Uma das coisas que mais aflige os casais no swing é como dizer “não” para aquela pessoa que insiste em chamar pra sair. O casal já deu vários sinais de que “não vai rolar” por exemplo: não respondeu – ou foi seco nas respostas, não telefonou, não marcou data… mas parece que o outro não entendeu. Ou, talvez, ele simplesmente não estava pronto para entender. Sim, porque dizer “não” nem sempre é tão difícil, mas aceitar o “não”… esse sim, dá muito mais trabalho.
Dá mais trabalho porque mexe diretamente com o emocional do indivíduo. Alguns especialistas acreditam que a rejeição é a ferida emocional mais profunda que alguém pode ter, com origens lá na infância. Mas eu nem preciso ir tão longe no passado pra chegar onde eu quero neste post.
Uma vez marcamos com um casal em uma casa de swing. Pela internet tudo estava lindo e maravilhoso: recados pra cá, conversinhas pra lá… Estávamos no bar, em pé, quando o casal com quem tínhamos marcado encontro chegou. Cumprimentamos e começamos uma boa conversa ali mesmo. Pouco tempo depois chegou um terceiro casal, que nós já conhecíamos, mas aquele que marcou conosco, não. Tivemos a impressão de que o tal casal que marcara conosco tinha marcado com o outro também e até aí, tudo bem, acontece.
Ficamos um tempo por ali conversando, quando o terceiro casal disse que ia andar um pouco. Ok, saíram. Em seguida, o marido do casal que marcou conosco disse que ia ao banheiro e saiu. Ficamos ali nós dois e a mulher do casal. De repente, ela parou de conversar, olhou para os lados – se viu sozinha – e perguntou pra gente: “onde o fulano (marido dela) foi?” Nós respondemos: ao banheiro. “Banheiro? Ele falou que ia no banheiro, falou essas palavras? Ixi, eu já volto!” E saiu correndo de perto da gente, sei lá pra onde.
Vamos explicar uma coisa aqui: muitos casais combinam uma “senha” para conversarem a sós e decidirem o que fazer, se vão fazer alguma coisa, enfim, esses detalhes. rsrsrs!
Continuando a história: ficamos ali no bar, literalmente abandonados pelo casal que tinha marcado conosco. Nós entendendo o que tinha acabado de acontecer, tínhamos sido rejeitados, mas não queríamos acreditar; eu não queria acreditar.
Esperamos um bom tempo e nenhum dos dois casais voltou, decidimos ir embora. No dia seguinte, um dos casais – aquele que já conhecíamos – entrou em contato perguntando o que havia acontecido conosco, porquê nós fomos embora, enfim, mostrou preocupação conosco. Explicamos o que havia acontecido e somos amigos até hoje. O outro, o que nos convidou depois de conversinhas e conversinhas virtuais, nunca mais falou conosco. Sumiu, desapareceu, escafedeu-se. Nenhum contato, nenhuma pergunta, nenhum interesse. Nada.
Essa história já faz muito tempo e foi uma das primeiras rejeições que tivemos. Nossa, mas vocês também passam por isso? Pois bem, meus queridos leitores, Marina e Marcio também são rejeitados. É por isso que sabemos que é muito mais difícil ouvir um “não” do que falar “não”.
Se fosse hoje, certamente não teríamos ido embora. Teríamos ficado e aproveitado a noite, que sempre traz surpresas boas pra quem nada espera. Foi isso o que os “nãos” que ouvimos até hoje nos ensinaram: a vida não acaba por causa disso. Na verdade, quando a gente ouve um “não”, nós deixamos de focar em quem não nos quer e abrimos espaço para quem nos quer. Em outras palavras, ouvir “não” é se abrir para algum “sim”.
Quem fica preso naquela pessoa que te diz “não” acaba se humilhando sem perceber, se submetendo à vontade do outro, pois espera que ele diga “sim” (um dia, talvez…), anulando a própria vontade, sabotando a própria autoestima, destruindo seu próprio emocional.
Outro dia estava vendo televisão e passava um filme chamado “Ele não está tão afim de você”. Já tinha visto antes, mas dessa vez, assisti com uma visão analítica. E algumas frases são perfeitas para quem está com dificuldade para superar uma rejeição:
1 – Se alguém disse que vai te ligar, e não liga, é porque não está afim de você. VERDADE! Quem quer vai atrás, quem não quer prefere cair no seu esquecimento, pra parar de receber suas mensagens de uma vez por todas.
2 – Se alguém te trata como se não te desse a mínima, é porque ele literalmente não dá a mínima pra você. VERDADE! A pessoa está sendo o mais educada possível, respondendo o mínimo necessário – quando responde – pra que você se toque de que está enchendo o saco.
3 – Talvez a felicidade esteja em seguir em frente. VERDADE! O mundo swinger é imenso. Que tal guardar seu tempo com alguém que realmente queira você?
Porque o mais importante é saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e todo constrangimento, você ainda tem esperança de curtir um swing dos bons, com gente que te quer. Que te quer de verdade!
Beijossssssss
*post originalmente escrito em 20 de maio de 2013 e atualizado em 23 de outubro de 2018.