Quando a gente fala sobre swing é preciso ter em mente dois significados: a troca de casais e o sexo livre. Uma coisa não é igual à outra, nem uma se sobrepõe à outra, mas as duas são facilmente confundidas e acabam gerando infinitas polêmicas dentro do meio liberal.
Reparem que quando a gente se refere ao swing como troca de casais, apenas casais são “permitidos” (casados, noivos, namorados… ); já quando nos referimos ao swing como sexo livre, a coisa fica maior e abrange também casais de amigos/conhecidos e solteiros.
O problema é que as duas vertentes convivem juntas o tempo todo, seja nas casas de swing ou nos sites de relacionamento, e aqueles que procuram viver só uma das duas correntes acaba se vendo no meio de uma coisa que não é o que eles querem. Então, para evitar discussões desnecessárias – e não fazer papel de bobo – é importante saber do que se trata cada coisa.
Swing como troca de casais.
É o que falamos aqui no blog o tempo todo, é o que falamos nas entrevistas mas não é o que todo mundo aceita. Pelo contrário, muitos defendem que o swing envolve qualquer prática sexual, sem definições, que inclusive, seria a base do swing: liberdade para fazer o que quiser.
Porém, meus queridos, tem coisas que não mudam, mesmo que a gente queira muito. Por exemplo: Se você pegar uma maçã e disser “isso é uma pera”, pode até parecer uma pera para você, pode ter forma de pera e pode até cheirar como uma pera; mas ela sempre será uma maçã.
O fato de você achar que ela é uma pera não muda a realidade de que ela é uma maçã. Isso quer dizer que o modo como uma pessoa enxerga a própria vida liberal não muda a realidade do fato de que swing é troca de casais.
Swing como sexo livre.
É o que se vê nos ambientes liberais, como casa de swing e festas em geral: pessoas em busca das mais variadas formas de prazer, não necessariamente troca de casais.
E agora, a pergunta que não quer calar: quem não faz troca de casais, mas faz outras coisas como menage a trois, grupal, exibicionismo, etc, etc… é swinger?
Eu, amores, não tenho uma resposta lógica para essa pergunta, acreditem. Porque por mais que swing seja troca de casais, a prática, o bom senso e a excelente educação que minha mãe me deu, não me permitem cortar o sonho de ninguém.
Swinger ou não?
Eu jamais direi para alguém que só faz exibicionismo que ele não é um swinger, porque é no ambiente swinger que ele encontra abrigo para realizar suas fantasias. Mais do que abrigo, um ambiente swinger promove a liberdade de expressão, por isso mesmo se tornou um espaço de aceitação para outras práticas liberais.
Inclusive a palavra “liberal” ganhou força no swing justamente para se referir a um universo que não é mais exclusivo dos casais, embora eles ainda sejam a força motriz da porra toda. Tudo o que se faz no meio liberal é pensando no casal, até mesmo a aceitação de solteiros em festas ou baladas acontece porque existem casais que procuram por eles.
Num próximo post eu quero falar sobre os motivos do swing estar totalmente ligado aos casais para que vocês entendam a complexidade que existe numa troca de casais. E porque tanta gente defende que swing continue tendo a conotação única de troca de casais, e não tão abrangente como está hoje em dia.
Por enquanto, deixo a pergunta para vocês responderem:
Beijossssssssss