O viagra foi descoberto por acaso, quando uma empresa americana pesquisava um novo medicamento para tratar a angina, uma doença cardíaca. Foi em 1996 que os pesquisadores Nicholas Terrett e Peter Ellis, funcionários da Pfizer, descobriam que um de seus efeitos colaterais era o aumento da irrigação sangüínea no pênis, a partir da potencialização do óxido nítrico. Mas foram os ingleses Peter Dunn e Albert Wood que conseguiram colocar o composto numa pílula em 1998, como o primeiro remédio contra a impotência.
Transar a noite toda com quantas pessoas quiser era um privilégio das mulheres até então, que não dependem de uma ereção para se relacionar sexualmente. Não vou entrar na questão do querer, libido ou se é saudável, para não perder o foco do post, ok? Mas sim, os homens sempre tiveram que conviver com a “desvantagem” de ter uma ereção para a coisa rolar.
Desvantagem, pressão, ansiedade, medo… tudo isso sumiu com o aparecimento da pílula milagrosa. De lá pra cá o viagra tem sido usado para diversas finalidades e como já falei em outro post, o swing é um campo de quase infinitas possibilidades de realização de desejos, incluindo ser “O” pica das galáxias.
No começo da nossa vida liberal, o Marcio passou por uma fase de dúvidas sobre tomar ou não viagra para ir a uma festinha. Como ele não queria se preocupar em “subir”, tomou. Uma vez, duas vezes… na terceira festinha chegou à conclusão de que não precisava. Não que não fez diferença, na verdade, o efeito foi bem interessante; não ficava o tempo todo de pau duro mas assim que surgia um estímulo o bichão levantava. Sem a azulzinha o bichão demorava uns 2 ou 3 minutos a mais para ficar pronto, ele achou que essa diferença não compensava o risco.
Em outros casos (muitos, pra falar a verdade…) o Marcio fica com a esposa do casal enquanto eu demoro de 10 a 20 minutos esperando o pênis do marido ficar duro. Já perdi as contas de quantas vezes o cara enfiou meia bomba só pra não sair dizendo que não deu conta. Mais ainda foram as vezes que nada aconteceu porque o pintinho não saiu pra brincar de jeito nenhum (isso dá um outro post… afffff…).
Nessas horas eu penso que a pessoa podia sim ter se preparado e usado o viagra, principalmente quando ele sabe que não levanta assim tão fácil (tem disfunção erétil). Porque foi pra isso mesmo que ele foi criado: ajudar quem não consegue ficar ereto, não importa o quanto ele seja estimulado sexualmente. E um cara que vai passar a noite no swing precisa sim pensar se ele tem condições de transar, não muitas vezes, mas pelo menos uma vez.
Acontece que para evitar situações como essa – e pensamentos como eu tive – muitos homens perfeitamente funcionais estão aderindo ao viagra para curtir a noite no swing. É pra garantir que o negócio vai funcionar, vai levantar, vai ficar durão e ele não vai perder a oportunidade de comer uma gostosa.
Mais do que isso, a sensação de voltar pra casa e ter dado conta do recado faz o cara se sentir forte, poderoso, incrível… vitorioso! Mesmo que seja uma atuação falsa, já que ele não seria o fodão se não fosse o viagra. Ou seria? No fim das contas parece ser muito atrevimento ser o que somos… alguém que gosta de dar várias trepadas ou que gosta de dar apenas uma… assumir que não deu conta do recado e não receber um puta elogio… ou entender que o melhor feedback da pessoa com quem você transou é sobre quem você realmente é.
É difícil falar em ser você mesmo no swing, um ambiente feito pra que você não seja você. Ou até seja, desde que use máscaras e ninguém nunca saiba o que você fez no verão passado. (hehehe). Mas quando entramos no campo saúde não tem muito o que discutir, igual a questão do preservativo.
O viagra pode ter efeitos colaterais como náuseas, dores de cabeça e complicações cardíacas e na pressão sanguínea (caso o usuário já apresente algum quadro), bem como dependência psicológica, quando o usuário não consegue ter uma ereção sem o medicamento.
E para aqueles que estão na dúvida, a resposta é não. Não é uma regra tomar viagra para o swing. Na verdade, não há regras no swing, cada um faz aquilo que acha que tem que fazer; e já que existe swing para todos os tipos de pessoas, a seleção entre quem curte a azulzinha e quem não curte vai acontecer, natural e inevitavelmente.
Beijosssssssss