Figurinhas Tarimbadas
E aí, galera, tudo na paz? Hoje queria dividir uns pensamentos com vocês (como se eu não fizesse isso há 5 anos… kkkkkkkk). Vocês vão concordar comigo que depois que a gente começa a frequentar as baladas liberais, algumas pessoas são figurinhas sempre presente nos eventos. É muito comum encontrarmos os mesmos casais nos lugares que vamos, às vezes até em lugares diferentes nós acabamos vendo sempre os mesmos rostos.
Com o tempo a gente aprende quem é casal de verdade e quem é casal fake pelo simples fato de vermos sempre a mesma pessoa – ou sempre com a mesma companhia ou sempre com uma companhia diferente. A gente imagina que um cara que vai todo fim de semana na balada – e cada dia está com uma mulher diferente – seja um casal fake. O que a gente nunca imagina é encontrar esse mesmo cara fazendo compras com a mulher (a verdadeira, ok?) e os filhos no supermercado!
A gente nunca trocou uma palavra na balada liberal, nunca ficamos, nunca nem chegamos perto (porque era óbvio que se tratava de um casal fake), mas como eu disse no início, a gente sabe quem são os assíduos frequentadores do meio swing assim como vocês sabem que Marina e Marcio são swingers – mesmo aqueles que não nos conhecem. Ponto.
Motivos diversos
E é aí que entram os meus pensamentos do dia: o que leva uma pessoa a curtir a vida liberal sem o seu companheiro de vida? Eu mais do que ninguém sei que existem diversos motivos pra que isso aconteça, por exemplo:
- o outro não quer fazer swing
- o outro não se importa
- o outro nem sabe
- por pura safadeza
- por egoísmo
Algumas dessas opções a gente aceita numa boa, tipo a 1 e a 2, porque cada pessoa é diferente, pensa diferente e deve ser respeitada em seu posicionamento. “Poxa, meu marido quer fazer swing, eu sei mas eu não gosto, então ele que vá sozinho ou encontre alguém pra ir com ele. Eu não me importo desde que eu não tenha que ir”. Ninguém é obrigado a fazer nada nesse mundo, muito menos a fazer sexo só pra agradar o companheiro, né? E se pensarmos bem, um relacionamento que chega a esse nível de compreensão pode ser considerado também como um relacionamento aberto, na minha opinião.
Os itens 3 e 4 entram numa categoria de canalhice patológica. A pessoa que vai pro swing sem nem procurar saber se o parceiro também quer ou não é daqueles que sente tesão em fazer a coisa errada, em fazer a coisa escondida, em trair mesmo. Tem gente que é assim, amores, só vale se o companheiro não souber. Isso é patológico, é um desvio de personalidade (sem maldade nesse termo, ta, é coisa de psicologia) e até pode ser trabalhado mas o foco do post não é esse então não vou entrar em detalhes.
Agora (tchan, tchan, tchan, tchannnnnnn!!! kkkkkk) o ítem 5 é foda. Eu vou me divertir no swing e deixar meu parceiro em casa porque ele é só meu e de mais ninguém é o fim da picada. São diversos os fatores pra isso acontecer mas todos eles acabam no fatídico egoísmo. Já ouvi gente dizer que “mulher minha é pra ficar em casa e fazer papai-mamãe, eu trepo (transo, fodo, sento a pica, afogo o ganso, meto a rola) nas outras”. Já ouvi também “eu não divido meu homem com ninguém” e tantas outras baboseiras (na minha opinião é baboseira mesmo) que nem vale a pena contar aqui. Meu ouvido traduz tudo isso como egoísmo.
Isso não é swing
Faço um parênteses aqui para dizer que o ménage não entra nessa categoria de egoísmo porque é de comum acordo entre o casal que eles pratiquem o sexo a três. Isso quer dizer que os dois curtem a opção que escolheram. O egoísmo não é assim, ele sequer dá uma chance para o parceiro decidir qualquer coisa da sua vida sexual. Ele ou ela decide sozinho e pronto, tá decidido. O outro não participa, o outro não imagina, o outro está sendo enganado na cara dura!
Isso não é swing, não tem nada a ver com relacionamento liberal, não tem nada a ver com o nosso meio colorido. E por isso é algo tão combatido em qualquer rodinha de swingeiros. Casal fake é o Ó (com O maiúsculo mesmo! kkkkkk) porque vai contra tudo o que o swinger de verdade acredita: cumplicidade, parceria, altruísmo, dividir o pão com o amigo (e que pão, hein!!), honestidade. O casal que pratica o swing fortalece o seu casamento, já aquele que prefere praticar o egoísmo está destruindo o seu e pior: acha que está fazendo um grande bem para sua relação. Tenho pena… mas não compactuo.
Certa vez conhecemos um casal: bacana, divertidos, começaram a frequentar nossas festas. Mas só a primeira vez nós os vimos juntos, nas outras festas ele estava sempre sozinho usando uma desculpa pra mulher não ter ido: está trabalhando, está viajando, está em família. Até que uma vez ela finalmente pôde ir, só que quando eu a vi, era uma outra pessoa, completamente diferente daquela que eu tinha conhecido. “Oi Marina, lembra de mim? Nos conhecemos no seu aniversário!”. Uepa!!!! Não mesmo!!! Não era você!!! Quem eu conheci era alta, magra de cabelos compridos, você é baixinha, cheinha e de cabelos curtos.
Ah, gente, desculpa vai… Sou um amor de pessoa mas não vem me enganar não porque será uma única vez. Pra esse tipo de coisa não tem perdão, principalmente porque somos liberais e não precisamos ter esse negócio de mentira entre a gente. Todos por um mundo liberal mais liberal, que tal?
Beijossssssssss