Este é um assunto interessante e cheio de dúvidas quando se trata de swing, afinal, rola ciúmes no meio liberal? Opa, e como! E não estou falando apenas daquele tipo de ciúmes barraqueiro – que não é legal, mas do tipo de ciúmes que dá tesão. Peraí que agora compliquei tudo, né? Como assim ciúmes dá tesão? Pois é, dá tesão sim. Muitos casais estão no meio liberal porque sentem tesão no ciúme. Isso acontece quando você olha o seu parceiro com outra pessoa e pensa: “safado!!”
Nessa hora o ciúme vira puro tesão, mesmo porque você também está com outro, né? Ou seja: você também é um “safado!!” Claro que essa não é uma explicação teórica, mesmo porque não existem estudos científicos suficientes na área do swing-ciúmes para podermos afirmar qualquer coisa. Tudo o que dizemos aqui é por experiência própria… sim! Também passamos por isso!
Vejam bem: eu nunca tive ciúme (sem motivo, que fique bem claro.. kkkkkk) do Marcio. Quando eu via alguma mulher dando em cima dele eu tinha dentro de mim uma certeza de que não daria em nada. Com poucas exceções (quando eu sabia que a dita cuja gostava mesmo do Marcio ou eles já viveram uma história) eu sentia ciúme. É um sentimento bom quando bem usado, mas ciúme exagerado e sem causa nenhuma não faz bem pra ninguém; nem pra quem sente, nem pra quem recebe, nem pra quem vê.
O Marcio tinha esse tipo de ciúme. Acreditava que mostrar que tem ciúme era uma prova de amor. Eu amo tanto que tenho ciúme. Mas a verdade é que não era assim que eu enxergava esse mesmo sentimento, foi preciso muita conversa para chegarmos a um acordo emocional; e o swing teve um papel importante no processo.
No começo o tesão falava mais alto e permitia que trocássemos carícias com outros casais, mas quando começamos a pensar na troca efetiva de parceiros a coisa entrava num outro patamar e não rolava. Um dia estávamos conversando com um amigo (que já era antigo no meio) e o Marcio perguntou: pô, mas você não tem ciúmes? Foi quando o amigo respondeu: claro que tenho! E é isso que me dá tesão!
Até então a gente achava que pra fazer swing todo mundo tinha que ser desprovido de ciúme, e isso estava incomodando demais o Marcio afinal, como é que eu vou deixar de ser ciumento? Não é uma coisa que a gente programa, sabe? “Eu serei ciumentoooo”… Não, ninguém escolhe o que sente, só sente! E foi então que ele começou a entender que o ciúme (pra quem é ciumento) faz parte da pessoa. Mas dominar os sentimentos, sejam quais forem, é uma questão de amadurecimento. A gente aprende a controlar a raiva, o medo, a dor, porque não o ciúme?
Ainda existe ciúme entre nós depois de tanto tempo casados e swingers? Claro que sim, só que é um sentimento dominado, que nos serve para despertar o tesão e apreciar a “brincadeira”. Sem barracos, sem pressão, sem limites. Aliás, tem um limite sim: o céu…!
Beijosssssssss