Você sabe a diferença entre balada liberal e casa de swing? Sim, caros leitores, existe diferença. Quando começamos a vida colorida a única opção era casa de swing. Verdadeiros clubes para casais, solteiros não entravam em hipótese alguma e lá dentro as pessoas estavam em busca de sexo de verdade.
A música e o show eram só para levantar a moral da galera (levantar a moral e outras coisitas mais rsrsrs), não havia DJ top pra animar a noite nem pista de dança pra rebolar. O que tinha era uma pistinha, pequena e cheia de mini palcos (os famosos “queijos”) pras esposas dançarem como strippers famosas.
O tempo trouxe um conceito diferente para essas casas – a balada liberal, onde o foco é a dança, a música, o DJ e o sexo fica em segundo plano. Nós mesmos já escrevemos sobre o assunto aqui no blog e ainda não tínhamos certeza se esse conceito viria pra ficar. Hoje o que percebemos é que ele não vai embora tão cedo e é provável até que a balada liberal se transforme em algo completamente diferente da casa de swing, sabe porque?
Esses dias um amigo disse que “não existe mais swing em casas noturnas, a troca de casais é feita em segredo, nas casas dos casais, nos motéis, em flats reservados; ali sim, rola swing.” O fato é que ninguém quer ser reconhecido por aí como praticante de swing. Essa palavra traz consigo uma conotação de oba-oba, de ninguém é de ninguém, de vale-tudo. Nós, que somos do meio, sabemos que isso não é verdade. Mas só nós sabemos; e não temos a menor intenção de revelar isso aos outros a ponto de convencê-los de que o que eles pensam é falso.
Já a balada liberal traz consigo uma corrente muito forte de ser algo “diferente”, não necessariamente no aspecto sexual, mas o próprio nome – balada liberal – sugere que o apelo nesses lugares gira mais para o lado sensual do que para o bacanal. E se a gente sair pra qualquer balada comum por aí tipo a Woods ou a Limelight, não há muita diferença para uma balada liberal.
É por isso que tem muita gente que não se importa de dizer abertamente que vai numa balada liberal, sendo assim, há uma forte tendência em conceituar o “liberal” como algo “cool”, “descolado”, “diferente”, de gente que tem “atitude” e que é “moderno”.
Todos esses conceitos são bem vistos hoje em dia pela maioria da sociedade, inclusive para alguns empregadores é essencial que o indivíduo seja “diferente”. E assim como a palavra “liberal”, é bom saber que elas trazem uma ideia indefinida, por isso não ofende ninguém. Dizer que alguém ou alguma coisa é diferente ou liberal é generalizar algo que não pode ser mensurado; ou algo que não quer ser definido, que prefere permanecer no anonimato.
É possível que o swing se transforme em liberal? É possível que os swingers sejam bem vistos pela sociedade ao assumir uma identidade liberal? Tudo indica que sim, mas a verdade só o tempo poderá nos dizer. E você, também acha que casa de swing vai dar lugar em definitivo à balada liberal?