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Só Tem Gente Querendo Se Exibir

em casa de swing só tem gente querendo se exibir?

Recebi um email que dizia que as casas de swing hoje em dia não são como há 5 anos, que hoje as pessoas só vão para se exibir, enquanto que no passado elas iam para transar. Não respondi porque não havia uma pergunta, claramente trata-se de um desabafo de quem já curtiu muito as salinhas das casas de swing. Mas não pude deixar de me identificar, afinal, há 5 anos eu já fazia a mesma reclamação.

Talvez porque começamos no swing há mais de 10 anos e tenhamos vivido algumas coisas que, a meu ver, se repetem como ciclos. O que me faz pensar que não é o swing que vive em ciclos, mas sim nós – os seres humanos.

Eu consigo contar nos dedos de uma mão quantos casais que, eram frequentadores assíduos há 10 anos, e ainda tem a coragem de ir a uma casa de swing. Sim, queridos, é preciso coragem – e uma cabeça perfeitamente liberal – para curtir a noite no meio de tanta gente mais nova, que olha pra você e não vê nada mais do que rugas e cabelos brancos.

O fato é que o tempo passa pra todo mundo e o que hoje é importante para você, já não é mais importante para mim; as coisas que eu amava fazer já não são mais tão atrativas; e quando eu vejo alguém reclamando que não tem mais sexo no swing, é como me olhar no espelho. E se eu pudesse voltar no tempo e me dizer algumas coisas, eu começaria dizendo “cuide da sua própria vida”.

Porque o que o outro faz ou deixa de fazer é um problema dele. Se ele vai numa casa de swing pra se exibir, pra encher a cara ou pra ficar sentado no sofá só de vouyer, o problema é dele. Passa a ser meu problema quando me deixo afetar pelo comportamento dos outros. A partir do momento que eu me incomodo com pessoas que “só se exibem”, sou eu quem precisa de ajuda.

Até porque eu acho o ó do borogodó a galera querer ditar o que o outro faz, por exemplo: quando se diz que “as pessoas só vão para se exibir” supõe-se que você conhece todas as pessoas que estavam na casa de swing. Mais do que isso, conhece profundamente e pessoalmente todas elas para ter a certeza de que elas não transam – nunca, jamais em tempo algum. É meio prepotente, né?

Eu e o Marcio éramos ratinhos de salinhas. Havia um tesão latente, uma gostosura danada, um alvoroço interno que não nos deixava ir embora de qualquer casa de swing ou festa fechada sem dar uma trepada. Mas desde o começo deste ano as coisas mudaram. Ainda gostamos de sair, dançar, ver os amigos, passar um tempo juntos relaxando… porém… se aventurar no vuco-vuco das salinhas perdeu a graça.

E as pessoas olham pra gente e dizem “vão só pra se exibir”, sem ter o mínimo de conhecimento da nossa vida pessoal, se estamos cansados, se um amigo morreu ou se não estamos nem um pouco afim de trepar com o primeiro horroroso que aparecer no reservado.

Mas sabe o que tantos anos fazendo de tudo no swing nos ensinou? Que aquilo que o outro pensa não é problema nosso, em outras palavras, apertamos aquele botãozinho chamado foda-se porque sabemos exatamente o que nos faz feliz.

Não paramos pra pensar nos motivos que nos fizeram não curtir mais transar nas salinhas, porque isso não muda nada em nossas vidas. Temos certeza de que transar a noite inteira com diversos parceiros não é sinal de swing. Ninguém é mais ou menos swinger porque foi numa casa de swing e não transou. Ninguém é mais ou menos swinger porque quis ficar a festa inteira de bate papo com os amigos.

Precisamos entender de uma vez por todas que swing é troca de casais; não troca de casais na casa de swing muito menos é troca de casais mais de 10 vezes por dia. Cada um sabe quando, com quem e onde vai fazer o swing que lhe traz satisfação. 

A nossa tarefa é descobrir o que nos dá mais felicidade dentro desse mundão que é o meio liberal. Escolher entre as milhares de opções que ele oferece, aquela que nos faz voltar para casa satisfeitos com o que fizemos – ou deixamos de fazer. Lembre-se que o outro, aquele que só se exibe, que não transa mais ou que só fica de bate papo, volta pra casa felizão com a escolha que fez.

Sempre existiram aqueles que não transam em casas de swing, sempre existirão; sempre existiram aqueles que entram nas salinhas e transam com qualquer pau voando que aparece por lá, sempre existirão; sempre existiu swing, sempre existirá. Pessoas mudam, swing não. A raiz disso tudo, transar ou se exibir, é a mesma (pense que você vai entender também): satisfação.

A pergunta que não quer calar é: e você? Tem voltado pra casa satisfeito ou precisa fazer algumas mudanças?

Beijosssssssssss

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