Olá queridos leitores! Espero que tenham tido uma excelente passagem de ano. E agora, pra começar 2017, gostaria de escrever sobre uma pesquisa que eu vi, porque eu acho que tem tudo a ver não só com o swing, mas carrega uma linda mensagem para o nosso começo de ano.
A pesquisa trata de estudar o ser humano em sua vida inteira, por isso está ativa há 75 anos na Harvard University. Estudando a vida de 724 pessoas, desde a adolescência até o fim da vida (ainda há cerca de 80 participantes da pesquisa vivos), eles descobriram três lições importantes sobre a saúde e felicidade do ser humano:
- A conexão social é importante e a solidão mata – pessoas mais conectadas socialmente com suas famílias, amigos e/ou comunidades, são mais felizes, mais saudáveis fisicamente e vivem mais tempo do que os outros. Já as pessoas que vivem mais sozinhas do que gostariam de ser, são menos felizes, ficam doentes precocemente, o cérebro se deteriora mais cedo e vivem vidas mais curtas do que as outras pessoas.
- Não é a quantidade de conexões sociais que importa, mas sim a qualidade dessas conexões. Pessoas com mais idade relataram que a dor física era menor quando estavam em bons relacionamentos. Enquanto que aqueles que não viviam uma relação saudável tinham a dor física aumentada pela dor emocional de se sentirem sozinhos.
- As relações boas não protegem somente o corpo, mas o cérebro tb. Descobriram que aqueles com bons relacionamentos lembravam de mais coisas, por mais tempo, do que as pessoas que sentiam que não podiam contar com seus companheiros.
A princípio você pode achar que isso não tem nada a ver com o swing, mas em todo esse tempo de vida liberal eu sempre achei que o swing não é só sexo trocado. Sempre achei que quando tinha algo a mais o swing ficava melhor. Essa pesquisa me ajudou a entender o porque: a felicidade tem tudo a ver com relacionamentos.
O swing tem um forte apelo social, a começar pelo relacionamento do casal. Já sabemos que o swing aumenta a cumplicidade porque força o casal a conversar, consequentemente existe uma compreensão recíproca que faz com que o relacionamento fique mais franco. Conexões sociais.
Além do relacionamento do casal, quem entra no swing acaba conhecendo outros casais e forma uma comunidade. Agora com o whatsapp as comunidades são fáceis de criar e não raro os casais swingers participam de 6, 8, 10 comunidades liberais ao mesmo tempo. Conexões sociais.
E se a gente parar pra perceber as coisas ao redor vai chegar à essa mesma conclusão. Com certeza você já foi numa casa de swing e viu as pessoas conversando felizes, em rodinhas, com os amigos. Duvido que não tenha sentido um pingo de vontade de fazer parte de uma rodinha qualquer nessa hora. Não por inveja ou por medo, mas porque é bom saber que tem alguém te esperando lá dentro. Conexões sociais.
Imagino que até aqui tenha sido fácil de entender, e até mesmo você pode pensar que isso é fácil de se fazer. Mas na realidade, não é não. A vida de hoje tem outro apelo, oposto ao apelo social: ela é rápida. Tudo tem que ser pra ontem, a gente quer ser feliz agora, a gente não quer perder tempo investindo em nada. Até mesmo no swing, queridos leitores, tantas vezes que vamos para a balada só pra fazer sexo; tantas pessoas que entram, transam, saem e não trocam uma palavra com ninguém. Às vezes nem mesmo com o próprio marido, ou a própria mulher.
Muita gente prefere que o swing seja com relações descartáveis: usou, acabou, tchau. Não é uma crítica, é um reflexo de como são as relações sociais hoje em dia. Não é fácil perder tempo investindo em um bom relacionamento porque isso seria ir na contramão da vida moderna.
O vídeo termina com uma citação de Mark Twain, que no fim da vida disse: “não há tempo, tão curta é a vida para discussões banais, desculpas, amarguras, tirar satisfações. Só há tempo para amar e mesmo para isso, é só um instante.”
E aí, pra começar 2017, eu lanço um desafio. Que tal substituir parceiros de sexo por amigos? Que tal fazer algo diferente, como uma viagem liberal ou uma festa fechada? Que tal aceitar aquele convite de um casal pra jantar sem compromisso? Bora fazer um 2017 mais feliz no swing também!
Beijosssssssssss