Eu até pensei de começar escrevendo “pode isso, Arnaldo” mas achei que a resposta seria tão óbvia que mudei de ideia. Também pensei que usar preservativo em qualquer relação sexual é tão óbvio que não seria preciso repetir toda hora. E também pensei (pasmem!) que eu jamais pensaria em transar sem camisinha com alguém que não fosse o Marcio.
Mas tem coisas que precisam ser ditas o tempo todo, precisam ser lembradas e precisam ser repetidas; porque a nossa cabeça tem mania de esquecer algumas delas, principalmente quando não vivemos os dramas na pele.
Eu e o Marcio sempre transamos de camisinha, desde os tempos de namoro, até já falei sobre isso aqui em algum post. Porque achamos que é mais higiênico, que é mais seguro, que desliza mais fácil, etc. Mas há uns dois anos, Marcio me pegou sem camisinha uma vez; eu achei meio desconfortável na hora, mas o prazer que ele sentiu por estar sem camisinha foi diferente. E isso me chamou a atenção.
Ao mesmo tempo, começou a bombar nos sites pornôs, filmes de creampie (quando o homem ejacula dentro). Confesso que nunca senti muito tesão nesse tipo de filme, era tipo normal; mas de repente eu me senti atraída em ver a gozada lá dentro. E isso, meus amores, é um perigo!
Foi por isso que comecei a pensar nos motivos de eu ter passado a me interessar por sexo sem camisinha e cheguei a algumas conclusões:
É proibido
Que bosta, né? E parece que tudo que é proibido é mais gostoso e atiça mais! E eu até coloquei este como o número um porque acredito que é um dos grandes motivos da moçada de hoje transar sem camisinha mesmo. Sabe quando todo mundo tá dizendo pra fazer de um jeito e você faz questão de fazer de outro para mostrar que tem atitude? Ou que é do contra porque é adolescente rebelde? Ou para provar que você é raiz mesmo?
Dá um tesão da porra
Véio… o negócio é gostoso! Pelo menos na imaginação, né? kkkkkkk. Porque apesar de achar interessante, swing por aqui só com camisinha. E verificada! Ainda mais em casa de swing, com gente que eu nunca vi mais gorda.
Tem tratamento
Tá todo mundo achando que agora que tem vacina² para a AIDS tá tudo bem, já pode voltar o surubão dos anos 80. Mas não é só o HIV que o sexo desprotegido pode trazer de presente, é bom lembrar que mesmo com tratamento, ficar doente não é algo que a gente planeja. “Hoje eu vou comer arroz e feijão no almoço e à tarde vou lá pegar uma sífilis”. É foda porque ninguém nunca está preparado para ouvir que tem uma doença, por mais simples que seja. Te ferra no trabalho, com os amigos, com a família e abala o emocional. Não é fácil!
Escolhas
Estima-se que 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil (é gente pra caramba!). De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado no final do ano passado, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos de aids em torno de 18,3 casos a cada 100 mil habitantes, em 2017. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, nos últimos cinco anos.¹
Mas o caso do preservativo no swing vai muito além de DST´s. Por incrível que pareça, muitas mulheres swingers não usam nenhum tipo de contraceptivo, adivinha quantos casos de esposa tendo que criar filho de outro eu já ouvi falar? Nem tanto assim, gente… rsrsrsrs. Mas acontece, e não é tão raro. Existe inclusive uma vertente do cuckold que diz que ‘o maior tesão para o corno é ver a esposa grávida de outro’.
Assim que eu entrei para o meio fui atrás de me proteger, porque eu amo viver e sei que não quero mais filhos. Tomei anticoncepcional ininterrupto por anos até colocar o Mirena (DIU) e sempre transei com camisinha. E na boa, não tô afim de passar o resto da minha vida tomando vacina ou tendo que explicar à família como é que fui pegar uma DST.
Por isso finalizo o post com a minha escolha: camisinha SEMPRE. Isso é o que eu escolho, e essa é uma decisão de vida que todo mundo vai ter que tomar, mais cedo ou mais tarde. Já sabe o que você vai escolher?
Beijossssssssss