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Que Vida Você Quer Ter Depois?

Esta semana o psicoterapeuta Leo Fraiman foi entrevistado pelo programa Pânico a respeito do momento que estamos vivendo. E durante sua entrevista, ele fez uma pergunta retórica com a qual me identifiquei na hora: “que tipo de vida você quer ter?”

Não sei quantos de vocês vão se lembrar, mas já disse outra vez aqui no blog que eu passei por uma experiência complicada antes de mudar a forma que vivia. Lembro de ter sentido uma angústia muito grande com a vida que eu levava – tão grande que chegou a ser insuportável, e eu decidi que não queria mais viver.

Meus filhos ainda eram bebês e por causa deles eu não tive coragem de tomar todos os remédios que estavam na minha mão, mesmo depois de ter escrito uma carta de despedida. Ao invés de morrer, eu chorei; e chorei muito, durante dias, até que aquela angústia diminuísse. Foi muito difícil…

Naquele momento eu escolhi viver a vida que eu queria, e não aquela que todo mundo esperava que eu vivesse. O tempo passou e minhas escolhas me trouxeram aqui, hoje; e posso garantir que não tenho o menor desejo de parar de viver porque encontrei o tipo de vida que eu sempre quis ter.

Não, amores, não foi fácil chegar nesse ponto, sabem? Hoje, vocês olham para mim e para o Marcio e pensam ‘uau, como eles são felizes, como eles tem sorte, como eles se dão bem’. Mas não foi da noite para o dia que trocamos a vida politicamente correta e toda certinha tradicional que vivíamos, pela liberalidade que temos hoje. Tudo aconteceu no seu tempo, com muita paciência, muita conversa, muitas lágrimas… acertos, renúncias (dos dois lados) e muita, muita coragem.

Mas só aconteceu, amores, porque eu sabia exatamente que tipo de vida eu queria ter. Desde muito pequena, na verdade, eu sonhava com uma vida liberal. Isso, pra mim, é o céu! E não só isso, além de saber que tipo de vida eu queria ter, eu sabia exatamente porquê eu queria viver – a resposta foi clara quando eu não tive coragem de tomar os remédios na minha mão.

Mudei minha forma de pensar e o swing me deu a oportunidade de mudar minha forma de enxergar o mundo, de entender as pessoas, de compreender o real sentido da minha vida. Procuro sempre ser positiva, ver o lado bom das coisas, enxergar o copo meio cheio… mas não para ser melhor do que ninguém, eu sou positiva simplesmente porque eu escolhi viver – e eu vou viver sendo a melhor pessoa que eu puder ser.

A quarentena, apesar de todos os pesares, está dando uma oportunidade de ouro para todo mundo que convive com uma família: a de se aproximar mais dos filhos, da esposa, do marido, dos pais, dos irmãos. Desde aquele dia fatídico em que eu escolhi viver, eu também decidi que passaria todo o tempo que pudesse ao lado dos meus filhos e do meu marido.

Meu querido leitor: quando o confinamento passar, você sabe que tipo de vida quer ter? Você sabe porquê quer viver? O que te faz levantar todos os dias, o que te faz sorrir sem motivo, o que enche seu coração de alegria?

Não espere que um outro surto apareça na sua vida para ir atrás da vida que você quer, porque a vida é frágil e o tempo é curto.” Marina Rotty.

Quem garante que haverá outra chance, não é mesmo? Viva HOJE a vida que você quer viver, seja HOJE a pessoa que você quer ser.

Beijossssssssssss

 

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