2019 está chegando ao fim e eu não consigo terminar um ano sem fazer aquela retrospectiva, repassar os melhores momentos e tentar aprender com os piores. É sempre assim, talvez porque eu faço aniversário nessa época e naturalmente encerro/começo ciclos internos.
Uma das coisas que me chamou atenção esse ano foi a quantidade de pessoas que nos descreveram como “donos da porra toda” do swing. A única coisa que nos pertence é este blog, todas as outras coisas que aconteceram para nós são consequência do que escrevo, da forma que trato os leitores e da eterna busca por trazer o melhor possível do swing para quem acompanha a gente.
E isso nos fez sermos reconhecidos pelo Sexlog como o casal swinger mais famoso do Brasil; fez com que pessoas nos reconhecessem enquanto andávamos na rua, fez com que muita gente escrevesse contanto suas experiências e pedindo ajuda para resolver problemas; nos levou até o prêmio sexy hot, me transformou em narradora erótica, em uma mulher empoderada, em palestrante, professora de vida liberal, embaixadores de marcas e muito mais.
Refletindo neste fim de ano, gostaria de dizer que fama não significa nada. Pelo menos não para mim. Não é algo que me ilude porque eu convivo com ela desde criança (quem me conhece sabe do que estou falando). Na verdade, eu achei que o swing me levaria ao anonimato, algo que eu queria muito sentir. Mas dizem que o que está destinado a nós ninguém tira, então o negócio é tocar o barco do jeito que tiver que ser (rsrsrs).
O que eu fiquei pensando é: se eu pudesse voltar no tempo, se pudesse voltar àquele dia em que pisei numa casa de swing pela primeira vez, o que eu diria a mim mesma? Além de dar muita risada por pensar que nunca mais entraria numa casa de swing (kkkkkkk), eu diria três coisas:
- Você fará amigos maravilhosos no swing que não vão durar muito tempo, então aproveite cada segundo a companhia deles. Amigos verdadeiros no swing são raros, além disso, a vida se encarrega de mudá-los de cidade, de parceiro, de preferências… Poucos realmente continuarão a jornada swinger com você e apesar de fazer novos amigos, você sabe que as pessoas são sim insubstituíveis. Curta bastante!
- Cuide do seu relacionamento porque o casamento não fica blindado com o swing como você vai acreditar. De fato, acreditei por muito tempo que nunca, nada nem ninguém poderia abalar meu casamento porque nós fazíamos swing. Mas a verdade é que existem sim duas pessoas com poder suficiente para derrubar qualquer casal swinger: o marido e a esposa. E se um não cuidar do outro – e de si mesmo muito bem – a vaca vai para o brejo com swing e tudo.
- Mantenha seu lado PB ativo porque Marina será muito famosa. E será muito fácil querer que a personagem do swing se torne real, porque é muito gostoso viver no meio da diversão, do prazer, da liberdade. Mas não é real. As personagens que criamos no swing são ilusões, fantasias, pequenos alucinógenos. A Marina não é real, você vai se esquecer disso e algumas pessoas especiais aparecerão para te lembrar quem você é de verdade. Por isso, não esqueça de manter sua vida real ativa: saia com amigos PB, visite parentes, viaje com a família. Seja você, mesmo quando for Marina.
E então, amores, eu fiz a mesma pergunta ao Marcio, e ele respondeu o seguinte:
- Não confie tanto nas pessoas – existem pessoas realmente más que não se incomodam em te fazer mal. Descobrimos isso já faz algum tempo e não nos incomodamos em ficar longe desse tipo de gente. Existem pessoas boas, a simples presença dessas pessoas perto da gente nos traz boas energias, felicidade, alegria. Também existem pessoas com energia tão negativa que é impossível nos sentirmos bem perto delas. Vivenciamos muitos casos e aprendemos com cada um deles. Então queridos, cuidado, confie na sua intuição e não sinta vergonha de se afastar de quem não te faz bem.
- Esteja sempre alerta! Sabe aquela famosa frase “eu sabia que não deveria ter ido para essa festa”, ou “eu sabia que isso ia dar merda”? Então, confie mais nesses sinais. Já nos livramos de muitos problemas seguindo o que sentimos ao pensarmos em algo que queríamos fazer, mas até entendermos isso, entramos em muitas furadas.
- O casal sempre deve ser o mais importante! O swing para mim é uma diversão, um estilo de vida, uma forma de pensar e encarar o mundo, mas isso para um casal. Temos que ter nossa individualidade e cada um tem suas fantasias, seus desejos, suas vontades. Mas existe um perigo muito grande quando colocamos tudo isso acima dos objetivos e acordos firmados entre o casal. Apesar de muita gente achar, Marina e Marcio não são perfeitos, somos um casal normal e já nos deparamos com diversas incertezas, diversos conflitos que decidimos encarar como um casal. Quando temos a certeza de que ficaremos juntos não importa o que aconteça, as coisas ficam mais fáceis. Portanto, não esqueça de fortalecer sua relação, um casal forte irá aguentar todos os problemas que irão surgir no mundo swing e também no mundo PB.
Queridos leitores, não somos donos da porra toda, nem perfeitos ou exemplos a seguir. Mas se pudermos inspirar cada um de vocês a terem uma vida mais feliz – no swing e/ou fora dela – teremos energia suficiente para continuar desvendando os mistérios do swing para quem está afim de entrar nesse mundo. Muito obrigado por todos os elogios recebidos e todo o carinho que vocês nos dão. Nada poderia nos deixar mais felizes do que receber tamanho feedback de quem mais nos importa: nossos leitores.
E que venha 2020 com muita paz, saúde, amor e claro: SEXO!
Beijossssssssss