vamos combinar que fazer sexo por obrigação não só é um horror como pode ser considerado abuso, dependendo de onde parte essa obrigação. Mas esse é um assunto para um outro dia…
Vamos parar com essa crença falsa de que entrou no swing tem que transar pra caramba? Vamos transar com quem a gente acha bonito, por favor? Seu corpo, sua mente e sua saúde agradecem.
Beijossssssssss