Semana passada a TV aberta apresentou mais um programa sobre o swing. Fazia um tempinho que nenhuma emissora falava sobre o assunto – e a gente estava dando graças aos céus por isso – afinal, as matérias costumavam ser parciais e preconceituosas; mostrando só uma parte do swing.
O programa Documento Verdade da RedeTV não foi tão ruim, embora tenha dado mais crédito àquilo que muita gente acredita – como o Emílio Zurita sempre diz no seu programa de rádio – que swing é pra gente feia.
O começo da matéria foi muito bem com o Paulo Machado definindo muito bem o que é o swing e eu, particularmente, me senti feliz por ver que tudo o que temos falado por aqui tem sido apreendido pela comunidade swinger em geral. “Swing é troca de casais… existem outras vertentes como menage, bi feminino, etc.”
Depois ouvimos o jornalista Marcos Nogueira afirmar que na verdade, o swing é para todos. “Não existe um perfil (de swinger), qualquer um aqui pode ser”. Ele é autor do livro Sociedade Secreta do Sexo onde fala de suas visitas como jornalista dentro de algumas comunidades de swing.
Mas aí a coisa começou a degringolar. Primeiro porque mostraram um trio (casal + trans) que já foge do swing. Isso aí é menage, três pessoas, não é swing. Além disso a quantidade de casais que procuram por transexuais dentro do universo liberal não é tão grande quanto foi dito.
Existem sim algumas trans nas comunidades, mas só pra vocês terem ideia do que estou dizendo, elas são mais raras do que os casais negros. Acredito que a fantasia de ter uma trans com o casal seja algo presente em alguns casais do swing mas não passa de 10%. A esmagadora maioria não tem essa fantasia – e é bom que fique claro. Não por preconceito, simplesmente porque isso não é swing.
Depois veio uma sequência de promoção de agência de turismo e aplicativo de celular que ninguém merece. Mesmo porque já testamos as duas e não gostamos das experiências. Mas o final, gente… vamos combinar que foi cruel. “Eu me interessei por ela, ela tava acompanhada do ex-marido dela, eu estava acompanhado da minha ex-esposa” e só por essa primeira frase já pensei: fudeu, já vinculou o swing ao divórcio.
“Cheguei, conversei com ela e sugeri que rolasse uma situação nós quatro”. Pára aí! Uma das regras de ouro do swing é: mulher aborda mulher, homem aborda homem. É falta de respeito quando um marido aborda a esposa do outro.
“Depois de 3 anos mais ou menos ela voltou frequentando como solteira” (que novidade, ela se separou…) e eu ainda era casado. Um mês após isso em me separei (outra novidade…) e em três dias a gente tava morando junto.” É claro que eles iriam se divorciar e nem precisa ser vidente pra deduzir isso – aquela primeira frase já dizia tudo.
E aí, meus amores, como fica isso? Swing provoca divórcios?
Você que é leitor do blog pode levantar as mãos para o céu, porque aqui sim, a gente fala a verdade sobre o swing. Já em 2014 eu escrevia sobre o swing e a falsa relação com o divórcio, fora outras dezenas de postagens que tratam o swing como ele é.
Por fim, se você chegou até aqui porque viu a matéria da TV, acredito que o mais importante a ter em mente é que o swing é para todos. Não se atenha apenas ao que você viu, o mundo do swing é muito maior do que aquilo, existem tantas outras agências de viagem, tantas comunidades, tantos aplicativos, tantas festas e baladas, tantas casas de swing… ufa, até cansei de escrever! kkkkkkk!
Aqui no blog você encontra só uma pontinha desse iceberg colorido. Cabe a você explorar aquilo que tem mais a ver com o seu nível de exigência, afinal de contas, o swing é para todos.
Beijosssssssss